quarta-feira, 10 de junho de 2009

Gripe A (H1N1) x Gripe comum

A gripe A, causada pelo vírus H1N1, também chamada de gripe suína, alarmou toda a população mundial devido à rápida disseminação em meados de abril. Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam milhares de casos confirmados, com pouco mais de 110 óbitos em todo o planeta.

Segundo o dr. José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), a epidemia não é motivo de alarde. Conforme avançam as descobertas médicas, o índice de mortalidade tende a diminuir. Sua gravidade evolutiva explica-se devido à falta de conhecimento dos especialistas e da população sobre o vírus.

"De acordo com autoridades sanitárias do México, os primeiros acometidos pelo vírus H1N1 datam de outubro de 2008. Os estudos atuais demonstram que alguns casos de pneumonia e mortes decorrentes dela, no período, possivelmente já tinham relação com o vírus", salienta o dr. José Eduardo.

Um complicador para a detecção é a semelhança entre os sintomas da gripes A e da comum. Febre acima de 39°C, falta de apetite e tosse são alguns deles. Aliás, em se tratando de gripe A, há ainda a possibilidade de outros sintomas menos comuns, como dor de garganta, náuseas, vômitos, diarréia, catarro e, em situações de maior gravidade, pneumonia.

A transmissão acontece, como na gripe comum, por via aérea, contato manual ou por objetos infectados. Os altos riscos de disseminação estão, atualmente, relacionados às pessoas com baixos índices de imunidade, nos extremos de faixa etária (crianças e idosos) e aos portadores de doenças crônicas. Isso devido à maior suscetibilidade destes grupos para o desenvolvimento de doenças.

Apesar do crescente número de casos, em virtude da facilidade com que o vírus transita pelo ar, felizmente a quantidade de óbitos cresce em ritmo cada vez mais lento. O índice de mortalidade da gripe A, segundo o Ministério da Saúde, é próximo a 0,7%.

Prevenção

Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, cobrir a própria boca e nariz ao tossir ou espirrar, usar lenços de papel descartáveis e jogar no lixo adequadamente os lenços usados, além arejar bem os ambientes, são medidas importantes para a prevenção. Em caso de suspeita, é fundamental encaminhar o paciente imediatamente a um serviço de saúde para avaliação médica.

Em São Paulo, os hospitais Emílio Ribas, da UNIFESP e das Clínicas - FMUSP possuem áreas de isolamento e estão preparados para atender os casos da gripe A (H1N1).

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