quarta-feira, 17 de junho de 2009

Grandes nomes do cinema francês prestigiam abertura de mostra em São Paulo

Evento do calendário oficial do Ano do Brasil na França exibirá sete filmes inéditos até o próximo dia 25
 
Com um excelente comparecimento do público e contando com a presença de figuras ilustres do cinema francês e brasileiro, teve início na noite desta terça-feira (16 de junho), em São Paulo, a 2.ª edição do Panorama do Cinema Francês no Brasil. O evento, que acontece no entre os dias 16 a 25 de junho na Reserva cultural, em São Paulo, e entre os dias 19 e 25 no Cine Odeon Petrobras e na Estação Botafogo no Rio de Janeiro, faz parte do calendário oficial do Ano da França no Brasil.

"O cinema francês é de tal forma extraordinário que não poderia faltar no Ano da França no Brasil uma manifestação organizada. Com uma iniciativa como o Ano da França no Brasil, o Panorama torna possível estabelecer relações com o que se produz lá e aqui, co-produções, atores que trabalham nas duas praças, ou diretores que eventualmente possam trabalhar lá", afirmou o presidente do Comissariado Brasileiro do Ano da França no Brasil, Danilo Santos de Miranda.

Segundo Danilo, o Brasil sempre foi considerado um mercado atraente para o cinema francês, mas este esbarra no problema da limitação à distribuição de filmes, já que há menos salas de cinema aqui em comparação a outros países. "O cinema francês tem muito conteúdo, excelentes atores e diretores, um passado extraordinário e um conteúdo estético fundamental. Tudo isso torna indispensável que haja de nossa parte um contato maior com eles", afirmou.

Em uma sessão fechada, foi exibido o filme de abertura, "Bem-Vindo", do diretor Philippe Lioret, enquanto "Paris", de Cédric Klapisch, foi aberto ao público. Após a exibição, houve um debate com o ator Gilles Lellouche e, por fim, um cocktail. O Panorama de Cinema Francês é apresentado pela UniFrance.  Além de "Bem-Vindo" e "Paris", outros cinco filmes estão programados ao longo do Panorama: o drama "Há Tanto Tempo que Te Amo", estreia na direção de Philippe Claudel; "Paris 36", de Cristophe Barratier; "Horas de Verão", do renomado Olivier Assayas (um dos diretores de "Paris, Eu Te Amo"); "'Inimigo Público Nº 1 – Instinto de Morte", de Jean-François Richet; e a sátira "OSS 117, Rio ne répond plus", de Michel Hazanavicius.

A abertura do Panorama foi feita com um discurso do cônsul-geral da França em São Paulo, Jean-Marc Gravier, que pediu um minuto de introspecção em homenagem às vítimas do voo 447 da Air France. Em seguida, foi a vez de Régine Hatchondo, diretora-geral da Unifrance, que fez questão de ressaltar a multiculturalidade do cinema francês como um dos trunfos do evento. "Espero que vocês gostem de nossos filmes, assim como nós, na França, seguimos de perto os passos do cinema brasileiro", disse Régine, que ressaltou os 40 filmes franceses lançados no país em 2009, tornando o Brasil seu segundo maior consumidor da América Latina.

Estiveram presentes também ao evento os atores Charles Berling, de "Horas de Verão" e Gilles Lellouche, que representou "Paris" e "Inimigo Público Nº 1 – Instinto de Morte"; além dos diretores Philippe Lioret, de "Bem-Vindo" e Christophe Barratier, de "Faubourg 36", e Jean-François Richet, de "'Inimigo Público Nº 1 – Instinto de Morte".

Entretanto, foi o ator francês Vincent Cassel, laureado com o César de Melhor Ator por "Inimigo Público Nº 1 – Instinto de Morte", quem mais chamou a atenção do público e da imprensa. Despojado e falando um excelente português – fruto em parte de suas constantes viagens a Itacaré, interior da Bahia, onde possui uma casa, e de seu recente trabalho no filme nacional "À Deriva" – Cassel falou de sua experiência de longa data com o país e a cultura brasileira: "No início, minha relação com o Brasil não era profissional. Isso só está começado a tomar forma nos últimos anos, embora nunca tivesse imaginado trabalhar aqui. Minha experiência é pessoal, com a cultura desse país. A primeira coisa que me atraiu foi a música", revelou. Já sobre o lado profissional, o ator fez questão de ressaltar o enorme potencial do cinema nacional. "Aqui tem-se todas as condições para se produzir bons filmes, tudo que vi, em geral, gostei. Há membros do corpo técnico excelente, atores brilhantes e diretores talentosos. Acredito que o único problema ainda seja a falta de dinheiro", disse.

Outro grande parceiro de Cassel e admirador do cinema francês, o diretor brasileiro Heitor Dhalia, de "À Deriva", se disse grande fã do cinema francês, especialmente pela influência de mestres como Jean-Luc Goddard e François Truffaut, além de alguns diretores mais contemporâneos, como François Ozon. "Ocasionalmente há crises no cinema italiano ou alemão, mas o frâncês está sempre ali oferecendo alguma coisa de qualidade". Para Dhalia, há aspectos positivos do cinema francês que influem diretamente na produção nacional: "É uma cinematografia muito voltada para o autor, ou seja, defende o diretor como o diretor da obra. Todo Cinema Novo foi influenciado pela Nouvelle Vague, e vários diretores brasileiros se optam por adotar essa liberalidade e esse perfil intelectual típicos do cinema francês".

O público aprovou com louvor o filme "Bem-Vindo", de Philippe Lioret. Entre os principais comentários, o fato do filme ter a coragem de abordar um tema polêmico como a toda a Europa: a imigração.

Boa parte dos presentes na noite de abertura do Panorama era composta por um público jovem, mas assíduo e fã de filmes franceses. Para a analista de marketing Patrícia Cavalcanti, a língua, em seu caso, desempenha um atrativo adicional. "Tenho muita simpatia pelo país e pela língua. Por isso, sempre que posso assisto a filmes franceses." Para ela, o diferencial da França está justamente na abordagem sutil e sensível, sempre procurando equlibrar o entretenimento com a mensagem e um bom roteiro.

O estudante Raphael Gomide saiu comovido de "Bem-Vindo". "Sempre tive o hábito de assistir a filmes franceses. Principalmente como no estilo de "Bem-Vindo", que tocam em tabus, mostram um lado polêmico pelo qual muitos preferem não tocar no assunto", afirmou. Segundo Gomide, a França se destaca no meio cinematográfico por sua sensibilidade: "Tanto na escolha de atores, trilha sonora, fotografia forte, em todas as suas cores".

O Panorama é patrocinado pela Varilux/Essilor, TV5 Monde, Citroën, Sofitel, Allianz e Embaixada da França no Brasil. O evento tem apoio do Ministério de Relações Exteriores da França, Ministério da Cultura do Brasil, Governo Federal do Brasil, Rain, O Estado de S. Paulo, Telecine, Jornal do Brasil, Fnac, Airstar, Estação, Reserva Cultural, Media Mundi, CMC Vídeo, Europa Filmes, Ano da França no Brasil e Governo Federal da França.


Serviço:
2ª Edição do Panorama do Cinema Francês no Brasil
São Paulo: de 16 a 25 de junho
Local: Reserva Cultural - Av. Paulista, 900.
Rio de Janeiro: de 19 a 25 de junho
Locais: Cine Odeon Petrobras - Pça. Mahatma Gandhi, 2 e Estação Botafogo - Rua Voluntários da Pátria, 88.
 
www.panoramadocinemafrances.com.br
 
Os patrocinadores do Ano da França no Brasil (
http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/) são:
 
Comitê dos patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint -Gobain, Safran, Thales, Vallourec.

Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro, SESC.

Parceria e realização:
TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, Culturesfrance, Republique Française,TV Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura,Governo Federal do Brasil.
 
Informações para jornalistas:
Assessoria do Ano da França no Brasil: Entrelinhas Comunicação
 
 
Les grands noms du cinéma français participent l'ouverture de festival à São Paulo
L'événement fait parti du calendrier officiel de l'Année de la France au Brésil et exhibera sept films inédits jusqu'au 25 juin
 
Avec une énorme présence du public et la participation d'illustres figures du cinéma français et brésilien, la 2ème édition du Panorama du Cinéma Français a bien commencé le soir du 16 juin à São Paulo. L'événement, qui sera réalisé entre le 16 et 25 juin au cinéma Reserva Cultural (São Paulo), et du 19 et 25 juin au Cine Odeon Petrobras et à Estação Botafogo (Rio de Janeito), fait parti du calendrier officiel de l'Année de la France au Brésil.
 
« Le cinéma français est si extraordinaire qu'il ne pouvait pas manquer à l'Année de la France au Brésil. Avec une initiative comme celle de l'Année de la France au Brésil, le Panorama rend possible établir des relations avec les productions brésiliennes et françaises, des co-productions, des acteurs qui travaillent dans les deux places, ou directeurs brésiliens que éventuellement peuvent travailler en France », a dit le président du Commissariat Brésilien de l'Année de la France au Brésil, Danilo Santos de Miranda.
 
Selon Danilo, le Brésil a toujours été considéré un marché attractif pour le cinéma français. Pourtant, il a évalué qu'il existe un problème de limitation de distribution de films, à cause du fait qu'il y a peu de salles de cinéma au pays. « Le cinéma français a beaucoup de contenu, des excellents acteurs et directeurs, un passé extraordinaire et un contenu esthétique essentiel. Tout cela souligne le besoin d'avoir un contact plus fort avec les français », a remarqué-t-il.
 
Dans une séance fermé, le film d'ouverture, « Welcome », du réalisateur Philippe Lioret, a été exhibé. En même temps, « Paris », de Cédric Klapisch, était en affiche au public. Après l'exhibition, il a eu un débat avec l'acteur Gilles Lellouche et, pour fin, un cocktail. Le Panorama de Cinéma Français est présenté par l'UniFrance. D'autres cinq films sont dans la programmation du Panorama : le drame « Il y a longtemps que je t'aime », le début de Philippe Claudel comme réalisateur; « Paris 36 », de Christophe Barratier ; « L'Heure d'Été », du célèbre Olivier Assayas (un des directeurs de « Paris, je t'aime ») ; «L'ennemi public n° 1 », de Jean-François Richet ; et la satire "OSS 117, Rio ne répond plus", de Michel Hazanavicius.
 
Le Consul Générale de la France à São Paulo, Jean-Marc Gravier, a fait un discours dans l'ouverture du Panorama, dans lequel il a demandé un minute de silence en hommage à les victimes du vol 447 de l'Air France. Ensuite, c'était la fois de Régine Hatchondo, directrice générale de l'Unifrance, qui a remarqué le multiculturalisme du cinéma français comme un des atouts de l'événement. « J'espère que vous aimez nos films, de la même manière que nous suivons le cinéma brésilien », a dit-elle. La directrice de l'Unifrance a souligné que le Brésil est le deuxième plus grand consommateur des films françaises de l'Amérique Latine.
 
Les acteurs Charles Berling, de « L'Heure d'Été » et Gilles Lellouche, que a représenté « Paris » et « L'ennemi public n° 1 »  ont aussi été présent à l'événement, ainsi comment les réalisateurs Philippe Lioret, de « Welcome », Christophe Barratier, de « Faubourg 36 », et Jean-François Richet, de « L'ennemi public n° 1 ».
 
Néanmoins, c'était l'acteur français Vincent Cassel, lauréat avec le César de Meilleur Acteur pour «L'ennemi public n° 1 », le centre de l'attention du public et de la presse. Extraverti et parlant un portugais excellent – grâce à ses constantes voyages à Itacaré, au intérieur de la Bahia, où il a une maison, et de son travaille dans le film brésilien « À Deriva » - Cassel a parlé de sa  longue relation avec le pays. « Je n'avais jamais imaginé de travailler ici », a révélé-t-il. L'acteur a souligné le potentiel du cinéma brésilien. « Ici il y a toutes les conditions pour produire des bons films. Il y a membres de l'équipe technique excellent, acteurs brillants et directeurs talentueux. Je pense que l'unique problème c'est encore l'argent », a dit-il.
 
Un grand partenaire de Cassel et admirateur du cinéma français, le réalisateur brésilien Heitor Dhalia, de « À Deriva », est un grand fan du cinéma français, spécialement par l'influence de maîtres comme Jean-Luc Godard et François Truffaut, mais aussi de réalisateurs contemporains, comme François Azon. « Occasionnellement, il y a crises dans le cinéma italien ou allemand, mais le français offre toujours des films de qualité ».
 
Les jeunes étaient la majorité du public présent à l'ouverture du Panorama, assidues et fans des films français. Pour l'analyste de marketing Patrícia Cavalcanti, la langue joue un rôle important. « J'ai une sympathie très forte pour le pays et pour la langue ». à son avis, la différence entre le cinéma français et tout les autres est l'abordage subtil et sensible, toujours cherchant équilibrer le loisir avec un message et un bon script.
 
L'étudiant Raphael Gomide était ému avec le film « Welcome », de Philippe Lioret. Pour lui, le cinema français attire attention pour sa sensibilité : « Dans la choisi d'acteurs, la bande sonore, la photographie forte, dans toutes ses couleurs ».
 
Les mécènes du Panorama sont Varilux/Essilor, TV5 Monde, Citroën, Sofitel, Allianz et Ambassade de la France au Brésil. L'événement a le soutien du Ministère des Affaires étrangères et européennes de la France, do Ministère de la Culture du Brésil, des Gouvernements du Brésil et de la France, Rain, O Estado S. Paulo, Telecine, Jornal do Brasil, Fnac, Airstar, Estação, Reserva Cultural, Media Mundi, CMC Vídeo, Europa Filmes et l'Année de la France au Brésil.
 
Renseignements:
2ème édition du Panorama du Cinéma Français
São Paulo: de 16 à 25 juin
Lieu: Reserva Cultural - Av. Paulista, 900.
 
Rio de Janeiro: de 19 à 25 juin
Lieus: Cine Odeon Petrobras - Pça. Mahatma Gandhi, 2 e Estação Botafogo - Rua Voluntários da Pátria, 88.
 
Les mécènes de l´Année de la France au Brésil (http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/) sont:
 
Comité des mécènes français:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de ComércioFrança-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSA Peugeot Citroën, Renault, Saint-Gobain, Safran, Thales, Vallourec.
 
Comité des mécènes brésiliens:
Banco Fidis, Bradesco, BNDES, Caixa (Econômica Federal), Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro, SESC.
 
Operateurs et partenaires:
TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, Culturesfrance, Republique Française, TVBrasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura, GovernoFederal do Brasil.
 
L´Année de la France au Brésil: Agence de Presse Entrelinhas Comunicação




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