sexta-feira, 12 de junho de 2009

Kumi Naidoo, assume a Diretoria Executiva do Greenpeace Internacional

Kumi Naidoo, sul-africano, assume no dia 15 de novembro a Diretoria Executiva do Greenpeace Internacional

Amsterdam, 11 de junho de 2009 – O ativista sul-africano Kumi Naidoo substituirá, no dia 15 de novembro, Gerd Leopold na Diretoria Executiva do Greenpeace Internacional. Naidoo, que temperou seu ativismo lutando contra o apartheid em seu país, foi um dos fundadores da Ação Global contra a Pobreza, uma aliança que reúne ativistas contra a pobreza em mais de 100 países e faz pressão sobre governos em questões como comércio internacional, dívida externa, mudanças climáticas e igualdade entre sexos.

Naidoo atualmente dirige a Campanha Global de Clima, um organismo do qual o próprio Greenpeace faz parte e cujo objetivo é lutar por um acordo mais avançado na reunião das Nações Unidas sobre Clima que acontecerá em dezembro, em Copenhagen, na Dinamarca. Ao longo da vida, Naidoo desenvolveu expertise substancial em campanhas, levantamento de fundos, elaboração de políticas públicas e liderança de organizações de alcance global, o que faz dele um candidato perfeito para o posto de Diretor Executivo Internacional do Greenpeace. 

"Eu sou um admirador do trabalho do Greenpeace há muito tempo, desde que eu era um ativista contra o apartheid em meu país. Agora, trabalhando como membro do Conselho do Greenpeace para África, essa admiração só fez crescer. A maneira como a organização trabalha em todos os níveis, da confrontação à cooperação com governos e corporações, é uma inspiração", diz Nadoo. "A mistura de pragmatismo com paixão faz as coisas acontecerem e contribui para mudar o mundo. Eu acredito que o Greenpeace é um ativo dos mais importantes para a comunidade mundial e tem um papel preponderante nas ações para reverter a trajetória atual, e fatal, do planeta".

Marcelo Furtado, diretor-geral do Greenpeace no Brasil, aplaude a escolha de Naidoo. "Ao entregar a liderança de uma organização global para um ativista social, político e ambiental africano fica claro nosso compromisso com um planeta sustentável, justo e plural", diz ele. "Kumi e eu já atuamos juntos durante a Rio +10 e estou muito feliz em recebê-lo no Greepeace no momento que temos a urgência e o desafio de garantir ações concretas no combate as mudanças climáticas".

Gerd Leopold, que permanece como diretor executivo por mais cinco meses, diz que a escolha de Naidoo se encaixa perfeitamente no atual contexto de luta contra o aquecimento global. "Ele tem todas as qualidades para manter o Greenpeace na liderança da luta contra as mudanças climáticas", afirma. Naidoo nasceu em 1965 e se meteu na luta contra o apartheid com 15 anos de idade. Por causa do seu ativismo, foi expulso da escola. Em 1986, ele foi preso acusado de crimes contra o estado e, liberado, foi para a clandestinidade. No ano seguinte, fugiu para a Inglaterra, onde ficou exilado até 1989.  

Ajudou a criar e implementar a estrutura eleitoral da África do Sul pós-apartheid durante os primeiros anos da década de 90. Depois, entrou para o mundo das organizações não-governamentais e virou presidente da Coalizão de Ongs da África do Sul (SANGOCO). Naidoo também tem experiência no fortalecimento de instituições da sociedade civil em todo o mundo. Até o ano passado, ele era o secretário-geral da CIVICUS, entidade que reúne mil instituições ao redor do mundo que lutam pelos direitos civis e o fortalecimento da representação política.

Greenpeace Brasil



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