Estudo do instituto DATA Popular revela perfil do novo consumidor de imóveis classe c responde pela maior fatia do mercado potencial de habitação
- Mas o mercado imobiliário sabe quem é o consumidor popular?
A Classe C, a nova classe média brasileira, representa 52% da população e agora tem mais facilidades com programas de financiamento e utilização de recursos do FGTS na compra de imóveis e na realização do sonho da casa própria. Mas como entender o que a classe C e a população de baixa renda está buscando? Como ela se comporta em relação a escolha de um imóvel? Em um país onde apenas 17,6% dos cidadãos pagam aluguel, por que a casa própria ainda é o maior sonho do brasileiro? A classe C que cresce ano a ano está mudando a estrutura do consumo no Brasil. Agora, mais que nunca, o mercado imobiliário precisa entender que é necessário compreender os medos e expectativas desse novo consumidor que sonha com a casa própria.
A CLASSE C e D E O MERCADO IMOBILIÁRIO
· Todo o ano, surgem no Brasil 1,2 milhões de novas famílias. 80% nas classes C, D e E
· Apenas 17,6% dos brasileiros pagam aluguel. Mesmo assim, o maior sonho da população é a casa própria (54%). Isso ocorre:
o Grande número de futuras famílias que hoje moram com os pais
o Jovens casais que moram na casa do sogro
· O jovem de alta renda compra o primeiro imóvel, o de baixa renda compra o que provavelmente será o único imóvel de sua vida
· 75% dos consumidores de classe C tem algum tipo de receio ao comprar um imóvel, contra 45% na classe A
· O consumidor de baixa renda prefere permanecer no bairro onde mora
O mercado popular é o que mais cresce no Brasil - De 2002 a 2008, a renda das classes C, D e E cresceu R$ 163 milhões. A base da pirâmide melhorou de vida, tem mais renda e crédito e busca imóveis que possam suprir suas necessidades, que são bem distintas do consumidor das classes A e B. "No Brasil, temos uma característica importante nas famílias da base da pirâmide, ou seja, quanto menor a renda, mais gente mora na mesma casa e isso por si já distingue muito bem o mercado imobiliário das classes C, D e E, dos consumidores do topo da pirâmide.
Para o consultor Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa especializado no mercado de baixa renda, para ter sucesso em um mercado que movimenta R$ 620 bilhões por ano é preciso compreender como se dá o processo de compra do consumidor.
O especialista diz que a maior demanda habitacional está no mercado da base da pirâmide e corrige quem ainda acredita que o consumidor classe A é quem movimenta o setor habitacional. "A proporção de pessoas com imóvel próprio é menor nas classes C, D e E, mas em contra partida vê-se que este público da base é muito mais jovem que os da classe A e B. Sendo assim, o número potencial de famílias é maior e a demanda pelo perfil de imóvel que supra as necessidades desse público é o que mandará no mercado imobiliário nos próximos anos", afirma Renato.
Para dialogar com esse público, ainda segundo Renato, as construtoras e imobiliárias devem estar preparadas para atender exigências específicas, bem como durante a atuação regular no mercado daqui pra frente. O consumidor de baixa renda, segundo ele, tem mais medo de não receber o imóvel, pela importância que atribui à aplicação de um dinheiro que foi sacrificante conseguir. A ligação com o bairro também é outro fator que deve ser levado em conta, pois geralmente na vizinha, esse público concentra parentes e familiares e evita se afastar quando quer comprar ou alugar uma casa.
A compra do imóvel pela base da pirâmide, segundo pesquisas conduzidas por Meirelles, é norteada principalmente pelo medo de não conseguir pagar o imóvel ou atrasar as parcelas, enquanto a classe A e B se preocupam mais com exclusividade e segurança. "É preciso ter um cuidado grande na hora de vender para esse público de baixa renda. Deixá-lo seguro e ser honesto ao propor o negócio é o mais importante para ter sucesso", conclui o especialista.
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