Apresentação do espetáculo Passage Désemboîté, do grupo LesApostrophes, inclui o FILO no calendário do Ano da França no Brasil
Eles chegam silenciosos e quase se misturam à plateia. Quando o espetáculo começa é difícil saber quem são os atores. Aos poucos a excentricidade denuncia o grupo francês Les Apostrophes. Uma série de acrobacias são embaladas pelo som de um acordeão tocado ao vivo. Combinação que desperta risos, aplausos e expressões de surpresa no público. Não há diálogos. A única frase, dita em português com sotaque francês, é: "quem quiser ver o resto, siga o sanfoneiro". E a aventura continua, corredores afora.
O espetáculo foi criado para ser apresentado nas ruas. Em Londrina, norte do Paraná, foi feito em um shopping center por causa da previsão de chuva. O nome Passage Désemboîté significa Passagem Deslocada, em português. É uma referência ao movimento dos cinco atores do grupo durante a apresentação itinerante. Eles param em nove estações para exibir diferentes performances.
Elementos cotidianos como uma baguete, uma vassoura ou uma xícara ganham novos significados nas mãos dos artistas. Eles hipnotizam o público. É o que os atores chamam de "teatro invisível". Quando ações do dia a dia, como varrer a rua ou tomar o café, se transformam em arte fora do palco convencional. Vítor Kataoka veio fazer compras e parou para ver o que estava acontecendo. "É muito criativo. Eles fazem a gente rir com coisas simples", diz o estudante, aprovando o humor francês.
Dezenas de pessoas vieram ao shopping exclusivamente para ver a peça. A professora Aneliza Toffolo veio trazer a filha, de cinco anos, e a sobrinha, de quatro. "Eu disse a elas que haveria um teatro com música e malabarismos. Elas ficaram loucas para ver". Já a estudante de artes cênicas, Laís Marques da Silva, veio conferir as diferenças entre o teatro brasileiro e o francês, mais uma contribuição do calendário de eventos do Ano da França no Brasil. "A gente precisa conhecer as diferentes formas representar". No final, a universitária chegou à conclusão de que há muito em comum. "Este tipo de linguagem é universal".
Na plateia, as crianças interagem o tempo todo, como se fizessem parte da brincadeira. "Sua calça caiu", avisa uma. E, depois dos aplausos, é comum ver os pequenos tentando imitar alguns números. Com duas filhas pequenas a tiracolo, a psicóloga Juliana Catarino quase desistiu de seguir as performances até o fim. "Mas foi tão contagiante que não consegui parar. É surpreendente como eles conseguem falar do cotidiano de uma forma tão leve. As meninas adoraram".
É a segunda vez que o grupo Les Apostrophes vem ao Brasil. A primeira foi em 1999, também durante o Festival Internacional (de artes cênicas) de Londrina. O FILO tem 41 anos e é um dos mais antigos da América Latina. De acordo com Jorge Fordiani, assistente de direção do festival, quase todo ano tem espetáculo francês na programação e é sempre uma experiência enriquecedora, e nesse ano especial, de Ano da França no Brasil, eles não poderiam faltar. "Não existe 'limitação' para a arte. A cultura de outro país se agrega a nós e vice-versa".
A linguagem escolhida para Passage Désemboîté é a mesma usada pelo grupo Les Apostrophes há 12 anos. Uma mistura de técnicas circenses com dança, música e teatro. De acordo com o diretor e ator, Martin Schwietzke, o trabalho é influenciado por grandes nomes do cinema mundial como o francês Jaques Tati e o inglês Charles Chaplin. "É uma arte muito popular. Pode ser entendida por todos, em todos os lugares". Schwietzke conta que este espetáculo foi criado em apenas dez dias, cinco anos atrás, para apresentação em um festival na Europa. "Desde então este elenco está junto", diz, "mas também temos nossas carreiras individuais". Sobre o que acha desse intercâmbio entre Brasil e França, ele destaca a receptividade dos brasileiros. "É maravilhoso dividir entusiasmo com o público daqui. Eles querem ver o que você tem pra mostrar e isso é muito prazeroso". E completa "a espontaneidade e o calor do coração dos brasileiros são muito estimulantes. Esperamos voltar muitas vezes." Além de Schwietzke, estão em cena Jorg Muller, Jive Faury, Gilles Rémy e o músico Marcel Dreux, no acordeão.
De Londrina o grupo apresenta-se em São Miguel Paulista (SP), no dia
13/6, Florianópolis (SC) nos dias 16 e 17/6, e Belo Horizonte (MG),
onde participa do Festival Mundial do Circo (nos dias 20 e 21/6). Toda
a programação faz parte do Ano da França no Brasil.
Os patrocinadores do Ano da França no Brasil(http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/) são:
Comitê dos patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint -Gobain, Safran, Thales, Vallourec.
Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro, SESC.
Parceria e realização:
TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, Culturesfrance, Republique Française,TV Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura,Governo Federal do Brasil.
Entrelinhas Comunicação
Mais do Ano da França no Brasil aqui
--
http://www.farolcomunitario.com.br
rede web de informação e cultura
Eles chegam silenciosos e quase se misturam à plateia. Quando o espetáculo começa é difícil saber quem são os atores. Aos poucos a excentricidade denuncia o grupo francês Les Apostrophes. Uma série de acrobacias são embaladas pelo som de um acordeão tocado ao vivo. Combinação que desperta risos, aplausos e expressões de surpresa no público. Não há diálogos. A única frase, dita em português com sotaque francês, é: "quem quiser ver o resto, siga o sanfoneiro". E a aventura continua, corredores afora.
O espetáculo foi criado para ser apresentado nas ruas. Em Londrina, norte do Paraná, foi feito em um shopping center por causa da previsão de chuva. O nome Passage Désemboîté significa Passagem Deslocada, em português. É uma referência ao movimento dos cinco atores do grupo durante a apresentação itinerante. Eles param em nove estações para exibir diferentes performances.
Elementos cotidianos como uma baguete, uma vassoura ou uma xícara ganham novos significados nas mãos dos artistas. Eles hipnotizam o público. É o que os atores chamam de "teatro invisível". Quando ações do dia a dia, como varrer a rua ou tomar o café, se transformam em arte fora do palco convencional. Vítor Kataoka veio fazer compras e parou para ver o que estava acontecendo. "É muito criativo. Eles fazem a gente rir com coisas simples", diz o estudante, aprovando o humor francês.
Dezenas de pessoas vieram ao shopping exclusivamente para ver a peça. A professora Aneliza Toffolo veio trazer a filha, de cinco anos, e a sobrinha, de quatro. "Eu disse a elas que haveria um teatro com música e malabarismos. Elas ficaram loucas para ver". Já a estudante de artes cênicas, Laís Marques da Silva, veio conferir as diferenças entre o teatro brasileiro e o francês, mais uma contribuição do calendário de eventos do Ano da França no Brasil. "A gente precisa conhecer as diferentes formas representar". No final, a universitária chegou à conclusão de que há muito em comum. "Este tipo de linguagem é universal".
Na plateia, as crianças interagem o tempo todo, como se fizessem parte da brincadeira. "Sua calça caiu", avisa uma. E, depois dos aplausos, é comum ver os pequenos tentando imitar alguns números. Com duas filhas pequenas a tiracolo, a psicóloga Juliana Catarino quase desistiu de seguir as performances até o fim. "Mas foi tão contagiante que não consegui parar. É surpreendente como eles conseguem falar do cotidiano de uma forma tão leve. As meninas adoraram".
É a segunda vez que o grupo Les Apostrophes vem ao Brasil. A primeira foi em 1999, também durante o Festival Internacional (de artes cênicas) de Londrina. O FILO tem 41 anos e é um dos mais antigos da América Latina. De acordo com Jorge Fordiani, assistente de direção do festival, quase todo ano tem espetáculo francês na programação e é sempre uma experiência enriquecedora, e nesse ano especial, de Ano da França no Brasil, eles não poderiam faltar. "Não existe 'limitação' para a arte. A cultura de outro país se agrega a nós e vice-versa".
A linguagem escolhida para Passage Désemboîté é a mesma usada pelo grupo Les Apostrophes há 12 anos. Uma mistura de técnicas circenses com dança, música e teatro. De acordo com o diretor e ator, Martin Schwietzke, o trabalho é influenciado por grandes nomes do cinema mundial como o francês Jaques Tati e o inglês Charles Chaplin. "É uma arte muito popular. Pode ser entendida por todos, em todos os lugares". Schwietzke conta que este espetáculo foi criado em apenas dez dias, cinco anos atrás, para apresentação em um festival na Europa. "Desde então este elenco está junto", diz, "mas também temos nossas carreiras individuais". Sobre o que acha desse intercâmbio entre Brasil e França, ele destaca a receptividade dos brasileiros. "É maravilhoso dividir entusiasmo com o público daqui. Eles querem ver o que você tem pra mostrar e isso é muito prazeroso". E completa "a espontaneidade e o calor do coração dos brasileiros são muito estimulantes. Esperamos voltar muitas vezes." Além de Schwietzke, estão em cena Jorg Muller, Jive Faury, Gilles Rémy e o músico Marcel Dreux, no acordeão.
De Londrina o grupo apresenta-se em São Miguel Paulista (SP), no dia
13/6, Florianópolis (SC) nos dias 16 e 17/6, e Belo Horizonte (MG),
onde participa do Festival Mundial do Circo (nos dias 20 e 21/6). Toda
a programação faz parte do Ano da França no Brasil.
Os patrocinadores do Ano da França no Brasil(http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/) são:
Comitê dos patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint -Gobain, Safran, Thales, Vallourec.
Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro, SESC.
Parceria e realização:
TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, Culturesfrance, Republique Française,TV Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura,Governo Federal do Brasil.
Entrelinhas Comunicação
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