MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA
Sábado, 27/6/2009, às 14h
Ocorrências de casos humanos de influenza A (H1N1)
1. CASOS NO BRASIL
1.1 – O Ministério da Saúde informa que foram confirmados 69 NOVOS CASOS de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1), nos estados de São Paulo (34), Rio de Janeiro (8), Rio Grande do Sul (7), Paraná (7), Minas Gerais (4), Distrito Federal (2), Santa Catarina (2), Espírito Santo (2), Pará (1), Maranhão (1) e Amazonas (1).
1.2 – Com os novos casos, o total de confirmados no país chega a 591. Esse número inclui os casos informados ao Ministério da Saúde pelos três laboratórios de referência para o diagnóstico da influenza (Fundação Oswaldo Cruz/RJ, Instituto Evandro Chagas/PA e Instituto Adolf Lutz/SP) e/ou pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
UF
Confirmados
UF
Confirmados
Alagoas
4
Paraná
21
Amazonas
1
Paraíba
2
Bahia
4
Pernambuco
1
Ceará
1
Piauí
2
Distrito Federal
21
Rio de Janeiro
60
Espírito Santo
11
Rio Grande do Norte
1
Goiás
4
Rio Grande do Sul
35
Maranhão
2
Santa Catarina
45
Mato Grosso
3
São Paulo
294
Minas Gerais
69
Sergipe
4
Pará
2
Tocantins
4
Brasil
591
Fonte SINAN/SVS e Laboratórios Nacionais de Referência (atualização em 27.06.2009).
1.3 – PARA TODOS OS CASOS, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes.
1.4 – Do total de casos confirmados, dois pacientes do Rio Grande do Sul estão internados. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério da Saúde, acompanha a evolução do quadro clínico dos pacientes. Os dois casos foram infectados no exterior.
1.5 – Até 25 de junho, o Ministério da Saúde acompanhava 477 CASOS SUSPEITOS no país. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Outros 782 casos foram DESCARTADOS.
1.6 – As definições de caso suspeito, confirmado e descartado estão disponíveis e atualizadas no Protocolo de Procedimentos e Manejo de Casos e Contatos de Influenza A (H1N1), no link http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/influenza_protocolo_versao405062009.pdf
1.7 - Os números referem-se a informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde até as 11h deste sábado. TODOS OS CASOS IDENTIFICADOS APÓS ESSE HORÁRIO SERÃO CONTABILIZADOS NO DOCUMENTO DO DIA SEGUINTE.
2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NO BRASIL
2.1 – Até 25 de junho, os casos registrados exclusivamente no SINAN (sem incluir as informações dos laboratórios de referência) somavam 448 confirmados. Destes, 295 (65,8%) foram de pessoas que se infectaram no exterior e 117 (26,1%), de transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional). Outros 36 casos permaneciam em investigação.
2.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos importados foram Argentina (180 casos), Estados Unidos (66) e Chile (20).
2.3 – Todos os casos autóctones têm vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. Desse modo, o Ministério da Saúde considera que, até o momento, a transmissão no Brasil é limitada, sem evidências de sustentabilidade da transmissão do vírus de pessoa a pessoa.
3. MUDANÇAS NO PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS PARA O MANEJO DE CASOS E CONTATOS
3.1 – O aumento do número de casos suspeitos nos últimos dias leva o Ministério da Saúde a ampliar os cuidados para reduzir o potencial de resistência do vírus ao tratamento e evitar que uma maior quantidade de pessoas tenha reações à medicação.
3.2 – A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem alertando as autoridades sanitárias e a população de todos os países para o fato de que o uso indiscriminado do medicamento destinado a tratar infectados pelo vírus Influenza A (H1N1) poderá tornar o vírus mais resistente e abrir caminho para o surgimento de novas cepas, ampliando os riscos à saúde pública.
3.3 – Para continuar a garantir a segurança da população diante do aumento expressivo do número de casos suspeitos e confirmados de brasileiros infectados pelo vírus A (H1N1), o Ministério da Saúde decidiu alterar, a partir desta sexta-feira (26), o protocolo de tratamento de pacientes para esta doença, como já fizeram países como Estados Unidos.
3.4 – Até ontem, todos os casos suspeitos notificados até 48 horas após os primeiros sintomas recebiam o medicamento fosfato de oseltamivir. Se mantivesse esse protocolo diante do crescente número de casos suspeitos nos últimos dias, o Brasil registraria um aumento significativo do número de pessoas que fariam uso do medicamento nos primeiros dias, interrompendo o tratamento após terem o diagnóstico descartado por exame laboratorial. Aproximadamente 800 casos já foram descartados no Brasil por exame laboratorial nos últimos dois meses. A maioria desses tomou a medicação.
3.5 – Tal situação ampliaria os riscos de desenvolvimento de vírus resistentes ao tratamento, uma vez que, quanto mais se expõe desnecessariamente o vírus ao medicamento, maior a chance de ele desenvolver resistência ao tratamento.
3.6 – Como forma de reduzir esses riscos, a partir de agora, receberão o medicamento oseltamivir as pessoas que apresentarem um agravamento do seu estado de saúde nas primeiras 48 horas desde a apresentação dos sintomas iniciais e pessoas que têm maior risco de apresentar quadro clínico grave. Neste grupo estão:
- Crianças menores de dois anos de idade; idosos (acima de 60 anos); gestantes; pessoas com imunodepressão (por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, cardiopatia, doença pulmonar ou renal crônica.
3.7 – Ressaltamos que a utilização do oseltamivir não é o único meio eficaz para a cura da influenza A (H1N1). A situação, portanto, não muda o compromisso do Ministério da Saúde de que todos terão assistência adequada e acompanhamento durante o seu processo infeccioso. Todos serão atendidos e tratados.
3.8 – Para o agravamento dos casos, todos terão direito a internação em um dos 800 leitos reservados para isso na rede pública, em 53 hospitais de referência (se necessário, este número será ampliado).
3.9 – Ressaltamos, ainda, que o governo brasileiro possui um estoque estratégico suficiente para tratamento de casos de influenza A (H1N1). Para uso imediato, há cerca de 10 mil tratamentos, que estão sendo enviados aos estados de acordo com a necessidade. Além disso, o governo brasileiro possui, em estado bruto, 9 milhões de tratamentos prontos para serem encapsulados caso julgue necessário.
4. RECOMENDAÇÕES SOBRE A SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE ATIVIDADES
4.1 – Em estabelecimentos de ensino, creches, ambientes de trabalho (empresas, indústrias), asilos, quartéis, ambientes prisionais, quando a investigação epidemiológica identificar a ocorrência de casos suspeitos de Influenza A(H1N1), com vínculo epidemiológico, pode ser adotada pela vigilância em saúde local a suspensão temporária de atividades. Quando indicado, deve-se considerar:
· As características do surto (número de pessoas afetadas, características dos ambientes, existência de pessoas com fatores de risco);
· Garantir o sigilo da identidade dos casos confirmados e evitar condutas discriminatórias dos mesmos;
· A duração da interrupção das atividades deve considerar o período de transmissibilidade da doença (de até sete dias, para adultos; e 14 dias, para crianças);
· Devem ser reforçadas as orientações sobre as medidas não farmacológicas preconizadas no Protocolo de Procedimentos de Manejo de Casos e Contatos, que contém os procedimentos de coleta de amostras clinicas;
4.2 – A utilização de máscaras de proteção é efetiva em ambientes hospitalares, mas não tem grande impacto na diminuição de transmissibilidade, quando utilizada pela comunidade em geral, exceto quando orientado pelas autoridades de saúde.
5. RECOMENDAÇÕES PARA VIAJANTES
5.1 – crianças menores de dois anos de idade; idosos (acima de 60 anos); gestantes; pessoas com imunodepressão (por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, cardiopatia, doença pulmonar ou renal crônica posterguem a viagem para esses países, caso seja possível, tendo em vista ser o grupo que apresenta maior risco de desenvolver as formas graves da doença. O Ministério da Saúde reitera que esta é uma medida de proteção a estes grupos mais vulneráveis para doença grave, não significando caráter restritivo ao comércio ou transito internacional.
5.2 – Segundo a OMS, Estados Unidos, México, Canadá, Austrália, Chile, Argentina e Reino Unido são considerados os países com transmissão sustentada.
5.3 – Ressaltamos que não há proibição nem restrição de trânsito de pessoas entre o Brasil e esses países. A recomendação é uma medida adicional de prevenção, tendo como base critérios epidemiológicos e o aumento, com a proximidade das férias de inverno, da circulação de turistas brasileiros em países com transmissão sustentada da doença.
5.4 – Como vem fazendo, há dois meses, desde que o Brasil foi notificado sobre a transmissão da nova gripe, o Ministério da Saúde continua seguindo rigorosamente as orientações da OMS, que defende a autonomia de cada país em adotar recomendações com base em suas realidades locais.
5.5 – Desde o alerta da OMS, o Ministério da Saúde vem mantendo total transparência sobre os acontecimentos relacionados ao vírus Influenza A (H1N1) e é sua obrigação alertar os brasileiros sobre os locais onde a transmissão deixou de ser limitada.
6. EVOLUÇÃO DE CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO
6.1 – Até o momento, 114 países têm casos confirmados e divulgados da doença, de acordo com informações dos governos ou da OMS.
Países com ocorrência de casos de Influenza A(H1N1), por continente.
País
Região
Casos
Óbitos
Letalidade (%)
Países com mais de 300 casos confirmados
Estados Unidos
América do Norte
27.717
127
0,46
México
América do Norte
9.028
119
1,30
Canadá
América do Norte
7.775
21
0,30
Chile
América do Sul
6.211
12
0,20
Reino Unido
Europa
4.250
1
0,02
Austrália
Oceania
3.677
5
0,14
Argentina
América do Sul
1.587
26
1,64
China
Ásia
1.076
-
-
Japão
Ásia
1.048
-
-
Tailândia
Ásia
985
-
-
Filipinas
Ásia
727
1
0,14
Espanha
Europa
541
-
-
Brasil
América do Sul
591
-
-
Nova Zelândia
Oceania
453
-
-
Israel
Oriente Médio
375
-
-
Panamá
América Central
358
-
-
Alemanha
Europa
366
-
-
Cingapura
Ásia
315
-
-
Peru
América Central
360
-
-
Países com menos de 300 casos e com ocorrência de óbitos
Honduras
América Central
119
1
0,84
Rep. Dominicana
Caribe
108
2
1,58
Colômbia
América do Sul
73
2
2,73
Costa Rica
América Central
222
1
0,84
Outros países
519
-
-
Total no mundo
68.481
318
0,46
Agência Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA
Sábado, 27/6/2009, às 14h
Ocorrências de casos humanos de influenza A (H1N1)
1. CASOS NO BRASIL
1.1 – O Ministério da Saúde informa que foram confirmados 69 NOVOS CASOS de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1), nos estados de São Paulo (34), Rio de Janeiro (8), Rio Grande do Sul (7), Paraná (7), Minas Gerais (4), Distrito Federal (2), Santa Catarina (2), Espírito Santo (2), Pará (1), Maranhão (1) e Amazonas (1).
1.2 – Com os novos casos, o total de confirmados no país chega a 591. Esse número inclui os casos informados ao Ministério da Saúde pelos três laboratórios de referência para o diagnóstico da influenza (Fundação Oswaldo Cruz/RJ, Instituto Evandro Chagas/PA e Instituto Adolf Lutz/SP) e/ou pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
UF
Confirmados
UF
Confirmados
Alagoas
4
Paraná
21
Amazonas
1
Paraíba
2
Bahia
4
Pernambuco
1
Ceará
1
Piauí
2
Distrito Federal
21
Rio de Janeiro
60
Espírito Santo
11
Rio Grande do Norte
1
Goiás
4
Rio Grande do Sul
35
Maranhão
2
Santa Catarina
45
Mato Grosso
3
São Paulo
294
Minas Gerais
69
Sergipe
4
Pará
2
Tocantins
4
Brasil
591
Fonte SINAN/SVS e Laboratórios Nacionais de Referência (atualização em 27.06.2009).
1.3 – PARA TODOS OS CASOS, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes.
1.4 – Do total de casos confirmados, dois pacientes do Rio Grande do Sul estão internados. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério da Saúde, acompanha a evolução do quadro clínico dos pacientes. Os dois casos foram infectados no exterior.
1.5 – Até 25 de junho, o Ministério da Saúde acompanhava 477 CASOS SUSPEITOS no país. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Outros 782 casos foram DESCARTADOS.
1.6 – As definições de caso suspeito, confirmado e descartado estão disponíveis e atualizadas no Protocolo de Procedimentos e Manejo de Casos e Contatos de Influenza A (H1N1), no link http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/influenza_protocolo_versao405062009.pdf
1.7 - Os números referem-se a informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde até as 11h deste sábado. TODOS OS CASOS IDENTIFICADOS APÓS ESSE HORÁRIO SERÃO CONTABILIZADOS NO DOCUMENTO DO DIA SEGUINTE.
2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NO BRASIL
2.1 – Até 25 de junho, os casos registrados exclusivamente no SINAN (sem incluir as informações dos laboratórios de referência) somavam 448 confirmados. Destes, 295 (65,8%) foram de pessoas que se infectaram no exterior e 117 (26,1%), de transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional). Outros 36 casos permaneciam em investigação.
2.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos importados foram Argentina (180 casos), Estados Unidos (66) e Chile (20).
2.3 – Todos os casos autóctones têm vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. Desse modo, o Ministério da Saúde considera que, até o momento, a transmissão no Brasil é limitada, sem evidências de sustentabilidade da transmissão do vírus de pessoa a pessoa.
3. MUDANÇAS NO PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS PARA O MANEJO DE CASOS E CONTATOS
3.1 – O aumento do número de casos suspeitos nos últimos dias leva o Ministério da Saúde a ampliar os cuidados para reduzir o potencial de resistência do vírus ao tratamento e evitar que uma maior quantidade de pessoas tenha reações à medicação.
3.2 – A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem alertando as autoridades sanitárias e a população de todos os países para o fato de que o uso indiscriminado do medicamento destinado a tratar infectados pelo vírus Influenza A (H1N1) poderá tornar o vírus mais resistente e abrir caminho para o surgimento de novas cepas, ampliando os riscos à saúde pública.
3.3 – Para continuar a garantir a segurança da população diante do aumento expressivo do número de casos suspeitos e confirmados de brasileiros infectados pelo vírus A (H1N1), o Ministério da Saúde decidiu alterar, a partir desta sexta-feira (26), o protocolo de tratamento de pacientes para esta doença, como já fizeram países como Estados Unidos.
3.4 – Até ontem, todos os casos suspeitos notificados até 48 horas após os primeiros sintomas recebiam o medicamento fosfato de oseltamivir. Se mantivesse esse protocolo diante do crescente número de casos suspeitos nos últimos dias, o Brasil registraria um aumento significativo do número de pessoas que fariam uso do medicamento nos primeiros dias, interrompendo o tratamento após terem o diagnóstico descartado por exame laboratorial. Aproximadamente 800 casos já foram descartados no Brasil por exame laboratorial nos últimos dois meses. A maioria desses tomou a medicação.
3.5 – Tal situação ampliaria os riscos de desenvolvimento de vírus resistentes ao tratamento, uma vez que, quanto mais se expõe desnecessariamente o vírus ao medicamento, maior a chance de ele desenvolver resistência ao tratamento.
3.6 – Como forma de reduzir esses riscos, a partir de agora, receberão o medicamento oseltamivir as pessoas que apresentarem um agravamento do seu estado de saúde nas primeiras 48 horas desde a apresentação dos sintomas iniciais e pessoas que têm maior risco de apresentar quadro clínico grave. Neste grupo estão:
- Crianças menores de dois anos de idade; idosos (acima de 60 anos); gestantes; pessoas com imunodepressão (por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, cardiopatia, doença pulmonar ou renal crônica.
3.7 – Ressaltamos que a utilização do oseltamivir não é o único meio eficaz para a cura da influenza A (H1N1). A situação, portanto, não muda o compromisso do Ministério da Saúde de que todos terão assistência adequada e acompanhamento durante o seu processo infeccioso. Todos serão atendidos e tratados.
3.8 – Para o agravamento dos casos, todos terão direito a internação em um dos 800 leitos reservados para isso na rede pública, em 53 hospitais de referência (se necessário, este número será ampliado).
3.9 – Ressaltamos, ainda, que o governo brasileiro possui um estoque estratégico suficiente para tratamento de casos de influenza A (H1N1). Para uso imediato, há cerca de 10 mil tratamentos, que estão sendo enviados aos estados de acordo com a necessidade. Além disso, o governo brasileiro possui, em estado bruto, 9 milhões de tratamentos prontos para serem encapsulados caso julgue necessário.
4. RECOMENDAÇÕES SOBRE A SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE ATIVIDADES
4.1 – Em estabelecimentos de ensino, creches, ambientes de trabalho (empresas, indústrias), asilos, quartéis, ambientes prisionais, quando a investigação epidemiológica identificar a ocorrência de casos suspeitos de Influenza A(H1N1), com vínculo epidemiológico, pode ser adotada pela vigilância em saúde local a suspensão temporária de atividades. Quando indicado, deve-se considerar:
· As características do surto (número de pessoas afetadas, características dos ambientes, existência de pessoas com fatores de risco);
· Garantir o sigilo da identidade dos casos confirmados e evitar condutas discriminatórias dos mesmos;
· A duração da interrupção das atividades deve considerar o período de transmissibilidade da doença (de até sete dias, para adultos; e 14 dias, para crianças);
· Devem ser reforçadas as orientações sobre as medidas não farmacológicas preconizadas no Protocolo de Procedimentos de Manejo de Casos e Contatos, que contém os procedimentos de coleta de amostras clinicas;
4.2 – A utilização de máscaras de proteção é efetiva em ambientes hospitalares, mas não tem grande impacto na diminuição de transmissibilidade, quando utilizada pela comunidade em geral, exceto quando orientado pelas autoridades de saúde.
5. RECOMENDAÇÕES PARA VIAJANTES
5.1 – crianças menores de dois anos de idade; idosos (acima de 60 anos); gestantes; pessoas com imunodepressão (por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, cardiopatia, doença pulmonar ou renal crônica posterguem a viagem para esses países, caso seja possível, tendo em vista ser o grupo que apresenta maior risco de desenvolver as formas graves da doença. O Ministério da Saúde reitera que esta é uma medida de proteção a estes grupos mais vulneráveis para doença grave, não significando caráter restritivo ao comércio ou transito internacional.
5.2 – Segundo a OMS, Estados Unidos, México, Canadá, Austrália, Chile, Argentina e Reino Unido são considerados os países com transmissão sustentada.
5.3 – Ressaltamos que não há proibição nem restrição de trânsito de pessoas entre o Brasil e esses países. A recomendação é uma medida adicional de prevenção, tendo como base critérios epidemiológicos e o aumento, com a proximidade das férias de inverno, da circulação de turistas brasileiros em países com transmissão sustentada da doença.
5.4 – Como vem fazendo, há dois meses, desde que o Brasil foi notificado sobre a transmissão da nova gripe, o Ministério da Saúde continua seguindo rigorosamente as orientações da OMS, que defende a autonomia de cada país em adotar recomendações com base em suas realidades locais.
5.5 – Desde o alerta da OMS, o Ministério da Saúde vem mantendo total transparência sobre os acontecimentos relacionados ao vírus Influenza A (H1N1) e é sua obrigação alertar os brasileiros sobre os locais onde a transmissão deixou de ser limitada.
6. EVOLUÇÃO DE CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO
6.1 – Até o momento, 114 países têm casos confirmados e divulgados da doença, de acordo com informações dos governos ou da OMS.
Países com ocorrência de casos de Influenza A(H1N1), por continente.
País
Região
Casos
Óbitos
Letalidade (%)
Países com mais de 300 casos confirmados
Estados Unidos
América do Norte
27.717
127
0,46
México
América do Norte
9.028
119
1,30
Canadá
América do Norte
7.775
21
0,30
Chile
América do Sul
6.211
12
0,20
Reino Unido
Europa
4.250
1
0,02
Austrália
Oceania
3.677
5
0,14
Argentina
América do Sul
1.587
26
1,64
China
Ásia
1.076
-
-
Japão
Ásia
1.048
-
-
Tailândia
Ásia
985
-
-
Filipinas
Ásia
727
1
0,14
Espanha
Europa
541
-
-
Brasil
América do Sul
591
-
-
Nova Zelândia
Oceania
453
-
-
Israel
Oriente Médio
375
-
-
Panamá
América Central
358
-
-
Alemanha
Europa
366
-
-
Cingapura
Ásia
315
-
-
Peru
América Central
360
-
-
Países com menos de 300 casos e com ocorrência de óbitos
Honduras
América Central
119
1
0,84
Rep. Dominicana
Caribe
108
2
1,58
Colômbia
América do Sul
73
2
2,73
Costa Rica
América Central
222
1
0,84
Outros países
519
-
-
Total no mundo
68.481
318
0,46
Agência Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA
Sábado, 27/6/2009, às 14h
Ocorrências de casos humanos de influenza A (H1N1)
1. CASOS NO BRASIL
1.1 – O Ministério da Saúde informa que foram confirmados 69 NOVOS CASOS de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1), nos estados de São Paulo (34), Rio de Janeiro (8), Rio Grande do Sul (7), Paraná (7), Minas Gerais (4), Distrito Federal (2), Santa Catarina (2), Espírito Santo (2), Pará (1), Maranhão (1) e Amazonas (1).
1.2 – Com os novos casos, o total de confirmados no país chega a 591. Esse número inclui os casos informados ao Ministério da Saúde pelos três laboratórios de referência para o diagnóstico da influenza (Fundação Oswaldo Cruz/RJ, Instituto Evandro Chagas/PA e Instituto Adolf Lutz/SP) e/ou pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
UF | Confirmados |
| UF | Confirmados |
Alagoas | 4 |
| Paraná | 21 |
Amazonas | 1 |
| Paraíba | 2 |
Bahia | 4 |
| Pernambuco | 1 |
Ceará | 1 |
| Piauí | 2 |
Distrito Federal | 21 |
| Rio de Janeiro | 60 |
Espírito Santo | 11 |
| Rio Grande do Norte | 1 |
Goiás | 4 |
| Rio Grande do Sul | 35 |
Maranhão | 2 |
| Santa Catarina | 45 |
Mato Grosso | 3 |
| São Paulo | 294 |
Minas Gerais | 69 |
| Sergipe | 4 |
Pará | 2 |
| Tocantins | 4 |
|
|
| Brasil | 591 |
Fonte SINAN/SVS e Laboratórios Nacionais de Referência (atualização em 27.06.2009).
1.3 – PARA TODOS OS CASOS, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes.
1.4 – Do total de casos confirmados, dois pacientes do Rio Grande do Sul estão internados. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério da Saúde, acompanha a evolução do quadro clínico dos pacientes. Os dois casos foram infectados no exterior.
1.5 – Até 25 de junho, o Ministério da Saúde acompanhava 477 CASOS SUSPEITOS no país. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Outros 782 casos foram DESCARTADOS.
1.6 – As definições de caso suspeito, confirmado e descartado estão disponíveis e atualizadas no Protocolo de Procedimentos e Manejo de Casos e Contatos de Influenza A (H1N1), no link http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/influenza_protocolo_versao405062009.pdf
1.7 - Os números referem-se a informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde até as 11h deste sábado. TODOS OS CASOS IDENTIFICADOS APÓS ESSE HORÁRIO SERÃO CONTABILIZADOS NO DOCUMENTO DO DIA SEGUINTE.
2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NO BRASIL
2.1 – Até 25 de junho, os casos registrados exclusivamente no SINAN (sem incluir as informações dos laboratórios de referência) somavam 448 confirmados. Destes, 295 (65,8%) foram de pessoas que se infectaram no exterior e 117 (26,1%), de transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional). Outros 36 casos permaneciam em investigação.
2.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos importados foram Argentina (180 casos), Estados Unidos (66) e Chile (20).
2.3 – Todos os casos autóctones têm vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. Desse modo, o Ministério da Saúde considera que, até o momento, a transmissão no Brasil é limitada, sem evidências de sustentabilidade da transmissão do vírus de pessoa a pessoa.
3. MUDANÇAS NO PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS PARA O MANEJO DE CASOS E CONTATOS
3.1 – O aumento do número de casos suspeitos nos últimos dias leva o Ministério da Saúde a ampliar os cuidados para reduzir o potencial de resistência do vírus ao tratamento e evitar que uma maior quantidade de pessoas tenha reações à medicação.
3.2 – A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem alertando as autoridades sanitárias e a população de todos os países para o fato de que o uso indiscriminado do medicamento destinado a tratar infectados pelo vírus Influenza A (H1N1) poderá tornar o vírus mais resistente e abrir caminho para o surgimento de novas cepas, ampliando os riscos à saúde pública.
3.3 – Para continuar a garantir a segurança da população diante do aumento expressivo do número de casos suspeitos e confirmados de brasileiros infectados pelo vírus A (H1N1), o Ministério da Saúde decidiu alterar, a partir desta sexta-feira (26), o protocolo de tratamento de pacientes para esta doença, como já fizeram países como Estados Unidos.
3.4 – Até ontem, todos os casos suspeitos notificados até 48 horas após os primeiros sintomas recebiam o medicamento fosfato de oseltamivir. Se mantivesse esse protocolo diante do crescente número de casos suspeitos nos últimos dias, o Brasil registraria um aumento significativo do número de pessoas que fariam uso do medicamento nos primeiros dias, interrompendo o tratamento após terem o diagnóstico descartado por exame laboratorial. Aproximadamente 800 casos já foram descartados no Brasil por exame laboratorial nos últimos dois meses. A maioria desses tomou a medicação.
3.5 – Tal situação ampliaria os riscos de desenvolvimento de vírus resistentes ao tratamento, uma vez que, quanto mais se expõe desnecessariamente o vírus ao medicamento, maior a chance de ele desenvolver resistência ao tratamento.
3.6 – Como forma de reduzir esses riscos, a partir de agora, receberão o medicamento oseltamivir as pessoas que apresentarem um agravamento do seu estado de saúde nas primeiras 48 horas desde a apresentação dos sintomas iniciais e pessoas que têm maior risco de apresentar quadro clínico grave. Neste grupo estão:
- Crianças menores de dois anos de idade; idosos (acima de 60 anos); gestantes; pessoas com imunodepressão (por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, cardiopatia, doença pulmonar ou renal crônica.
3.7 – Ressaltamos que a utilização do oseltamivir não é o único meio eficaz para a cura da influenza A (H1N1). A situação, portanto, não muda o compromisso do Ministério da Saúde de que todos terão assistência adequada e acompanhamento durante o seu processo infeccioso. Todos serão atendidos e tratados.
3.8 – Para o agravamento dos casos, todos terão direito a internação em um dos 800 leitos reservados para isso na rede pública, em 53 hospitais de referência (se necessário, este número será ampliado).
3.9 – Ressaltamos, ainda, que o governo brasileiro possui um estoque estratégico suficiente para tratamento de casos de influenza A (H1N1). Para uso imediato, há cerca de 10 mil tratamentos, que estão sendo enviados aos estados de acordo com a necessidade. Além disso, o governo brasileiro possui, em estado bruto, 9 milhões de tratamentos prontos para serem encapsulados caso julgue necessário.
4. RECOMENDAÇÕES SOBRE A SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE ATIVIDADES
4.1 – Em estabelecimentos de ensino, creches, ambientes de trabalho (empresas, indústrias), asilos, quartéis, ambientes prisionais, quando a investigação epidemiológica identificar a ocorrência de casos suspeitos de Influenza A(H1N1), com vínculo epidemiológico, pode ser adotada pela vigilância em saúde local a suspensão temporária de atividades. Quando indicado, deve-se considerar:
· As características do surto (número de pessoas afetadas, características dos ambientes, existência de pessoas com fatores de risco);
· Garantir o sigilo da identidade dos casos confirmados e evitar condutas discriminatórias dos mesmos;
· A duração da interrupção das atividades deve considerar o período de transmissibilidade da doença (de até sete dias, para adultos; e 14 dias, para crianças);
· Devem ser reforçadas as orientações sobre as medidas não farmacológicas preconizadas no Protocolo de Procedimentos de Manejo de Casos e Contatos, que contém os procedimentos de coleta de amostras clinicas;
4.2 – A utilização de máscaras de proteção é efetiva em ambientes hospitalares, mas não tem grande impacto na diminuição de transmissibilidade, quando utilizada pela comunidade em geral, exceto quando orientado pelas autoridades de saúde.
5. RECOMENDAÇÕES PARA VIAJANTES
5.1 – crianças menores de dois anos de idade; idosos (acima de 60 anos); gestantes; pessoas com imunodepressão (por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias (doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como a anemia falciforme), diabetes, cardiopatia, doença pulmonar ou renal crônica posterguem a viagem para esses países, caso seja possível, tendo em vista ser o grupo que apresenta maior risco de desenvolver as formas graves da doença. O Ministério da Saúde reitera que esta é uma medida de proteção a estes grupos mais vulneráveis para doença grave, não significando caráter restritivo ao comércio ou transito internacional.
5.2 – Segundo a OMS, Estados Unidos, México, Canadá, Austrália, Chile, Argentina e Reino Unido são considerados os países com transmissão sustentada.
5.3 – Ressaltamos que não há proibição nem restrição de trânsito de pessoas entre o Brasil e esses países. A recomendação é uma medida adicional de prevenção, tendo como base critérios epidemiológicos e o aumento, com a proximidade das férias de inverno, da circulação de turistas brasileiros em países com transmissão sustentada da doença.
5.4 – Como vem fazendo, há dois meses, desde que o Brasil foi notificado sobre a transmissão da nova gripe, o Ministério da Saúde continua seguindo rigorosamente as orientações da OMS, que defende a autonomia de cada país em adotar recomendações com base em suas realidades locais.
5.5 – Desde o alerta da OMS, o Ministério da Saúde vem mantendo total transparência sobre os acontecimentos relacionados ao vírus Influenza A (H1N1) e é sua obrigação alertar os brasileiros sobre os locais onde a transmissão deixou de ser limitada.
6. EVOLUÇÃO DE CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO
6.1 – Até o momento, 114 países têm casos confirmados e divulgados da doença, de acordo com informações dos governos ou da OMS.
Países com ocorrência de casos de Influenza A(H1N1), por continente.
País | Região | Casos | Óbitos | Letalidade (%) |
Países com mais de 300 casos confirmados | ||||
Estados Unidos | América do Norte | 27.717 | 127 | 0,46 |
México | América do Norte | 9.028 | 119 | 1,30 |
Canadá | América do Norte | 7.775 | 21 | 0,30 |
Chile | América do Sul | 6.211 | 12 | 0,20 |
Reino Unido | Europa | 4.250 | 1 | 0,02 |
Austrália | Oceania | 3.677 | 5 | 0,14 |
Argentina | América do Sul | 1.587 | 26 | 1,64 |
China | Ásia | 1.076 | - | - |
Japão | Ásia | 1.048 | - | - |
Tailândia | Ásia | 985 | - | - |
Filipinas | Ásia | 727 | 1 | 0,14 |
Espanha | Europa | 541 | - | - |
Brasil | América do Sul | 591 | - | - |
Nova Zelândia | Oceania | 453 | - | - |
Israel | Oriente Médio | 375 | - | - |
Panamá | América Central | 358 | - | - |
Alemanha | Europa | 366 | - | - |
Cingapura | Ásia | 315 | - | - |
Peru | América Central | 360 | - | - |
Países com menos de 300 casos e com ocorrência de óbitos | ||||
Honduras | América Central | 119 | 1 | 0,84 |
Rep. Dominicana | Caribe | 108 | 2 | 1,58 |
Colômbia | América do Sul | 73 | 2 | 2,73 |
Costa Rica | América Central | 222 | 1 | 0,84 |
Outros países |
| 519 | - | - |
Total no mundo |
| 68.481 | 318 | 0,46 |
Agência Saúde
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