MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA
Quarta-feira, 3/6/2009, às 17h
Ocorrências de casos humanos de influenza A (H1N1)
1. O Ministério da Saúde confirma DOIS NOVOS CASOS de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) no Estado de São Paulo.
2. Os dois pacientes vieram dos Estados Unidos e não têm relação entre si. Ambos estão internados e passam bem.
3. Com estes dois casos, o total de casos confirmados no país chega a 25. Os casos foram registrados nos estados de São Paulo (11), Rio de Janeiro (7), Santa Catarina (4), Minas Gerais (1), Rio Grande do Sul (1) e Tocantins (1).
4. Para todos os casos confirmados, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com os pacientes.
5. Dos casos confirmados, sete são de transmissão autóctone (dentro do território nacional), todos com vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. Desse modo, a transmissão no Brasil é limitada e não há evidência de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa do vírus da Influenza A (H1N1).
6. Outros 44 CASOS SUSPEITOS de Influenza A (H1N1) estão sendo acompanhados pelo Ministério da Saúde, em todo o país. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial.
7. Os casos suspeitos estão nos estados de São Paulo (15), Distrito Federal (7), Rio de Janeiro (5), Rio Grande do Norte (4), Paraná (3), Rondônia (3), Espírito Santo (2), Santa Catarina (2), Alagoas (1), Ceará (1) e Tocantins (1).
8. O aumento no número de suspeitos se deve à extinção da definição de caso "em monitoramento", decisão aprovada pelo Grupo Executivo Interministerial para Pandemia de Influenza (GEI), em reunião no dia 1º de junho. Os casos que até ontem tinham esta classificação foram descartados ou passaram à categoria de suspeitos.
9. Até o momento, 386 casos foram DESCARTADOS (veja tabela).
10. Os números referem-se a informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde até as 9h30 desta quarta-feira. TODOS OS CASOS IDENTIFICADOS APÓS ESSE HORÁRIO SERÃO CONTABILIZADOS NO DOCUMENTO DO DIA SEGUINTE.
Tabela de casos de Influenza A (H1N1) no Brasil, segundo critério de classificação por UF
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11. O GEI também aprovou mudanças no protocolo de manejo clínico de pacientes com suspeita de Influenza A (H1N1). A partir de agora, a internação de sete dias e o tratamento com antiviral são recomendados APENAS para pacientes com sintomas graves e pessoas com risco de óbito por influenza: idade menor que dois ou maior que 60 anos; doença pulmonar ou cardíaca crônicas; insuficiência renal crônica, diabetes; hemoglobinopatias; gravidez e imunossupressão primária ou adquirida.
12. Casos suspeitos com sintomas leves devem receber medicamento e ficar em isolamento domiciliar por sete dias, recebendo orientação da autoridade municipal e/ou estadual de saúde. É importante ressaltar que o hospital de referência deverá informar a Vigilância Epidemiológica estadual ou municipal quando o paciente for encaminhado para isolamento domiciliar, para que seja providenciado o seu acompanhamento.
13. O novo protocolo de manejo clínico aprovado pelo GEI também altera a definição de caso suspeito. Agora, os critérios são: febre acima de 37,5°C (antes era de 38°C), mesmo que medida pelo paciente, tosse ou dor de garganta (o último sintoma não entrava na classificação anterior), acompanhadas ou não de dor de cabeça, nos músculos e articulações e dificuldades respiratórias. Além disso, o paciente deve ter estado, nos últimos dez dias, em países com casos da doença ou tido contato com pessoas consideradas casos suspeitos.
14. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o momento, há 20 países com casos autóctones de transmissão do vírus: Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Itália, Japão, México, Panamá, Peru, Reino Unido e Romênia.
15. Porém, segundo a OMS, Estados Unidos, México e Canadá são os únicos países considerados com transmissão sustentada.
16. Até o momento, 68 países têm casos confirmados e divulgados da doença, de acordo com informações dos governos ou da OMS.
Agência Saúde
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