quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil

MINISTÉRIO DA SAÚDE

GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS

NOTA À IMPRENSA


Quarta-feira, 2/9/2009, às 18h30

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil

1. CONFIRMADA QUEDA CONSISTENTE NO NÚMERO DE CASOS

· O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, ou simplesmente casos graves, causados pela Influenza A (H1N1) caiu PELA TERCEIRA SEMANA SEGUIDA, confirmando tendência que já havia sido observada nas semanas anteriores.

· Segundo a distribuição por Semana Epidemiológica (SE), foram registrados 151 casos na SE 34, que vai de 23 a 29 de agosto. Na SE 33, que vai 16 a 22 de agosto, houve 639 notificações. E na SE 32, que vai de 9 a 15 de agosto, foram 1.165 registros.

· A análise epidemiológica dos dados permite concluir que a transmissão do novo vírus A (H1N1) e os casos graves provocados por ele estão diminuindo no Brasil.

· Entre 25 de abril e 29 de agosto, foram registrados, ao todo, 7.569 casos graves com confirmação laboratorial para algum tipo de influenza, sendo 6.592 (87,1%) positivos para o novo vírus A(H1N1).

Distribuição de casos de SRAG, por semana epidemiológica, segundo classificação etiológica. Brasil, até SE 34/2009.

2. ÓBITOS

· Foram registrados, no período, 657 óbitos por influenza A(H1N1).

Distribuição de óbitos por influenza A (H1N1) por Unidade Federada de residência. SE 34/2009.


IMPORTANTE:

- O acréscimo no número de óbitos em relação ao último boletim NÃO SE REFERE A CASOS NOVOS DE PESSOAS QUE MORRERAM NO PERÍODO DE UMA SEMANA, mas a casos que tiveram confirmação laboratorial entre 23 e 29 de agosto.

- Reitera-se que, de acordo com o novo protocolo, o cálculo da taxa de letalidade em relação ao total de casos de influenza não é mais utilizado como parâmetro para monitorar o comportamento da doença, uma vez que os casos leves não são mais notificados, exceto em surtos. Esta conduta tem sido preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde meados de julho e seguida pela maioria dos países, com priorização para o monitoramento de casos graves por influenza.

TAXA DE MORTALIDADE

- No comparativo com os 15 países com maior número de mortes, o Brasil tem a 6ª taxa de mortalidade, que representa o percentual de óbitos em relação à população de cada país.

Tabela – Maiores taxas de mortalidade (por 100 mil/hab.) entre os 15 países com maior número de óbitos

País

Óbitos

População

Taxa de mortalidade

1. Argentina

465

40.276.376

1,15

2. Chile

130

16.970.265

0,76

3. Costa Rica

33

4.578.945

0,72

4. Austrália

155

21.292.893

0,72

5. Paraguai

41

6.348.917

0,64

6. Brasil

657

191.481.045

0,34

7. Peru

98

29.164.883

0,33

8. Equador

40

13.625.033

0,29

9. Malásia

72

27.467.837

0,26

10. Canadá

72

33.573.467

0,21

11. Tailândia

130

67.764.033

0,19

12. EUA

556

314.658.780

0,17

13. México

193

109.610.036

0,17

14. Reino Unido

65

61.565.422

0,10

15. Índia

101

1.198.003.272

0,008

Atualização de óbitos: 2/9 – www.ecdc.europa.eu

Número de habitantes: IBGE/2009

IMPORTANTE:

- Os países com as maiores taxas de mortalidade, inclusive o Brasil, estão no hemisfério Sul, exceto a Costa Rica. É no hemisfério Sul que a pandemia atualmente apresenta maior impacto por causa do inverno. Os países do hemisfério Norte, que estão no verão, têm atualmente uma transmissão significativamente menor.

- Os países adotam periodicidade diferente para atualização do número de óbitos.

3. MULHERES E GESTANTES

  • Um total de 2.933 mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) tiveram resultado positivo para o novo vírus A(H1N1) e desenvolveram a forma grave da doença.

  • Destas, 620 mulheres estavam grávidas. Entre as gestantes, 63 morreram.

4. DIVULGAÇÃO DAS NOTAS À IMPRENSA

· Com a confirmação da tendência de queda na circulação do novo vírus e na ocorrência de casos graves, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre Influenza A (H1N1) passará a ser divulgado quinzenalmente.

Agência Saúde

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