segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ACT participa do Fórum Social Mundial

Organização fará palestra, distribuição de material e manifestações

A Aliança de Controle do Tabagismo – ACT estará no Fórum Social Mundial, de 25 a 29 de janeiro, em Porto Alegre e Novo Hamburgo.

 

A diretora-executiva da ACT, Paula Johns, fará uma palestra  no painel Tabaco e Desenvolvimento Sustentável: Uma combinação possível?, que acontecerá no dia 26, às 14h, em Novo Hamburgo,  Mercedes Sosa Oficinas - Espaço A.  Ela vai falar sobre os ambientes livres de fumo, os benefícios sociais e econômicos desta medida para toda a população e as estratégias da indústria do tabaco e sua presença no evento.

 

"A Souza Cruz financiando o 6º fórum para juízes no FSM parece até piada, mas não é ", diz Paula Johns, que acrescenta: "Ultimamente, a indústria do tabaco tem patrocinado vários eventos para membros do Poder Judiciário, o que fere o artigo 5.3 da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, que prevê a não interferência da indústria nos órgãos governamentais".

 

Também estarão neste painel a chefe da divisão de controle do tabagismo do Instituto Nacional do Câncer, Tânia Cavalcante; a representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adriana Gregolim; e a promotora do Ministério Público do Trabalho do Paraná, Margareth Matos.

 

A equipe da ACT terá como base o estande da Secretaria de Saúde do estado do Rio Grande do Sul, também em Novo Hamburgo. De lá, mobilizará os participantes do Fórum Social a apoiar o Projeto de Lei 315, que está em tramitação no Senado Federal. Este projeto modifica a lei federal 9294/96,  proibindo o fumo em ambientes fechados em todo o território nacional, e elimina os fumódromos em locais fechados. Leia mais sobre o tema em http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/339_RELEASE_SENADO_VOTA_LEI_9294.pdf

 

A EPIDEMIA DO TABACO ESTÁ NO MAU COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA

 

Desde os anos 90, a indústria do tabaco quer fazer a opinião pública acreditar que não há nenhum problema em bancar a boa cidadã corporativa e ao mesmo tempo promover um produto que provoca adoecimento, morte e uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos.

 

A verdadeira intenção desta campanha de relações públicas é isentar o papel da indústria na criação e manutenção da epidemia do tabagismo, aparentar ser inovadora e responsável e tentar reverter sua imagem bastante arranhada.

 

As mentiras da indústria do tabaco  foram confirmadas em juízo em 2006, quando foi proclamada a sentença da ação que o governo dos Estados Unidos moveu contra a Philip Morris e outras representantes da indústria do tabaco (United States v. Philip Morris). Dentre as várias questões abordadas na decisão, tais como supressão de informação, publicidade para os jovens e dependência, a sentença reconheceu, através de provas contundentes, as práticas da indústria com o objetivo de enganar a opinião pública sobre os malefícios do fumo passivo.

 

Apesar de ter se comprometido a apoiar investigações com relação ao fumo passivo, a estratégia da indústria, segundo a sentença, incluía enfraquecer o desenvolvimento de pesquisas independentes,  financiar pesquisas favoráveis à sua posição e reduzir a importância de resultados que lhe fossem desfavoráveis.  Ainda hoje a indústria mantém as estratégias para negar a extensão dos riscos do fumo passivo. Leia mais sobre esse tema em http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/10_As-Mentiras-Expostas-da-Industria-do-Tabaco.pdf

 

Desde 2000, a propaganda de produtos de tabaco é proibida nos meios de comunicação de massa, sendo restrita aos pontos de venda. Com isso, houve uma explosão no número de pontos de vendas e novas estratégias para atingir o público-alvo, os jovens, foram criadas, como por exemplo  eventos e festas privadas.  As embalagens dos produtos, por sua vez, estão cada vez mais sedutoras, com edições limitadas e brindes como bases de IPod, mochilas, CDs e isqueiros.

 
Acontece Comunicação


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