segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Plastivida e Abrelpe assinam acordo para promover a reciclagem energética no Brasil

A reciclagem energética vem sendo discutida em diversos países como uma alternativa para o lixo urbano e o Brasil, apesar de já contar com a tecnologia, ainda não dispõe de nenhuma unidade industrial de reciclagem  energética. 

São Paulo, 10 de agosto de 2009 – Foi assinado, na manhã de hoje, em São Paulo, o Acordo de Cooperação que estabelece uma parceria entre a Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (ABRELPE) para a promoção da reciclagem energética dos resíduos sólidos no Brasil. Trata-se de uma tecnologia já utilizada em diversos países do mundo como uma solução alternativa para o tratamento do lixo urbano. 

De acordo com a Plastivida, entidade que vem promovendo a tecnologia da reciclagem energética em seu trabalho de educação ambiental pelo Brasil, a destinação do lixo urbano transformou-se num dos mais graves problemas das grandes cidades. "Países que adotam a reciclagem energética conseguem reduzir substancialmente o volume de seus resíduos, um benefício incalculável, principalmente para localidades que contam com problemas de espaço para a destinação de lixo", explica o presidente da entidade, Francisco de Assis Esmeraldo. 

Juntas as entidades iniciarão estudos sobre a viabilidade política e econômica para a instalação das usinas de reciclagem energética no Brasil, assegurando a continuidade do processo. "Isso por que se trata de um projeto de capital intensivo", lembra o presidente da Abrelpe, João Carlos David. 

Como funciona a reciclagem energética? - Trata-se da Geração de Energia (elétrica ou térmica) a partir da queima dos resíduos sólidos urbanos, por meio de processo industrial 100% limpo, que não agride o meio ambiente. A Plastivida lembra que os plásticos são fundamentais ao processo. "Plástico é energia e são os produtos plásticos presentes no lixo urbano que irão servir de combustível para que o processo de reciclagem energética ocorra", afirma Esmeraldo. 

O processo minimiza significativamente o problema dos lixões e aterros, reduz a emissão de gases dos aterros sanitários, pode ser aplicado perto de centros urbanos, reduzindo o custo do transporte do lixo e, ainda, a área exigida para a implantação de uma usina é inferior à de um aterro. 

Atualmente, a recuperação de energia em processos de tratamento térmico do lixo urbano já é uma realidade em vários países do mundo. Cerca de 150 milhões de ton/ano de lixo urbano são destinados em mais de 850 instalações de combustão com geração de energia elétrica ou térmica, todas perfeitamente adequadas às mais rígidas normas ambientais. São 35 países que utilizam essa tecnologia, gerando mais de 10.000MW de energia elétrica e térmica. A maior parte destas usinas se localiza em países desenvolvidos (Japão, EUA, União Européia, etc.), mas existem cerca de 50 instalações operando na Malásia, Singapura, Coréia do Sul, China e outros países em desenvolvimento. 

O Brasil não conta com nenhuma usina, mas tem a tecnologia. A UsinaVerde é um projeto localizado no Campus da UFRJ da Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, desde 2005. A Plastivida entende que esta é uma alternativa ambientalmente correta. A cidade de São Paulo, por exemplo, já começa a "exportar" o lixo para o município de Caieiras por falta de espaços para aterros. Os grandes centros urbanos brasileiros têm praticamente todos os seus aterros saturados. 

O Acordo assinado entre as duas entidades visa gerar intercâmbio de informações, estudos e publicações sobre o tema, além estimular o desenvolvimento de políticas públicas e incentivar o estabelecimento de parcerias para a implantação de usinas de reciclagem energética. 

Visite o site da Plastivida: www.plastivida.org.br 

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