Férias, viagens, sol e diversão: quando se fala na chegada do verão, a alegria toma conta de todos. Ainda mais dos portadores de doenças respiratórias crônicas, como asma e rinite, já que neste período o ar torna-se mais úmido e estas doenças mais estáveis.
Conforme a dra. Mônica Corso Pereira, vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), algumas afecções respiratórias tendem a se agravar nas épocas de temperatura mais fria e de menor umidade do ar, desencadeando com mais frequência crises e exarcebações.
"Durante períodos mais quentes, os incômodos dos sintomas são normalmente amenizados. Contribui para esta melhora o fato das pessoas ficarem menos tempo em ambientes confinados, e mais tempo ao ar livre; além disto, o ar frio e seco agride mais o sistema respiratório", afirma a pneumologista.
Porém, independentemente de haver melhorias na saúde, o portador da doença não deve interromper qualquer tipo de tratamento que esteja sendo realizado.
"No caso da asma, por exemplo, dependendo da gravidade, é necessário um tratamento de manutenção, que visa controlar o processo inflamatório que está sempre subjacente às crises", explica dra. Mônica. Assim, a suspensão das medicações só deve ser feita quando recomendada pelo médico.
Já a prática de exercícios físicos é bastante indicada do ponto de vista respiratório, desde que a temperatura não esteja muito elevada (acima de 30°C). Segundo a especialista, é preciso também estar sempre atendo em relação à desidratação, ingerindo muitos líquidos.
À noite, dormir em ambientes ventilados é essencial. Porém, deve-se tomar cuidado com aparelhos que refrescam o ar. "O ar-condicionado resseca o ambiente, por isso é tão prejudicial às vias aéreas superiores (nasais e para-nasais) e inferiores. Dificuldade de expelir catarro e sangramento nasal são ocorrências bastante comuns em pessoas que passam grande parte do dia em locais com o ar-condicionado ligado, como, por exemplo, em escritórios e carros", adverte.
Quando não há como fugir do aparelho, deve-se ingerir muita água ao longo do dia e utilizar soro fisiológico nasal para a hidratação das vias aéreas superiores. Evitar temperaturas extremamente frias, mantendo o aparelho ligado em torno de 22° e 24° também é uma alternativa que pode amenizar os sintomas.
Conforme dra. Monica, outra medida de grande importância é a limpeza desses aparelhos. "Normalmente as pessoas se esquecem da necessidade de manutenção destes equipamentos, mas é importante estar ciente de que o sistema de filtragem do ar deve ser periodicamente checado e limpo, sempre seguindo as especificações técnicas dos aparelhos", aconselha dra. Mônica.
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