segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

As grandes falhas dos sites de compras coletivas

Os sites de compras coletivas viraram febre entre os internautas, agitando o comércio eletrônico no Brasil. Mas, de acordo com Flávio Antônio da Costa, especialista em internet e diretor da Buy2Joy, empresa especializada em soluções de e-commerce – entre elas, plataformas de compras compartilhadas –, aderir a sites de compras coletivas pode ser um tiro no pé do empreendedor.

 

Segundo Flávio, o interesse do empreendedor em aumentar seu faturamento por meio dessa ferramenta não leva em consideração algumas preocupações básicas. O atendimento ao consumidor é um dos itens mais prejudicados e que pode levar ao fracasso do clube de compras. "Nos dias de hoje, prestar um atendimento excelente ao consumidor não é mais um diferencial; é regra para qualquer empreendedor", analisa o especialista. Levantamento realizado pelo IDG Now!, com base nos registros do site Reclame Aqui, apontou 5,8 mil reclamações feitas contra cinco dos  maiores sites de compras coletivas. Veja as principais falhas cometidas pelos sites de compras compartilhadas:

 

 - Falta de estrutura: o grande volume de consumidores que a oferta atrai exige um planejamento estratégico de atendimento. Trata-se de uma questão delicada, que poderá causar um impacto negativo se houver queda na qualidade do atendimento. E é o que vem ocorrendo.

 

- Fidelização do público: uma das estratégias das empresas que decidem anunciar em um clube de compras é utilizá-lo como ferramenta de fidelização do cliente. Mas boa parte dos consumidores que aderiram à onda dos sites de compras coletivas não utilizaria determinados serviços sem os descontos atraentes.

 

- Layout: os sites de compras coletivas com frequência trazem um layout poluído, que confunde o leitor com muita  informação ou com a falta de informações claras sobre as promoções.

 

- Vantagem apenas para o administrador do site: os clubes de compra cobram uma comissão de 30% a 50% sobre os valores vendidos. É algo lucrativo para quem é proprietário do site. Muitos pequenos empreendedores, porém, amargam prejuízos quando as compras são canceladas, mas a comissão sobre o valor vendido não é devolvida.

 

- Grande volume de ofertas: o boom de empresas que anunciam tem causado uma overdose no consumidor que está começando a "cansar" e não entra mais diariamente nos sites de compras coletivas.

 

 Flávio da Costa acredita que os sites de compras coletivas têm um grande futuro, mas desde que seus controladores corrijam as falhas. De acordo com ele, as principais mudanças que deveriam ser feitas são:

 

- Limitação do número de compradores: o site deveria divulgar claramente quantos vouchers de descontos oferecerá pela web. O consumidor se sentirá mais estimulado a comprar, porque acompanhará o número de vouchers ainda restante.

 

- Layout claro: o ideal é que o layout seja o mais clean possível, com uma promoção por página, o que facilita a leitura das informações sobre a utilização dos descontos.

 

 - Os administradores dos sites precisam dar a devida atenção aos anunciantes. Afinal, eles são clientes e devem ser atendidos da melhor forma.

 

- Trabalhar com nichos específicos é uma boa saída para evitar a mesmice. Por exemplo, ter um site de venda de serviços em um determinado segmento, é uma excelente estratégia.


Flávia Arakaki | Ex-Libris

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farolcomunitario | rede web de informação e cultura
coletivo de imprensa 

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