segunda-feira, 19 de abril de 2010

Nanoarte brasileira é premiada

Nanoarte brasileira é premiada

Integrantes do CMDMC ganham prêmio na Mostra Internacional de Nanoarte. Net-like, de Ricardo Tranquilin, ficou em 2º lugar (divulgação)


16/4/2010

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – Pesquisadores e técnicos do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP – e do Instituto Nacional de Ciência dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN), também apoiado pela Fundação, ficaram em 2º e 4º lugares na Mostra Internacional On-line Nanoarte 2009-2010.

A mostra, em quarta edição, foi realizada em Nova York, nos Estados Unidos. O organizador foi Cris Orfescu, professor da Universidade de Nova York. Iniciada em 25 de janeiro, a votação on-line ficou aberta ao público até 31 de março.

O concurso reuniu 154 imagens, produzidas por 48 participantes de 16 países: Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Canadá, Itália, Romênia, Holanda, Eslovênia, Filipinas, México, Grécia, Inglaterra, França, Irlanda, Uganda e Luxemburgo.

A imagem Net-like, do pesquisador Ricardo Tranquilin, ficou em 2º lugar, e Bees at home, da técnica Daniela Caceta, obteve o 4º lugar. A equipe brasileira expôs 15 imagens, que foram elaboradas sob a supervisão do técnico Rorivaldo de Camargo.

O primeiro lugar ficou com a dupla Simone Battiston e Andrea Leto, da Itália, com Strelitzia-like titanium oxide, e o terceiro com Linda Alterwitz, dos Estados Unidos, com Downtown Pano.

As dez imagens vencedoras serão expostas na Nanoart Festival Stuttgart, na Alemanha, e no International Festival of Nanoart em Kotkan, na Finlândia. Elas serão transformadas em telas e expostas em galerias, nas quais serão vendidas a preços que variam entre US$ 600 e US$ 14 mil.

"Para nós, esses prêmios representam o reconhecimento do nosso centro. É preciso destacar que os jurados não julgaram apenas a parte artística e a beleza da imagem, mas também a técnica de microscopia empregada para análise dos materiais", disse Elson Longo, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenador do CMDMC e do INCTMN.

Segundo Longo, o resultado mostra que o Brasil está em sintonia na produção de ciência aliada à arte, além de atingir um dos objetivos do projeto, que é o de divulgar a ciência.

"Uma mostra como essa é muito importante para nós, pois os CEPIDs têm o dever de fazer a difusão do conhecimento e nós enxergamos na nanoarte uma forma de divulgar a ciência", destacou.

O grupo sediado em São Carlos (SP) criou, em 2009, o Projeto Nanoarte, que transforma imagens obtidas a partir de nanopartículas de materiais cerâmicos em objetos pictóricos surpreendentes.

"A Nanoarte é uma expressão artística recente, surgida com a nanotecnologia. As imagens são de materiais em nanoescala, isto é, com dimensão um milhão de vezes menores que um milímetro, obtidas por intermédio de microscópios eletrônicos de alta precisão", explicou Longo.

O que começou como um simples experimento deu tão certo que, inserido na pesquisa do centro, virou um projeto que envolve exposições de fotos, vídeos no YouTube e material didático para escolas do ensino fundamental e médio.

Segundo Longo, as imagens são feitas com microscópios de varredura de alta resolução, inicialmente em preto e branco. "Depois elas são coloridas em um programa de computador", contou.

Projeto Nanoarte: www.cmdmc.com.br/nanoarte 


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