Em 7 de abril, foi publicado no Diário Oficial da União que um curso de Medicina foi fechado e outros oito terão de reduzir as vagas oferecidas. No total, serão eliminadas 570 vagas por ano. A determinação teve como base os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2007 e a avaliação feita por uma comissão de especialistas do Ministério da Educação (MEC). No Brasil, há 181 escolas médicas que formam um contingente de profissionais maior do que o sistema de saúde comporta. A Associação Médica Brasileira louva os esforços no sentido de corrigir graves distorções que ocorreram ao longo do tempo.
É necessário dar um basta nesse estado de coisas. Em iniciativa corajosa, o atual Ministro da Educação, Fernando Haddad, criou uma comissão, ligada à Secretaria de Educação Superior (Sesu), presidida por Maria Paula Dallari Bucci. A comissão, coordenada pelo professor Adib Jatene, tem como objetivo analisar e propor soluções para este grave problema. A equipe debruçou-se sobre as insuficiências evidenciadas pelos processos avaliatórios recentes, confirmando a necessidade de enérgicas intervenções.
É imperioso que a sociedade brasileira se mobilize em apoio a iniciativas desse tipo, pois o interesse e as pressões da indústria do ensino superior no Brasil tendem a anular ações moralizadoras dessa natureza.
José Luiz Gomes do Amaral
Presidente da Associação Médica Brasileira
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