Brasil e Estados Unidos têm um plano em comum: estender o serviço de internet por banda larga para grande número de lares e a preço acessível. A diferença é a estratégia de execução. De um lado o National Broadand Plan, formulado pela agência de comunicações americana, prevê que empresas privadas do ramo executem a política, desde que subsidiadas. De outro, a versão brasileira, batizada como Plano Nacional de Banda Larga, esbarra na possibilidade de ressurgimento da estatal Telebrás.
Especialistas temem pelo retrocesso e lembram que o Brasil está atrasado neste ponto, tanto que só 16% dos acessos são feitos em alta velocidade. "A privatização da área de telecomunicações deu certo, houve crescimento geométrico no número de assinantes, mas agora querem inventar a roda", diz Vivien Suruagy, presidente do Sinstal (Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços em Telecomunicações). "Em vez de gastar bilhões com a banda larga estatal seria mais inteligente diminuir os tributos das operadoras, que já têm expertise, para oferecerem o serviço com custo mais baixo", diz Suruagy.
O modelo americano, segundo a engenheira, não é diferente do que pode ser aplicado aqui. No Brasil, um possível aliado na implantação do projeto é o FUST (Fundo de Universalização das Telecomunicações), mantido por meio de uma taxa cobrada na conta dos usuários. "Este fundo poderia subsidiar o serviço, mas há outra opção, como o governo baratear os impostos – no custo das tarifas, eles respondem por 40%", diz Suruagy.
Danielle Borges
Jornalista
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