quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Doenças da extrema pobreza serão combatidas no Brasil Sem Miséria

Tuberculose, hanseníase, esquistossomose, malária, helmintíase e tracoma são principais males que atingem os 16,2 milhões de brasileiros que se encontram na extrema pobreza

São Paulo, 15 – Tuberculose, hanseníase, esquistossomose, malária, helmintíase (causada por vermes parasitários, como a tênia) e tracoma (infecção no olho causada por bactéria) são os principais males que atingem os 16,2 milhões de brasileiros que se encontram na extrema pobreza. A reafirmação de um dos objetivos do Plano Brasil Sem Miséria – o de combater as doenças relacionadas à miséria – foi feita durante o penúltimo dia do VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, que tem encerramento marcado para hoje (16), na cidade de São Paulo.

Para o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, as ações integradas do Brasil Sem Miséria são ferramentas pertinentes para o combate dessas doenças. "As estratégias focadas na transferência de renda, segurança alimentar, habitação e saneamento, na saúde, educação e aprimoramento da qualidade dos serviços públicos oferecidos são escolhas corretas para enfrentar esses males", disse.

Já a assessora da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde Regiane de Paula acredita que o Brasil Sem Miséria é o compromisso político de combate às chamadas doenças negligenciadas e as iniquidades na saúde. Durante o painel "Epidemiologia das Doenças Negligenciadas", do qual também participou o secretário-executivo do MDS, Regiane fez um chamamento: "É necessário que a sociedade civil organizada e parceiros dos setores privados também estejam inseridos nessa e em outras ações sustentáveis".

Exemplo – Alguns estados definiram outros males como doenças negligenciadas. Pernambuco, por exemplo, apresentou o projeto Sanar. Nele constam a doença de Chagas, tuberculose, hanseníase, esquistossomose, filariose, tracoma e geo-helmintíase (doença relacionada com o contato direto em solo ou com alimentos infectados com parasitas). O programa tem orçamento inicial de R$ 2,4 milhões e, segundo o secretário-executivo de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Eronildo Felisberto, tem o objetivo de diminuir, até 2014, a incidência desses males no estado. "Lamentavelmente, Pernambuco ainda é o primeiro estado em número de óbitos em doenças como a esquistossomose", disse. No estado, 47 pessoas a cada 100 mil habitantes morrem em decorrên cia da doença. No Brasil, a média é de 37 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes.

O evento é promovido pela Associação Brasileira em Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), com apoio do Governo Federal, Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de São Paulo.

André Carvalho | Ascom/MDS
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FarolCom | Coletivo de Imprensa
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