sexta-feira, 23 de abril de 2010

Desafios da cana sustentável

Desafios da cana sustentável
Heitor Cantarella, do IAC e BIOEN-FAPESP, destaca alternativas para questões ambientais da matéria-prima do etanol: consumo de água, contaminação por fertilizantes e liberação de gases de efeito estufa (foto: Miguel Boyayan)

Agência FAPESP – Como qualquer cultura, a da cana-de-açúcar também apresenta custos ao ambiente que precisam ser avaliados. O consumo de água, o uso de fertilizantes e a participação da cultura da cana na dinâmica dos gases de efeito estufa são os principais desafios ambientais a serem enfrentados no cultivo da matéria-prima do etanol, segundo Heitor Cantarella, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC) e um dos coordenadores do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
Para Cantarella, pesa sobre a cana uma responsabilidade ambiental ainda maior, uma vez que a cultura faz parte da cadeia de um biocombustível importante e do qual se espera uma contribuição para mitigar o efeito estufa no planeta.
Com plantações concentradas em áreas com boa distribuição de chuvas, o cultivo da cana-de-açúcar na maior parte do Brasil não precisa de irrigação, segundo apontou Cantarella durante a convenção latino-americana do projeto Global Sustainable Bioenergy (GSB), realizada em março na sede da FAPESP. Além disso, a planta necessita de menos água em relação a outros vegetais, como soja e café. Trata-se de uma ótima notícia, na opinião do pesquisador, uma vez que a água tem se tornado um recurso escasso.
Mesmo nas regiões em que é necessária, como no Brasil central, a irrigação da cana não precisa ser intensiva. "Em Estados como Goiás, por exemplo, é necessária a chamada irrigação de salvação para provocar a germinação ou a brotação da planta", explicou.
Mesmo assim, esse procedimento se faz necessário somente na época de inverno, o período de seca. No restante do ano, o Estado mostra índices pluviométricos semelhantes aos de São Paulo.
Por outro lado, a irrigação constante pode aumentar muito a produtividade. Cantarella apontou uma variedade da planta desenvolvida pelo pesquisador Marcos Guimarães de Andrade Landell no IAC, em Ribeirão Preto, que alcançou uma produtividade de mais de 300 toneladas por hectare ao ser cultivada sem limite de água ou de nutrientes.
"Esse aumento de produtividade pode reduzir a área plantada e diminuir outros impactos ambientais", disse o cientista, afirmando ser necessário ponderar sobre o dilema de se utilizar água em locais em que seu suprimento é limitado.
O uso de água pelas usinas também foi considerado. Cantarella conta que, no Estado de São Paulo, esse consumo vem se reduzindo ao longo dos últimos 20 anos, caindo de 5,6 metros cúbicos por tonelada de cana processada para o atual 1,8 metro cúbico. Essa redução, segundo ele, já é um esforço de adequação da indústria diante de um cenário de escassez.
Recentemente, a legislação estadual impôs restrições quanto ao uso da água que variam de acordo com a região no Estado. As novas plantas industriais, por exemplo, podem consumir, no máximo 1 metro cúbico de água por tonelada de cana.
Estudos indicam que a indústria da cana-de-açúcar tem se preocupado com a preservação das águas superficiais e lençóis freáticos. Subprodutos contaminantes, como a vinhaça, não podem ser jogados em rios e são reaproveitados como fertilizantes, que também são submetidos a limites de aplicação a fim de que não haja contaminação por excesso.
Outra preocupação ambiental é a contaminação por fósforo e nitrato, causada pelo excesso de fertilizantes. "Por ser extremamente solúvel, o nitrato penetra no subsolo com muita facilidade e o excesso de fósforo provoca a eutrofização, que é a proliferação de algas na água", explicou Cantarella. Segundo ele, ambos os problemas têm sido pouco encontrados no Brasil, ao contrário de outros países.
Dependência dos fertilizantes
O pesquisador do IAC destaca que os fertilizantes são uma preocupação de ordem estratégica para o país. "O Brasil importou, em 2008, 83% do fertilizante consumido nas lavouras. A cultura da cana é responsável por cerca de 13% do total utilizado na agricultura no país", disse.
Segundo Cantarella, essa dependência brasileira de insumos estrangeiros é uma questão que merece muita atenção. Citou um episódio de 2007 em que a China elevou o imposto de exportação para garantir o seu suprimento de fertilizantes e causou a preocupação mundial de que outros produtores de insumos fizessem o mesmo.
Embora não exista nenhum país no mundo autossuficiente na produção dos três principais fertilizantes (nitrogênio, fósforo e potássio), uma vez que as reservas estão espalhadas pelo mundo, o Brasil tem alta dependência de todos eles, importando 75% do nitrogênio, 50% do fósforo e 92% do potássio que utiliza.
No entanto, os biocombustíveis utilizam somente 2,4% dos fertilizantes consumidos em toda a agricultura mundial. No caso da cana-de-açúcar, a produtividade por quantidade de fertilizante utilizada é ainda mais vantajosa.
Cantarella conta que, mesmo apresentando produções equivalentes de etanol no ano de 2008, Brasil e Estados Unidos consumiram quantidades muito diferentes de fertilizantes em suas plantações de cana-de-açúcar e milho, respectivamente. A lavoura brasileira gastou 910 mil toneladas desses insumos, praticamente um terço dos 2,8 milhões de toneladas empregadas na produção do milho norte-americano no mesmo período.
Etanol e efeito estufa
A contribuição da cultura da cana nas emissões de gases de efeito estufa é um dos pontos que têm recebido atenção em estudos internacionais. Nesse balanço ambiental, os fertilizantes nitrogenados têm um papel importante, pois liberam óxido nitroso (N2O), considerado 300 vezes mais potente que o carbono na contribuição para o efeito estufa. Cerca de 1% do fertilizante empregado acaba sendo disperso na atmosfera em forma de gás.
No entanto, esse valor é um tema controverso e algumas pesquisas chegaram a dados discrepantes. "Houve até um estudo que apontou a proporção de 4% de gás liberado por nitrogênio aplicado, uma quantidade tão alta que ameaçaria as vantagens do etanol como mitigador do efeito estufa", disse Cantarella, lembrando que o valor foi considerado exagerado por outras avaliações.
Para melhorar esse aspecto, pesquisas no Brasil procuram desenvolver bactérias fixadoras de nitrogênio. "Ainda não sabemos se os microrganismos vão substituir parte substancial da adubação nitrogenada nem a sua eficiência, mas é um potencial interessante", disse.
O mais abundante gás estufa, o dióxido de carbono (CO2), também está sendo considerado na avaliação ambiental da cana. Há mais carbono na camada superficial do solo do planeta do que na atmosfera. Isso faz com que qualquer atividade de manejo do solo tenha um potencial de liberação de CO2.
Mais uma vez Cantarella apontou que a cana-de-açúcar apresenta vantagens nessa questão em relação a outras culturas. A estrutura da planta é favorável nesse sentido, pois concentra a parte seca e mais rica em carbono na parte inferior e na raiz do vegetal, o que mantém o CO2 sob o solo.
Além disso, como a cana produz grande quantidade de matéria seca, parte desse material retorna ao solo repondo carbono. A colheita da cana crua, sem a queima, eleva ainda mais a devolução desse elemento ao solo e pode, inclusive, aumentar o teor de carbono na terra e com isso, eventualmente, mitigar o efeito estufa, segundo o cientista.
Os subprodutos como a vinhaça e a torta de filtro retornam ao campo como adubos. Já a colheita da cana crua vem crescendo gradualmente por força de lei. A legislação do Estado de São Paulo prevê a extinção da colheita com fogo até 2031. Além de manter a palha no campo, a cana crua não libera o CO2 inerente à queima.
Outro atestado "verde" da cadeia sucroalcooleira é a sua grande capacidade de reciclar nutrientes, segundo lembrou Cantarella. "Se analisarmos as estruturas moleculares dos dois principais produtos da cana, a sacarose e o etanol, veremos que elas contêm somente carbono, hidrogênio e oxigênio, ou seja, boa parte dos minerais contidos nos fertilizantes pode ser reciclada, permanecendo no campo", disse.


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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Genomas comparados

Genomas comparados
Pesquisa coordenada por brasileiros descreve genoma das bactérias que causam os cancros cítricos tipo B e tipo C e compara com o genoma da Xanthomonas citri, agente da cancrose tipo A. Estudo foi publicado na BMC Genomics (Foto: Unicamp)
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Um grupo coordenado por cientistas brasileiros descreveu o genoma das duas espécies de bactéria do gênero Xanthomonas, que causam os cancros cítricos tipo B e tipo C, e comparou os resultados com o genoma da Xanthomonas citri, agente da cancrose tipo A – que é a forma mais severa dessa doença de grande impacto econômico na citricultura mundial.
A sequência genômica da Xanthomonas citri foi descrita em 2002 em artigo publicado na revista Nature por pesquisadores da Rede Onsa (Organização para Sequenciamento e Análise de Nucleotídeos, na sigla em inglês), instituto virtual de genômica financiado pela FAPESP e pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e formado por laboratórios ligados a instituições de pesquisa do Estado de São Paulo.
O estudo atual foi publicado na revista BMC Genomics e, de acordo com os autores, desvendou inúmeras semelhanças e diferenças no conteúdo genético dos genomas dos agentes patogênicos que causam os cancros cítricos A, B e C.
De acordo com o autor principal do artigo, João Carlos Setúbal, pesquisador do Instituto de Bioinformática da Universidade Virginia Tech (Estados Unidos), a partir da comparação entre os genomas, a genética molecular poderá ser empregada para determinar o papel dos genes nas interações entre o microrganismo e a planta.
"Com essa comparação, descobrimos uma série de informações genômicas que serão extremamente úteis para que a doença seja melhor compreendida. Acreditamos que o artigo será uma referência importante para quem estuda o cancro cítrico, abrindo caminho para testar novas hipóteses e explorar novas direções. Esse conhecimento será importante para que a doença possa ser efetivamente controlada", disse Setúbal à Agência FAPESP.
De acordo com dados divulgados pelo Fundecitrus, a exportação de suco de laranja gera anualmente US$ 1,5 bilhão ao Estado de São Paulo. A cada ano, o cancro cítrico tem um custo direto de US$ 15 milhões, incluindo a manutenção de equipes e eliminação de focos da doença. O cancro cítrico eliminou cerca de 8 milhões de plantas desde 1999.
O artigo teve participação de cientistas da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Instituto Biológico de Campinas e Instituto Agronômico do Paraná.
Entre as instituições norte-americanas, participaram pesquisadores da Universidade Virginia Tech e da Universidade da Flórida em Gainesville. O genoma da Xanthomonas citri foi comparado aos da Xanthomonas aurantifolii das cepas B e C, além de outros genomas de bactérias do mesmo gênero.
O sequenciamento foi realizado na Unesp em Jaboticabal (com coordenação de Jesus Aparecido Ferro), na Unesp em Botucatu (com coordenação de Luiz Roberto Furlan) e no Instituto de Química da USP (coordenado por Ana Cláudia Rasera da Silva, atualmente pesquisadora da empresa Alellyx).
O trabalho de bioinformática e a coordenação da publicação e submissão ficaram a cargo de Setúbal, que, na época do estudo, era professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

História de percalços
Segundo Setúbal, a publicação foi resultado de uma história longa e cheia de reviravoltas. Tudo começou com o projeto Xylella, iniciado em 1997 pela FAPESP. Naquele ano, a Fundação organizou a Onsa e, em parceria com o Fundecitrus, financiou as pesquisas que decifraram o material genético da bactéria Xylella fastidiosa, causadora da clorose variegada de citros (CVC), ou praga do amarelinho. O projeto deu início ao Programa Genoma-FAPESP. Setúbal era um dos coordenadores da área de bioinformática do projeto.
O projeto foi concluído em novembro de 1999 e o país entrou para a história pelo primeiro sequenciamento de um fitopatógeno – isto é, um organismo causador de uma doença em uma planta de importância econômica. Os resultados foram publicados na revista Nature, em 2000, representando um marco para a ciência brasileira.
"O projeto Xylella congregou 34 laboratórios paulistas. Com ele adquirimos a capacidade para fazer esse tipo de pesquisa e foram organizados subgrupos para iniciar outros projetos, voltados para o sequenciamento e a descrição dos genomas da cana-de-açúcar, do câncer e da Xanthomonas citri. Esse grupo terminou seu trabalho em 2002 e, ainda naquele ano, publicou outro artigo na Nature", contou Setúbal.
Em seguida, dois participantes do projeto – Ana Cláudia, então no IQ-USP, e Jesus Ferro, da Unesp – conseguiram financiamento da FAPESP para o sequenciamento das Xanthomonas B e C.
"Uma das diferenças entre esses outros dois tipos de cancro e o tipo A é geográfica: são encontrados apenas na América do Sul, sendo que a forma B só aparece na Argentina, Uruguai e Paraguai e a forma C é exclusiva do Estado de São Paulo", explicou Setúbal.
Outra diferença é que a cancrose cítrica tipo A ataca um número maior de árvores cítricas do que os tipos  B e C. "Pensamos em sequenciar os tipos B e C e comparar seus genomas com o do tipo A, para fazer correlações e compreender melhor, a partir das diferenças, os mecanismos causadores da doença", disse.
Quando o grupo obteve apoio da FAPESP, em 2002, a Allelyx foi fundada com capital da empresa Votorantim. Entre os fundadores estavam Ana Cláudia, Ferro e Setúbal. "No início, Ana Cláudia e Ferro conseguiram conciliar suas atividades na Allelyx e a coordenação do sequenciamento.Mas logo eles começaram a ficar totalmente absorvidos pelas atividades da empresa e isso fez com que o projeto ficasse em segundo plano", disse Setúbal.
Em 2003, Setúbal já havia saído da Allelyx e retornado às suas atividades na Unicamp, enquanto Ana Cláudia havia deixado a USP para se dedicar à empresa. No início de 2004, Setúbal mudou-se para os Estados Unidos, mas manteve ativo seu laboratório de bioinformática na Unicamp – que ainda desempenhava papel crucial em outros projetos Genoma financiados pela FAPESP, e passou a ser controlado pelo professor à distância.
Em julho de 2004 Ana Claudia convidou Setúbal a assumir a direção do projeto sobre a Xanthomonas B e C. O professor resolveu aceitar, segundo ele, pois achou que com mais um ano de trabalho seria possível finalizar as sequencias e terminar o projeto.
"No entanto o sequenciamento parou, e eu e meus alunos no laboratório da Unicamp passamos aquele ano montando e anotando as sequências já disponibilizadas. Em outubro de 2005, a Unicamp solicitou que eu voltasse ao Brasil. Escolhi permanecer nos Estados Unidos e sair da Universidade. Com isso, tive que fechar o laboratório de bioinformática. Transferimos então todos os dados do projeto para o laboratório do professor Ferro, em Jaboticabal", contou Setúbal.

Alinhamento favorável
Mesmo com a transferência dos dados, as perspectivas de finalização do projeto eram cada vez piores, de acordo com Setúbal. Nesse momento, segundo o professor, um dos fatores que manteve acesas as esperanças de que o projeto pudesse vir a ser finalizado foi o interesse demonstrado por um aluno de doutorado de Ana Cláudia, na USP, Leandro Moreira.
"Ele estava envolvido com o projeto desde 2004 e determinados aspectos das análises faziam parte de sua tese de doutorado.Por isso, para ele seria péssimo se o projeto morresse. Com isso, firmamos uma espécie de pacto que visava levar o projeto a bom termo de qualquer jeito", contou. Mas, segundo o professor, ainda havia tanto por fazer, com tão poucos recursos, que a dupla precisava lutar constantemente contra o desânimo.
"Para piorar, fiquei sabendo, em 2007, que cientistas da Flórida haviam obtido financiamento para sequenciar várias cepas de Xanthomonas de cancro, incluindo os tipos A e B. Imaginei, naquele momento, que o projeto iria mesmo morrer, pois não faria sentido continuar depois que outro grupo passase à nossa frente e publicasse esses genomas", disse Setúbal.
Em agosto de 2007, Setúbal recebeu nos Estados Unidos, para um pós-doutorado, o pesquisador Nalvo Almeida Jr., professor da UFMS. A presença de Almeida Jr. permitiu que duas etapas cruciais do projeto fossem realizadas: a anotação dos genomas e sua submissão ao banco público de sequências GenBank. Enquanto isso, Moreira, que havia concluído o doutorado, tornou-se professor da Ufop, em Minas Gerais. Em 2008, Setúbal e Moreira finalmente iniciaram a redação do manuscrito com a análise dos genomas.
"O início do trabalho de preparação do manuscrito nos deu um grande alento. Mas sabíamos que a comparação entre os genomas só poderia ser feita com propriedade se contássemos com um especialista na proteínas efetoras – que são essenciais para que a bactéria cause o cancro. Sem isso não conseguiríamos uma publicação de impacto", disse Setúbal.
Em meados de 2009, um colega do cientista na Virginia Tech indicou a ele uma especialista em proteínas efetoras, Neha Potnis, da Universidade da Flórida. "Convidamos Neha para nos ajudar e ela aceitou. Em outrubro de 2009 repassamos a ela todos os dados e em um mês ela descobriu todos os genes que codificam as proteínas efetoras e elaborou o texto que foi incorporado ao nosso manuscrito parcial. Os pontos se alinharam de forma favorável. Em dezembro pudemos submeter o texto à publicação", contou Setúbal. "A notícia da aceitação do artigo, em março de 2010, veio a coroar um esforço de mais de oito anos", disse ainda o pesquisador.
O artigo Novel insights into the genomic basis of citrus canker based on the genome sequences of two strains of Xanthomonas fuscans subsp. aurantifolii, de João Setúbal e outros, pode ser lido gratuitamente na BMC Genomics em www.biomedcentral.com/1471-2164/11/238/abstract.


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Economia da natureza

Economia da natureza
Livro aborda a contribuição do economista romeno Nicholas Georgescu-Roegen no debate sobre economia sustentável

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – Seria a natureza a única limitante do processo econômico? Existem barreiras biofísicas que impediriam o crescimento exponencial de produção de bens de consumo de tal forma que o mundo caminhasse para uma "estabilização das atividades econômicas"?
Essas e outras questões envolvendo economia e ecologia estão presentes no livro A natureza como limite da economia – a contribuição de Nicolas Georgescu-Roegen, de Andrei Cechin, lançado na segunda-feira (19/4) na livraria da Edusp, a editora da Universidade de São Paulo (USP). Antes do lançamento, o autor e convidados debateram os principais pontos abordados na obra, na sede do Instituto de Estudos Avançados (IEA).
O livro é resultado da pesquisa de mestrado de Cechin, com Bolsa da FAPESP, defendido em 2008 no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (Procam) da USP, com orientação de José Eli da Veiga, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.
O título faz referência ao pensamento de Nicolas Georgescu-Roegen (1906-1994), matemático e economista romeno considerado o precursor do conceito de desenvolvimento sustentável. Segundo Georgescu-Roegen, a natureza é a única limitante do processo econômico.
De acordo com Veiga, um dos debatedores do encontro no IEA, o livro aborda interrelações entre economia e natureza e resgata o pensamento do economista romeno na moderna discussão sobre clima, sustentabilidade e governança corporativa.
"Quando, nos anos 1980, ele disse que a economia, no futuro, seria mais um capítulo da ecologia, foi 'expurgado' totalmente e caiu no esquecimento. O livro do Andrei traz uma contribuição inédita porque permite que muitos estudantes tenham acesso às suas ideias no Brasil", disse à Agência FAPESP .
Na oportunidade, o professor também lançou o livro Economia socioambiental, uma coletânea de 14 artigos organizada por ele que enfoca mudanças de paradigmas entre a economia convencional e a economia ecológica ou ambiental. Segundo Veiga, para fazer a introdução à coletânea – que escreveu junto com Cechin – teve como suporte o livro do orientando.
Georgescu ficou conhecido – e pagou um alto preço por suas ideias nos anos de 1970 – por aplicar à economia o conceito de entropia, emprestado da termodinâmica, ao mostrar que as concepções tradicionais da economia pecavam pelo extremo mecanicismo.
"Os manuais de economia sempre começam com o diagrama do fluxo circular, que mostra como o dinheiro, mercadorias e insumos circulam entre famílias e empresas. Para Georgescu, isso é um sintoma claro do mecanicismo que predomina na economia", disse Cechin.
Segundo ele, o economista romeno tentou mudar a visão sistêmica do fluxo circular unitário e isolado, segundo a qual capital e trabalho são considerados a estrutura do processo que transforma fluxo de energia em produtos e resíduos.
"Ele muda para uma visão metabólica do processo, mostrando que o sistema econômico não era um moto-perpétuo, que alimenta a si mesmo de forma circular, sem perdas. Ao contrário, é um sistema que transforma recursos naturais em rejeitos que não podem mais ser utilizados. Ao desenvolver uma nova representação do processo, Georgescu destacou que ele não é circular e isolado, mas linear e aberto", disse Cechin.
Novos ritmos
De acordo com Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP e debatedor no encontro no IEA, o trabalho do economista romeno é fundamental, porque conecta duas ciências aparentemente separadas: economia e ecologia.
"Outro ponto atual é a discussão sobre os limites ao desenvolvimento, sejam eles da natureza ou material. Esse recado parece que vem sendo entendido ou pelo menos valorizado pela humanidade", disse.
Brito Cruz destacou alguns pontos que acha importantes para o debate do crescimento sustentável, como a questão da velocidade do processo, o custo social, o aumento da população e a criação de novas ideias.
"Como entender as partes desse sistema e como elas se combinam e de que maneira as ideias da humanidade vão empurrar para a frente esse 'fim' a partir da lei fundamental da natureza? As premissas de Georgescu são também uma oportunidade de conhecer novas ideias, já que sabemos que criamos uma solução para um problema e, em consequência, geramos outros desafios", destacou.
O livro A natureza como limite da economia está dividido em cinco partes. No capítulo introdutório, Cechin apresenta o paradigma que une todas as escolas do pensamento econômico e o ponto de ruptura com as ideias de Georgescu.
A segunda é dedicada à vida e obra do economista romeno, do seleto grupo de economistas da Universidade Harvard, nos anos de 1930, ao banimento dos círculos acadêmicos nos idos de 1970, quando passou a estudar as bases biofísicas da economia, conhecimento que ele chamou de bioeconomia.
Nos capítulos seguintes, o autor avalia as idéias de Georgescu no contexto do debate sobre a escassez de recursos naturais e o crescimento econômico e a influência de seus postulados para formar a base do pensamento econômico.
Os capítulos apontam ao final para a discussão de que o futuro energético da humanidade está no centro da problemática do chamado desenvolvimento sustentável. "Georgescu mostrou que, para que o termo desenvolvimento sustentável não representasse uma mera inovação retórica, é necessário atentar para o duplo aspecto da relação entre processo econômico e natureza, ou seja, o esgotamento dos recursos naturais e a saída inevitável de resíduos", disse Cechin.
Uma das principais teses de Georgescu – e a mais polêmica – gira em torno da ideia de decrescimento da economia. "A tese sinalizava que um dia a humanidade terá que pensar em estabilizar as atividades econômicas, pois não haverá como evitar a dissipação dos materiais utilizados nos processos industriais. Em algum momento, segundo ele, haverá a necessidade de diminuir o ritmo da economia", disse.
Durante os debates outras questões foram levantadas, como o papel das inovações entre países ricos e emergentes. Como defender, por exemplo, o não crescimento em países que ainda precisam crescer.
Para Cechin, não seria correto dizer que o economista romeno se opõe ao desenvolvimento, mas que ele defende que a sociedade precisará se desenvolver decrescendo, sob novos paradigmas. "Os questionamentos sobre as teses de Georgescu só mostram o quanto o momento é propício para aceitação de suas ideias", disse.
  • Título: A natureza como limite da economia: a contribuição de Nicolas Georgescu-Roegen
    Autor: Andrei Cechin
    Edição: Edusp/Senac
    Páginas: 264
    Preço:
    R$ 45
Mais informações: 

Relação direta

Relação direta
Estudo indica ligação entre as taxas de nitrogênio e de carbono no ambiente. Estudo pode ajudar no monitoramento da poluição por nitratos, que atinge rios e oceanos e ameaça a saúde humana (divulgação)
Agência FAPESP – Uma nova pesquisa, que investigou o crescente problema da poluição por nitrogênio, indica que as taxas globais de nitrogênio e de carbono no meio ambiente estão intimamente ligadas.
Segundo os autores, o estudo pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias para ajudar a mitigar problemas regionais que vão de corpos d'água contaminados a impactos na saúde humana. O trabalho foi publicado na edição desta quinta-feira (22/4) da revista Nature.
A pesquisa observou que nitratos – uma forma do nitrogênio – no ambiente exibem uma relação consistente, não linear e inversa com o carbono orgânico. O acúmulo de nitratos em rios, lagos e oceanos é uma consequência do uso de fertilizantes artificiais e tem causado problemas ambientais.
Philip Taylor e Alan Townsend, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, verificaram que a proporção entre nitratos e carbono é resultado de processos microbianos que ocorrem em praticamente todos os ecossistemas.
Os pesquisadores analisaram dados de regiões tropicais, temperadas e polares, além de áreas conhecidas pela poluição por nitrogênio, como o golfo do México, o mar Báltico e a baía de Chesapeake (Estados Unidos).
"Desenvolvemos um novo modelo para explicar como e por que o carbono e o nitrogênio estão tão intimamente relacionados. Os resultados ajudam a explicar por que a presença de nitratos é tão elevada em alguns corpos d'água e reduzida em outros", disse Taylor.
Apesar de o gás nitrogênio ser abundante na atmosfera, trata-se de uma forma não reativa e indisponível para a maior parte da vida no planeta. Mas, no início do século 20, entrou em cena um processo para transformar o nitrogênio em amônia, o principal ingrediente dos fertilizantes sintéticos usados na agricultura.
Atualmente são produzidos mais de 180 milhões de toneladas de fertilizantes por ano no mundo, sendo que a maior parte migra das plantações para a atmosfera, rios e oceanos.
O resultado é um conjunto de problemas ambientais que incluem o aumento de algas tóxicas, a "morte" de águas costeiras e sérios impactos na saúde humana – a presença de concentrações elevadas de nitratos na água consumida por humanos aumenta os riscos de desenvolver doenças como câncer, diabetes e Alzheimer.
"Em resumo, em locais em que a presença de carbono orgânico tem níveis suficientes, os nitratos são mantidos em níveis baixos. Ao usarmos dados disponíveis, poderemos fazer avaliações de quando e onde a poluição por nitratos pode se manifestar", disse Townsend.
O artigo Stoichiometric control of organic carbon-nitrate relationships from soils to the sea (vol 464 | 22/4/2010 | doi:10.1038/nature08985), de Philip G. Taylor e Alan R. Townsend, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.


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MDS lança contador que mostra o número de cisternas construídas no Semiárido

Bruno Spada / MDS
Está mais fácil para qualquer cidadão brasileiro acompanhar a execução do Programa de Cisternas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A Pasta lançou, em sua página na internet
( http://www.mds.gov.br), um contador on line que atualiza, com frequência, o número de cisternas construídas no Semiárido. O contador mostra ainda quem é o executor: governo municipal, governo estadual ou a entidade Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), todos parceiros do MDS.
A atualização dos dados é feita pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN), responsável pelo Programa Cisternas do MDS. As informações são repassadas pelos executores dos programas toda vez que uma nova cisterna é finalizada e instalada numa residência do Semiárido. Os internautas podem consultar o número de cisternas construídas por Estados e também por Municípios.
 
Para o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Crispim Moreira, o contador é um serviço importante "pois dá maior transparência, permitindo a qualquer cidadão acompanhar a evolução do programa em seu Município, em seu Estado e, também, em todo o Semiárido brasileiro".

No site do MDS, os internautas podem consultar o número de cisternas construídas por Estados e por Municípios

O Programa Cisternas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome visa o acesso, o gerenciamento e a valorização da água como direito essencial da vida e da cidadania, ampliando a compreensão e a prática da convivência sustentável e solidária com o ecossistema do Semiárido.

Cisternas - A cisterna, uma espécie de tanque de água, é construída com placas de cimento junto ao domicílio da família e armazena cerca de 16 mil litros de água, aproveitando-se do escoamento do telhado por meio de calhas instaladas no mesmo. Esse volume é o suficiente para o consumo e também para o preparo dos alimentos, durante a seca, numa residência onde moram até cinco pessoas. Com a implantação da cisterna, os moradores não precisam mais se deslocar por longas distâncias para buscar água em açudes, poços e barreiros.

O público das cisternas é formado por famílias de baixa renda que moram na área rural do Semiárido e que não dispõem de fonte de água ou meio de armazená-la adequadamente para o suprimento de suas necessidades básicas. De 2003 a abril de 2010, já foram construídas 290.305 cisternas, beneficiando 1,3 milhão de pessoas de 1.124 Municípios.

Dimas Ximenes
ASCOM / MDS
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Projeto cadaFalso

Projeto cadaFalso apresenta instalação poético-performática, explorando o mote do "poeta engavetado"

FORTALEZA, 22.04.2010 - O grupo projeto cadaFalso apresenta o espetáculo poesia inCômoda, dentro do programa Literatura em Revista, no auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - 3º andar - fone: (85) 3464.3108), neste sábado, 24, às 18 horas, com entrada franca.

Nesta edição do programa, o projeto cadaFalso apresenta uma instalação poético-performática, explorando o mote do "poeta engavetado", aquele que se "esconde" (ou é escondido) por timidez, imaturidade, misantropia, ignorância ou senso de clandestinidade.

Gavetas, portas e janelas servem duplamente para guardar e revelar. Basta uma ação... Inserido ativamente nesta cenografia, o público participa abrindo os vários armários, cômodas, baús e guarda-roupas: a cada "abertura", uma revelação cênica e poética.

O projeto cadafalso é um canal de pesquisa e experimentação da multilinguagem. Ao grupo interessa, sobretudo, o caráter performático das várias artes. Desde 2007, o cadafalso vem desenvolvendo vários projetos estéticos, fazendo confluir o teatro, a dança, a música, a literatura e as artes visuais.

De acordo com Washington Hemmes, integrante do grupo, "nossa instalação também se propõe a explorar as várias possibilidades de manifestação física do poema. A idéia é reunir onze artistas que buscam experimentar diferentes suportes para o texto poético: voz, papel, corpo, areia, tecido, tela, projeção, gravação, madeira etc. Por vezes, o texto é o próprio suporte... E o meio também é mensagem...", destaca.

Participam do projeto cadaFalso os seguintes poetas: Caio Dias, Dianton, Diego Landin, Fran Bernardino, Júlia Kilme, Liana Borges, Maria Vitória, Rami Alves, Sahmaroni Rodrigues, Tito de Andrea e Washington Hemmes.

Luciano Sá
assessor de imprensa
Centro Cultural Banco do Nordeste
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Brasil e Líbano definem parcerias em desenvolvimento social

Bruno Spada / MDS   
Diante dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Suleiman, do Líbano, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, e o ministro libanês de Assuntos Sociais, Selim El Sayegh, assinaram nesta quinta-feira (22) documento que prevê cooperação entre os dois países nesse setor. O objetivo do memorando de entendimento é promover, por exemplo, ações de assistência técnica, capacitação, gerenciamento de dados e troca de conhecimento e experiência.
 
Os dois países vão elaborar, a partir de agora, um projeto de cooperação que abrangerá iniciativas nas áreas de redução da pobreza, políticas e estratégias de desenvolvimento social, proteção e inclusão social, direitos de comunidades vulneráveis, monitoramento de serviços e planejamento descentralizado. Também estão previstas visitas técnicas e seminários. 
 
No site do MDS, os internautas podem consultar o número de cisternas construídas por Estados e por Municípios  
 
A proposta começou a ser gestada em março na II Reunião de Ministros de Assuntos Sociais e Desenvolvimento da Cúpula América do Sul e Países Árabes (Aspa), em Brasília. Durante sua presença no Brasil, o ministro El Sayegh visitou um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Algumas das formas de trabalho dessa unidade foram adotadas no Líbano, onde já funcionam cerca de 170 espaços que prestam serviços socioassistenciais.
 
A ministra Márcia Lopes definiu que uma missão brasileira irá a Beirute para analisar as ações do governo libanês na área social. Durante a solenidade de hoje em Brasília, também foi assinado acordo na área de esportes. O presidente Lula disse que o Líbano deve ser a porta de entrada dos investimentos brasileiros no mundo árabe e informou que o Brasil triplicou seu comércio com aquele país. Também participaram do evento os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Miguel Jorge (Desenvolvimento Econômico).
 
João Luiz Mendes
Ascom/MDS
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Edital seleciona projetos de extensão universitária

Está aberta a seleção de propostas do edital do Programa de Extensão Universitária (Proext) 2010, que visa fortalecer a institucionalização da extensão no âmbito das Instituições Federais e Estaduais de Ensino Superior. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) é um dos nove ministérios parceiros no edital, criado pelo Ministério da Educação (MEC).

Podem apresentar propostas a este edital, Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), incluídos os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifets) com cursos de nível superior e as Instituições Estaduais de Ensino Superior (IES).  As propostas deverão ser elaboradas via Internet pelo SIGProj , até o dia 16 de maio de 2010.

Os programas e projetos deverão se enquadrar em uma das dez linhas temáticas. Um delas é a linha do Desenvolvimento Agrário que contempla, entre os subtemas, o apoio à agricultura familiar, objetivando a transição agroecológica para sistemas de produção de base ecológica; a capacitação de técnicos de assistência técnica e extensão rural, entre outros.

As outras linhas temáticas são: educação, cultura e arte, pesca artesanal e aqüicultura familiar, promoção da saúde, desenvolvimento urbano; redução das desigualdades sociais e promoção da inclusão produtiva; geração de trabalho e renda por meio da incubação de empreendimentos econômicos solidários; preservação do patrimônio cultural brasileiro; garantia dos direitos das mulheres em situação de violência.

O edital prevê a aplicação de recursos financeiros, não reembolsáveis, no valor total de R$ 30 milhões, para apoiar programas e projetos de extensão universitária, conforme as diretrizes e os temas previstos, divididos em: R$ 27 milhões para as Instituições Federais de Ensino Superior e R$ 3 milhões, para as Instituições Estaduais de Ensino Superior.

As propostas deverão ser enviadas com documentação para a Secretaria de Ensino Superior do MEC e mais esclarecimentos e informações adicionais poderão ser obtidas no site sigproj.mec.gov.br ou pelo correio eletrônico: proext2010@mec.gov.br.

Assessoria de Comunicação Social MDA/Incra

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TAP - Depois das cinzas do Vulcão

TAP retoma todos os seus voos para destinos europeus

O Vice-presidente da TAP Portugal, Luiz Mór, comunica direto de Lisboa "que todos seus 1.850 voos  pela Europa, Brasil e África voltaram ao normal".
 
Os diversos meios de comunicação foram os grandes aliados da TAP para informar com presteza aos seus clientes a situação dos aeroportos europeus neste período que ficaram fechados em consequência da nuvem de cinza vulcânica.
 
A companhia está presente nas redes socias facebook, twitter e  YouTube onde forneceram dados sobre os voos com toda agilidade e comodidade. O site da empresa também foi atualizado constantemente, sem contar a central de atendimento telefônico que ficou à disposição dos passageiros.
 
Inclusive o presidente da TAP, Fernando Pinto, deixou uma mensagem aos clientes devido as ocorrências registradas na operação da companhia. Tudo atualizado! Obteve milhares de acessos!
 
Simone Caniello/ Insider2
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Previdência Social não reconhece tempo de contribuição de trabalhadores anistiados

O descumprimento da Lei de Anistia impede que trabalhadores, perseguidos políticos durante o regime da ditadura militar, recebam benefícios previstos pela Previdência Social. Segundo a Lei nº 10.559/2002, a contagem por tempo de contribuição é direito de todo trabalhador anistiado político, sendo vedada a exigência de qualquer contribuição previdenciária durante o período em que foi concedida a anistia. Contudo, na prática, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) não reconhece este direito. 

A advogada previdenciária, Marcelise Azevedo, que representa clientes que se enquadram nesta situação, explica que mesmo após a publicação da Portaria, expedida pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e com toda a documentação em mãos, os trabalhadores não conseguem averbar o período anistiado para fins previdenciários. 

"Estes trabalhadores possuem o direito de restauração de sua situação previdenciária como se estivessem efetivamente vinculados ao Regime Geral de Previdência, outrora segurado. Afinal, se não fosse o 'tempo de perseguição' de que o anistiado político foi vítima, este teria vertido normalmente contribuições ao seu Regime de Previdência Social", explica. 

Para a advogada, a situação atual enfrentada por estas pessoas também traz à tona a dívida moral do Estado, acumulada por erros ocorridos durante a ditadura militar, principalmente na década de 1970. Como o INSS não reconhece, administrativamente, o período de anistia política para efeitos previdenciários, é preciso tomar alguns cuidados, como explica a advogada previdenciária, Wéllida Brito.  

"Temos ajuizado ações neste sentido junto à Justiça Federal. Os trabalhadores que se encontram nestas condições devem buscar uma assessoria jurídica, munidos da cópia da Portaria do Ministério da Justiça, que determinou a sua anistia, e de documentos pessoais", alerta Wéllida, que incentiva a busca pelo reconhecimento legal dos direitos usurpados nos tempos de repressão. 

"Ignorar este direito, além de ser uma afronta à legislação pátria, é desconsiderar o sentido maior da anistia: devolver o status quo ante ao anistiado, inclusive a sua contagem de tempo de contribuição. Esta é uma medida de interesse público editada para assegurar a paz social, devendo ser-lhe direcionada a interpretação mais ampla possível. Assim, estaremos fazendo justiça ao trabalhador, anistiado político que, por razões de perseguições políticas, deixou de verter as suas contribuições à Previdência Social", diz. 

Atualmente existem 66 mil processos protocolados na Comissão de Anistia do Ministério da Justiça Deste total, aproximadamente 54 mil já foram apreciados, o que possibilita a garantia de contagem de tempo de contribuição dos anistiados políticos, junto à Previdência Social.


Assessoria de Comunicação
Alino & Roberto e Advogados

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Postos de vacinação devem abrir neste sábado

Poderão ser vacinados contra a gripe H1N1 quem ainda não compareceu nas etapas anteriores. Nos estados do Sul e Norte, os idosos já serão imunizados contra a gripe comum
Os postos de vacinação devem ficar abertos neste sábado (24) para aplicar as vacinas contra a gripe H1N1 e, em parte dos Estados, também contra a gripe comum. Essa é a recomendação enviada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o Conass e Conasems (conselhos de secretários de saúde estaduais e municipais, respectivamente), a todos os estados e municípios do país. Para a gripe H1N1, o chamado está sendo feito para idosos com doenças crônicas, que iniciam agora sua etapa, e todos os convocados anteriormente, o que inclui gestantes, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, doentes crônicos e jovens saudáveis de 20 a 29 anos. Para a vacinação contra gripe comum, também começa a mobilização nos Estados das regiões Norte e Sul para pessoas com mais de 60 anos.
A orientação para a abertura dos postos neste sábado foi feita a todos os Estados. A abertura e a operacionalização dessas unidades são de responsabilidade dos estados e municípios. O Ministério da Saúde orienta que a população busque informações nas Secretarias Municipais de Saúde.
 
Ressalta-se que o calendário de vacinação para a gripe comum foi alterado nas outras três regiões devido ao atraso do Instituto Butantan na entrega de parte das vacinas. Assim, a estratégia foi manter o período previamente estabelecido de 24 de abril a 7 de maio para as regiões Norte e Sul. Já para o Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, o início da campanha foi adiado para o dia 8 de maio, seguindo até 21 de maio. Na vacinação contra a gripe comum, serão vacinadas pessoas com mais de 60 anos, pois  são as mais afetadas pelos vírus causadores da doença.
 
Contra a gripe H1N1, os postos de saúde em todo o país estão orientados a acolher, neste sábado (24), todos os integrantes dos públicos-alvos que ainda não se vacinaram: gestantes, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, doentes crônicos de todas as idades e jovens saudáveis de 20 a 29 anos. O Ministério da Saúde encomendou uma pesquisa que entrevistou 1.500 pessoas sobre a vacinação contra a gripe H1N1. O estudo aponta que 40% da população alvo das primeiras três etapas da campanha que ainda não se vacinou alega  "não ter tido tempo" para ir a um posto e receber a sua dose de vacina.
 
"O sábado será uma ótima oportunidade para que aqueles que têm indicação e ainda não fizeram por falta de tempo possam ir ao posto se proteger contra a gripe. Para os idosos das regiões Norte e Sul, é fundamental que se imunizem contra a gripe comum e evitem complicações durante o inverno", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Os idosos com doenças crônicas das regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, portanto, terão duas escolhas:
 
1)  podem neste sábado se vacinar contra a gripe H1N1 e tomar a sua dose contra a gripe comum a partir do dia 8; ou
2) receber de uma vez só as duas vacinas a partir do dia 8, quando receberá em um braço a imunização contra gripe comum, e, no outro, a dose contra a gripe H1N1.
No ano passado, dos 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a letalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).
 
Até as 14h, desta quinta-feira (22), o Ministério da Saúde já contabilizou mais de 32 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe. As gestantes somam 1.704.763 milhões de vacinados (56,6% da meta); os doentes crônicos alcançaram 8.153.749 milhões doses aplicadas e os jovens de 20 a 29 anos atingiram 17.203.748 pessoas imunizadas (48,92% da meta). A vacinação entre as crianças (3.940.500 milhões de doses aplicadas, correspondendo a 90,0% de população alvo) e os profissionais de saúde (2.556.5717 milhões, 100% da população alvo) já ultrapassou a meta prevista.
 
As gestantes têm ainda as demais etapas para serem vacinadas, mas é importante que se protejam o mais precocemente possível, pois representam um grupo muito vulnerável para complicações pela influenza H1N1.
 
Agência Saúde
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Ministro Cezar Peluso toma posse como presidente do CNJ nesta sexta-feira

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, assume a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do STF nesta sexta-feira (23/4). A cerimônia de transmissão de cargo do atual presidente, ministro Gilmar Mendes, para Peluso será realizada a partir das 16h no Plenário do STF. O ministro Carlos Ayres Britto também tomará posse como vice-presidente do CNJ e do STF. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participará da solenidade, que será transmitida ao vivo pela TV Justiça (canal 53-UHF, em Brasília; canal 64, em São Paulo, SKY, canal 117) e pela Rádio Justiça (104.7 FM, em Brasília), inclusive pela internet.
 
Conforme determina a Emenda Constitucional 61, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional, ao ser empossado como presidente do STF, Peluso assume automaticamente a presidência do CNJ. O acesso à solenidade é restrito a autoridades convidadas e à imprensa credenciada. Peluso foi eleito o novo presidente da Suprema Corte e do CNJ para o biênio 2010-2012 no dia 10 de março durante sessão plenária do STF, em que recebeu 10 dos 11 votos (um voto foi dado para o ministro Carlos Ayres Britto).

Natural de Bragança Paulista (SP), Peluso foi desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e tornou-se ministro do STF em 2003. É doutor em Direito Processual Civil, mestre em Direito Civil e especialista em Filosofia. Atualmente, ele é professor de Direito Constitucional da UnB e do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), além de presidente do Comitê Permanente para a América Latina, encarregado pela Fondation Internationale Penale et Penitentiaire de elaborar o "Projeto de Revisão e Atualização das Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Presos".

Natural da cidade de Propriá (SE), Ayres Britto, que toma posse como vice-presidente, chegou ao STF em 2003, por indicação do presidente Lula. Formado em Direito pela Universidade Federal de Sergipe em 1966, fez curso de pós-graduação para Aperfeiçoamento em Direito Público e Privado na faculdade sergipana e de mestrado em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Também fez doutorado em Direito Constitucional pela PUC paulista. Ayres Britto exerceu a advocacia e o magistério, atuou em cargos públicos em Sergipe e foi conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2008 a 2010.

CNJ 2008-2010 - O atual presidente do CNJ e do STF, ministro Gilmar Mendes, é natural de Diamantino (MT) e especialista em Direito Constitucional. Graduou-se em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), cursou mestrado e, na Westfälische Wilhelms-Universität Münster cursou doutorado. Gilmar Mendes é professor de Direito Constitucional na UnB e no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). À frente do CNJ, o ministro Gilmar Mendes marcou sua gestão pela consolidação do Conselho como órgão de planejamento, fiscalização e controle do Poder Judiciário.
Nos últimos dois anos o CNJ introduziu o Judiciário brasileiro em nova era, marcada por modernização, mais eficiência, agilidade e transparência na prestação do serviço jurisdicional. Sob o comando do ministro Gilmar Mendes, o CNJ procurou identificar as reais dificuldades enfrentadas pelo Judiciário, no intuito de encontrar meios para solucioná-las. O combate à morosidade através da Meta 2, que mobilizou todos os 91 tribunais brasileiros e resultou no julgamento de 2,7 milhões de processos anteriores a 2005 em todo o Brasil, a luta pela melhoria do sistema prisional e o cumprimento da Lei de Execuções Penais, com o mutirão carcerário e o Começar de Novo, foram marcos de sua gestão.
MB/MM
Agência CNJ de Notícias
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10º encontro de Fuscas e Carros Antigos acontece neste domingo, em Suzano

Evento acontece dentro da programação que comemora o aniversário da cidade de Suzano, na Grande São Paulo
São Paulo, 22 de abril de 2010 - Contagem regressiva para o início do grande evento que irá comemorar o 61º aniversário da cidade de Suzano, localizada na Grande São Paulo. Serão diversas atrações, entre elas está o 10º Encontro de Fuscas e Carros Antigos, organizado pelo Fusca Clube de Mogi das Cruzes, e que contará com o apoio da Radiex Produtos Automotivos. O encontro está marcado para este domingo (25), no Parque Municipal Max Feffer. A festa na cidade, porém, terá início nesta sexta (23), com o show da banda Nação Zumbi, em uma programação repleta de grandes atrações.

A expectativa inicial é de que cerca de 35 mil pessoas compareçam ao encontro de carros antigos, sendo que além de poder acompanhar de perto raridades em automóveis, ainda poderão concorrer a brindes exclusivos.

RARIDADES

Alexandre Toshio Matsui, organizador do Encontro de Fuscas explica que os veículos utilizados na exposição têm certificado de originalidade, um atrativo a mais para os apaixonados por carros antigos. "Os carros expostos são antigos e originais. São carros remanescentes de época, conservados originalmente. Por isso, detêm o título de originalidade, e a placa de identificação é preta. Um detalhe que valoriza muito o valor do carro, e retrata os valores naturais da época, principalmente da indústria brasileira", disse.

O grande diferencial do encontro, é que ele foi preparado para toda a população de Suzano, independente da classe social. "Este grandioso evento foi feito para toda população Suzanense, pois acredito que o futuro de uma cidade está ligado ao seu passado. Inserimos valores de bondade e solidariedade, cultural, para contribuirmos para nossa sociedade. O evento une desde o mais humilde, até o mais sábio. Veremos carros, sim... mas também veremos crianças admirando a engenharia do automobilismo, idosos relembrando de sua infância, uma oportunidade para resgatar o passado", enfatizou o organizador do encontro.

O evento é filantrópico, contará com a estrutura do Parque Municipal Max Feffer e da Secretaria de Esporte e Cultura de Suzano. O local proporcionará um dia excelente para as famílias que podem trazer sua churrasqueira, pois conta com lugar amplo, muito gramado, pista de skate, pista de cooper, campos de futebol. "O objetivo desse encontro é promover a história do automobilismo e expor os veículos dos sócios e dos colaboradores, além de ajudar os carentes da região", explicou Ronaldo Magrão, realizador do evento.

SERVIÇO:
Programação do Aniversário de Suzano::

23/04 (sexta-feira) - Show Nação Zumbi (18h)

24/04 (sábado) - Show Nando Reis (16h)

25/4 (domingo), 8h às 18h
10° Encontro de Fuscas e Carros Antigos de Suzano

2ª Mobilização pela União dos Movimentos Afro-culturais do Alto Tietê -13h
Show Guilherme & Santiago, 16h
Local: Parque Municipal Max Feffer
(Av. Brasil x Av Roberto Simonsem)

28/4 (quarta), 20h
Espetáculo "Vestir os Nus" - Grupo Tapa
Apoio: Proac (Programa de Ação Cultural)
Local: Teatro Municipal Dr. Armando de Ré
(Rua General Francisco Glicério, 1.354 - Centro)

30/4 (sexta), 17h
Atividades de Cinema
Média-metragem "Meninas da Olaria"
Apresentação do Programa CineMogi
Apresentação do Plano Audiovisual 2010 de Suzano
Curta-metragem "Nem Chuva Nem Nada"
Longa-metragem "Feliz Natal"
Lançamento oficial da APPA - Associação Paulista de Produtores Audiovisuais"
20h - Palestra com Paulo Betti sobre cinema
21h30 - Coquetel
Local: Teatro Municipal Dr. Armando de Ré
(Rua General Francisco Glicério, 1.354 - Centro)

SIG Comunicação / Silvana Grezzana / Luciana Gomes

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Combate à malária na Amazônia

Combate à malária na Amazônia

Projeto com participação da Faculdade de Medicina da USP pretende reduzir pela metade a incidência da doença nos Estados do Norte (foto: Fiocruz)

Agência FAPESP – A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) participará do Projeto para Prevenção e Controle da Malária na Amazônia Brasileira. A iniciativa pretende reduzir pela metade a incidência da malária nos próximos cinco anos na Amazônia, região que representa 99% dos casos da doença no Brasil.

O coordenador do projeto, professor Carlos Corbett, do Departamento de Patologia da FMUSP, explica que o diagnóstico e o tratamento efetuados rapidamente reduzem tanto a mortalidade como a transmissão da doença, que é feita por fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles.

Financiado pelo Fundo Global de Luta contra a Aids, Tuberculose e Malária do G8 (grupo que reúne os sete países mais industrializados e a Rússia), o projeto envolverá R$ 100 milhões e começa a operar em junho.

Segundo a FMUSP, foram selecionados 47 municípios em seis Estados da região Norte para receberem o programa. Serão comprados 200 microscópios para a detecção da doença e 250 técnicos serão contratados para atuar no projeto.

Medicamentos também serão distribuídos pelo Ministério da Saúde com a finalidade de baixar a quantidade do parasita no sangue e, desse modo, reduzir a taxa de transmissão. Também serão disponibilizados 1 milhão e 100 mil mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração.

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Maratona Cultural em homenagem aos 446 anos de Shakespeare, no GLOBE-SP

Presenças confirmadas: Suzana Vieira, Marília Gabriela, Bruno Garcia, Eri Johnson e Laís Bodanzky
Para comemorar o aniversário de William Shakespeare, o GLOBE-SP realiza, pelo quinto ano consecutivo, a Maratona Cultural em homenagem ao seu patrono, dia 23 de abril, com início às 09h00 e término às 2h00 do dia 24. Serão 17 horas ininterruptas de atividades.

Alguns dos mais importantes artistas do Brasil falam de suas experiências em descontraídos bate-papos com o diretor Ulysses Cruz e o dramaturgo Marcos Daud. E ainda, dezenas de atividades com enfoque no processo de trabalho do ator no teatro, no cinema, na TV e na publicidade.

Todas as atividades são gratuitas e englobam: palestras, oficinas, workshops, espetáculo, happenings, projeção de filmes, performances, filmagens, exposições e apresentação de esquetes. E mais, balada com drinks, salgados e bolo para comemorar os 446 anos do nascimento do poeta e dramaturgo inglês.

Saiba mais sobre o evento em http://www.globe.art.br/

Suzana Vieira, Marília Gabriela, Bruno Garcia, Eri Johnson e Laís Bodanzky, entre outros, participam do evento na sexta-feira, dia 23 de abril, nos horários a seguir:

Eri Johnson (bate-papo com Marcos Daud e Juliano Barone)
Direção: Marcos Daud
Horário: 17h20 - Duração: 1h40
Local: Teatro de Bolso Molière (ao vivo) Espaço Cacilda Becker (telão interativo)
O Ator e o Humor

Suzana Vieira em "A DAMA NEGRA DOS SONETOS", de Bernard Shaw (leitura dramática)
Direção: Ulysses Cruz
Horário: 19h10 - Duração: 30 min
Local: THE GLOBE COFFEE SHOP - Jardins do GLOBE-SP
Elenco: Suzana Vieira, Marcos Daud e Sandro Pedroso
O triângulo amoroso entre a Rainha Elizabeth, Shakespeare e sua amante.

Laís Bodanzky ( bate-papo com Ulysses Cruz)
Direção: Ulysses Cruz
Horário: 19h10 - Duração: 1h40
Local: Teatro de Bolso Molière (ao vivo) Espaço Cacilda Becker (telão interativo)
A cineasta apresenta o making off e o trailer do seu novo filme: "As Melhores Coisas do Mundo", e fala com Ulysses sobre O JOVEM NO CINEMA.

Marília Gabriela (bate-papo com Ulysses Cruz)
Direção: Ulysses Cruz
Horário: 21h10 - Duração: 1h50
Local: Teatro de Bolso Molière (ao vivo) Espaço Cacilda Becker (telão interativo)
Jornalista, atriz, entrevistadora, a arte de ser versátil sem perder o equilíbrio. Marília revela como conviver com as tantas "Gabís" que habitam o seu Eu.

Bruno Garcia em "WILL", de Maria Adelaide Amaral (leitura dramática)
Horário: 22h00 - Duração: 50 min
Local: THE GLOBE COFFEE SHOP - Jardins do GLOBE-SP
Elenco: Bruno Garcia
Shakespeare conta a Sua vida através de trechos da Sua Obra

MARATONA CULTURAL - Aniversário de Shakespeare 446 anos (entrada franca)

Globe-SP – Rua Capitão Prudente, 173 – Pinheiros – fone (11) 3097.9933 / www.globe.art.br

Sonia Kessar - Assessoria de Imprensa

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CNJ recebe sugestões para normatização da publicidade de atos processuais

Até esta quinta-feira (22/04), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) receberá sugestões da sociedade e de operadores do Direito que poderão contribuir para a normatização da publicidade, na internet, de informações processuais e do processo eletrônico no Judiciário. O resultado da consulta pública vai subsidiar o CNJ na definição do instrumento legal que vai regulamentar a divulgação do conteúdo dos processos judiciais na rede mundial de computadores.

As sugestões podem ser encaminhadas para o endereço eletrônico consultapublica@cnj.jus.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Elas vão subsidiar as atividades do Grupo de Trabalho (GT) responsável por estudar e formular políticas sobre o tema. Criado no início deste mês, o GT é formado por cinco magistrados - incluindo dois juízes auxiliares da presidência do CNJ - e coordenado pelo conselheiro Walter Nunes da Silva Júnior.

"Com o advento do processo eletrônico no Judiciário, o CNJ quer ouvir a sociedade para definir, de forma participativa, qual extensão, qual limite da publicidade se deve dar aos atos processuais", explica o conselheiro.

A previsão é que os resultados da consulta pública e o parecer do grupo de trabalho sejam submetidos ao Plenário do Conselho no início do próximo mês de maio. Dentre as possibilidades de normatização do tema, o CNJ poderá decidir por uma resolução do Conselho ou uma proposta de alteração legislativa.

De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal, a legislação só pode restringir a publicidade dos atos processuais quando for exigida a defesa da intimidade ou do interesse social.

"É a amplitude dessa divulgação que precisa ser discutida com a sociedade", afirma Walter Nunes. "Para que se evitem, por exemplo, possíveis efeitos negativos dessa publicidade a pessoas que já foram absolvidas pela Justiça, mas cujo processo permanece indiscriminadamente acessível para consulta", acrescenta o conselheiro.

RM/MM
Agência de Notícias CNJ
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Pérola Byington recebe apresentação do programa Música nos Hospitais

Em concerto gratuito, Orquestra do Limiar apresentará peças de grandes nomes da música barroca, romântica e clássica

O programa Música nos Hospitais, promovido pela Associação Paulista de Medicina, estará pela quinta vez no Centro de Referência da Mulher – Pérola Byington, em São Paulo, em 28 de abril. A partir das 12h, músicos da Orquestra do Limiar, regidos pelo maestro e também médico dr. Samir Rahme, se apresentarão a pacientes, funcionários e visitantes, gratuitamente.

Já comprovado por estudos, a música instrumental proporciona momentos de conforto a pacientes, familiares, funcionários e população em geral, beneficiando o tratamento e até mesmo reduzindo o tempo de internação. 

Para aqueles que não puderem se locomover ao local da apresentação por orientação médica, alguns músicos percorrerão as diversas dependências da instituição em duos, trios e quartetos. 

O projeto Música nos Hospitais tem o objetivo de popularizar a música instrumental e valorizar jovens instrumentistas brasileiros, e conta com o patrocínio da sanofi-aventis e o incentivo da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura.   

Já receberam a apresentação do grupo municípios como Ribeirão Preto, Sorocaba e Santo André, além de Rio de Janeiro, Salvador e Brasília.

"É uma contribuição para a humanização dos Hospitais, levando um momento de descontração e vivência musical, além de colaborar para o incremento da ação cultural em nosso país", afirma o maestro Samir Rahme. 

Apresentando cada peça de forma lúdica e interativa, o regente, que também é médico, propõe momentos de reflexão, por intermédio da harmonia e do bem-estar proporcionados por música de qualidade.  

Até o momento, o Música nos Hospitais já beneficiou mais de 20 mil pessoas, entre médicos, pacientes, colaboradores e visitantes em concertos em grandes instituições, como Hospital São Paulo (Unifesp), Santa Casa de SP, Instituto do Coração da FMUSP (InCor), Hospital das Clínicas, Hospital Samaritano, Hospital A. C. Camargo, Hospital Geral de Itapecerica da Serra, AACD, Hospital do Coração, Hospital Santa Paula, Hospital 9 de Julho, Hospital do Servidor Público Estadual, Municipal, entre outros.  

PROGRAMA

1- G. F. Handel (1685 - 1759)
Sarabande - adaptação para cordas: Samir Rahme

2- A.Vivaldi(1678 - 1741)
Outono das 4 Estações
Allegro
Adágio Molto
Allegro
Solistas da Orquestra do Limiar

3- W. A. Mozart (1756 - 1791)
Allegro di molto
Do Divertimento para Cordas em Si bemol

4- E. Nazareth (1863 - 1934)
Odeon - adaptação para cordas: Marcos Scheffel

5- A. Piazzola (1921 - 1992)
Melodia em Lá

6- A. Carlos Jobim (1927 - 1994)
Eu sei que vou te amar – arranjo: Marcos Scheffel

7- Thijs van Leer(1948)
Sylvia
Arranjo Samir Rahme  

A Orquestra

A Orquestra do Limiar é composta por 14 jovens músicos que, com entusiasmo, contagiam a plateia com acordes familiares de obras de grandes nomes da música barroca, romântica ou clássica, sem esquecer de compositores contemporâneos brasileiros e internacionais. 

Regência: Samir Rahme

Spalla: Marcos Scheffel
Violino I: Wassi Dias Carneiro, Paula Vazquez, Luiz Guilherme Nóbrega, Kleberson Buzo

Violino II: Marcela Venditti, Gustavo Cunha, Anderson Figueiredo, Jean Paulo Olivar Casimiro
Viola: Irina Matzen, Glaucia Faelis
Violoncelo: Leandro Tenório, Rafael Oliveira
Contrabaixo: Amílcar Roque 

MÚSICA NOS HOSPITAIS: Centro de Referência da Mulher – Pérola Byington
Data: 28 de abril de 2010, quarta-feira
Horário: 12h
Av. Brigadeiro Luís Antonio, 683 - Bela Vista - São Paulo - SP
Saguão Principal - térreo 

PRÓXIMAS APRESENTAÇÕES

12/5/2010, (quarta-feira), 12h

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da UNESP – Campus de Botucatu

Distrito de Rubião Júnior, s/nº - Campus Universitário - Botucatu - SP

Boulevard – térreo

 

19/5/2010, (quarta-feira), 12h

Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros

Av. Celso Garcia, 2.477 - Belenzinho - São Paulo - SP

Estacionamento coberto do prédio administrativo

Departamento Cultural da APM
(11) 3188-4301/4302/4304 ou cultural@apm.org.br

www.apm.org.br
www.sanofi-aventis.com.br

Acontece Comunicação e Notícias

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Vagas para professor assistente na Unesp

Agência FAPESP – A Universidade Estadual Paulista (Unesp) abriu processo seletivo para o provimento de vagas para professor assistente para atuar em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa, nível MS-3.

São diversas oportunidades na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, campus de Jaboticabal. Há duas vagas no Departamento Morfologia e Fisiologia Animal. Uma é para atuar no conjunto de disciplinas Anatomia Geral, Anatomia e Fisiologia dos Animais Domésticos, Anatomia dos Animais Domésticos I e II e Anatomia dos Animais Domésticos I a IV. Na outra vaga, o selecionado atuará no conjunto das disciplinas Farmacologia e Terapêutica Veterinária I e II.

O Departamento de Zootecnia tem uma vaga, para as disciplinas Bioclimatologia Zootécnica e Biofísica Ambiental.

Há três vagas no Departamento de Economia Rural, a primeira para as disciplinas Administração Financeira I e II e Jogos de Empresa, outra para Administração Mercadológicas I e II e Desenvolvimento e Administração de Produtos e a última vaga para atuar na disciplina disciplina Difusão de CIência e Tecnologia".

No Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária há outra oportunidade para atuar em Evolução e Paleontologia. O Departamento de Fitossanidade também procura docente para atuar na disciplina Nematologia, em regime de de turno completo (RTC). Há duas oportunidades no Departamento de Tecnologia e outra no Departamento de Ciências Exatas.

Há também duas vagas no Departamento de Ciências Exatas para professor assistente, mas em regime RTC. Uma é para autar no conjunto das disciplinas Agrometeorologia, Elementos de meteorologia e Física Geral. A outra nas disciplinas Estatística I e II e Matemática I e II.

O campus de Araraquara da Unesp também tem uma vaga para professor assistente no Departamento de Economia, no conjunto das disciplinas Matemática Econômica II e III.

Em todos os casos, os concursos serão compostos de prova didática e prova de arguição do memorial, além da análise de títulos. Mas a depender do edital em relação aos critérios de pontuação, que em alguns é de caráter classificatório e, em outros, há peso 1 (prova didática e escrita) e peso 2 para títulos.

Os cargos exigem titulação mínima de doutor e tem salário de R$ 7.107,77, mas para os portadores de título de livre-docente a remuneração é de R$ 8.473,88. No caso das vagas em regime de turno completo os vencimentos são de R$ 3.127,47  e de R$ 3.728,56 para livre-docentes. Os prazos de inscrição variam de 4 a 17 de maio, a depender do departamento em Jaboticabal. Para a vaga em Araraquara, o prazo termina em 18 de maio.

Os documentos e o formulário de inscrição devem ser encaminhados para as seções de comunicação de cada unidade.

Mais informações: www.unesp.br/concursos/docente

Para acessar os editais no campus de Jaboticabal: www.fcav.unesp.br/concursos/index_padrao.php 


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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Evento na APM alerta médicos para o correto diagnóstico da dispepsia

Uma das principais queixas gástricas, a doença é comumente confundida com gastrite

  

A Associação Paulista de Medicina (APM) inicia o Curso de Gastroenterologia em 24 de abril de 2010, sábado, com um módulo que abordará a dispepsia.

 

O objetivo da palestra é alertar os médicos sobre a importância da investigação da doença, para confirmação do diagnóstico e início precoce do tratamento.

 

O tema é de grande relevância, pois embora grande parte dos portadores de dispepsia apresente exame endoscópico normal, outros podem ter origem em doenças mais sérias, como uma úlcera, que pode evoluir para o câncer de estômago se não diagnosticada e tratada corretamente.

 

A aula será ministrada pelo dr. Alexandre Buzaid Neto, especialista em Gastroenterologia pela Faculdade de Medicina do ABC, sob a coordenação do dr. Marcelo da Silva Pedro, cirurgião do Aparelho Digestivo e especialista em Coloproctologia.

 

As inscrições devem ser feitas pelo site www.apm.org.br. Mais informações pelo telefone (11) 3188-4281.

 

 

Dispepsia

 

De acordo com o dr. Marcelo da Silva Pedro, a dispepsia é a resposta para grande parte das queixas nos consultórios de gastroenterologistas. Ainda assim, nem sempre o diagnóstico pode ser confirmado por meio de exames.

 

"Muitos pacientes chegam ao consultório com queixas de fortes dores no estômago, porém a endoscopia não revela nenhuma anormalidade", explica.

 

Em geral, bastam algumas orientações sobre hábitos alimentares e prática de atividade física para resolver o problema. Isso porque, além da dieta inadequada, o estresse emocional é outro fator que pode desencadear o problema.

 

O médico alerta para a importância de se procurar um especialista em casos de azia, dor de estômago, gazes, náuseas, vômitos, sensação de estufamento ou refluxo frequentes, pois a dispepsia pode ter origem em doenças mais sérias, que são mais facilmente tratadas quando diagnosticadas ainda no princípio.

 

 

 

Curso de Gastroenterologia - Módulo I: Dispepsia

 

Data: 24 de abril de 2010, sábado

Horário: das 9h às 13h
Local: Auditório Verde da APM

Endereço: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – São Paulo – SP

Informações e inscrições: (11) 3188-4281 | www.apm.org.br

 

Acontece Comunicação e Notícias
www.acontecenoticias.com.br




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Nanoarte brasileira é premiada

Nanoarte brasileira é premiada

Integrantes do CMDMC ganham prêmio na Mostra Internacional de Nanoarte. Net-like, de Ricardo Tranquilin, ficou em 2º lugar (divulgação)


16/4/2010

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – Pesquisadores e técnicos do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP – e do Instituto Nacional de Ciência dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN), também apoiado pela Fundação, ficaram em 2º e 4º lugares na Mostra Internacional On-line Nanoarte 2009-2010.

A mostra, em quarta edição, foi realizada em Nova York, nos Estados Unidos. O organizador foi Cris Orfescu, professor da Universidade de Nova York. Iniciada em 25 de janeiro, a votação on-line ficou aberta ao público até 31 de março.

O concurso reuniu 154 imagens, produzidas por 48 participantes de 16 países: Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Canadá, Itália, Romênia, Holanda, Eslovênia, Filipinas, México, Grécia, Inglaterra, França, Irlanda, Uganda e Luxemburgo.

A imagem Net-like, do pesquisador Ricardo Tranquilin, ficou em 2º lugar, e Bees at home, da técnica Daniela Caceta, obteve o 4º lugar. A equipe brasileira expôs 15 imagens, que foram elaboradas sob a supervisão do técnico Rorivaldo de Camargo.

O primeiro lugar ficou com a dupla Simone Battiston e Andrea Leto, da Itália, com Strelitzia-like titanium oxide, e o terceiro com Linda Alterwitz, dos Estados Unidos, com Downtown Pano.

As dez imagens vencedoras serão expostas na Nanoart Festival Stuttgart, na Alemanha, e no International Festival of Nanoart em Kotkan, na Finlândia. Elas serão transformadas em telas e expostas em galerias, nas quais serão vendidas a preços que variam entre US$ 600 e US$ 14 mil.

"Para nós, esses prêmios representam o reconhecimento do nosso centro. É preciso destacar que os jurados não julgaram apenas a parte artística e a beleza da imagem, mas também a técnica de microscopia empregada para análise dos materiais", disse Elson Longo, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenador do CMDMC e do INCTMN.

Segundo Longo, o resultado mostra que o Brasil está em sintonia na produção de ciência aliada à arte, além de atingir um dos objetivos do projeto, que é o de divulgar a ciência.

"Uma mostra como essa é muito importante para nós, pois os CEPIDs têm o dever de fazer a difusão do conhecimento e nós enxergamos na nanoarte uma forma de divulgar a ciência", destacou.

O grupo sediado em São Carlos (SP) criou, em 2009, o Projeto Nanoarte, que transforma imagens obtidas a partir de nanopartículas de materiais cerâmicos em objetos pictóricos surpreendentes.

"A Nanoarte é uma expressão artística recente, surgida com a nanotecnologia. As imagens são de materiais em nanoescala, isto é, com dimensão um milhão de vezes menores que um milímetro, obtidas por intermédio de microscópios eletrônicos de alta precisão", explicou Longo.

O que começou como um simples experimento deu tão certo que, inserido na pesquisa do centro, virou um projeto que envolve exposições de fotos, vídeos no YouTube e material didático para escolas do ensino fundamental e médio.

Segundo Longo, as imagens são feitas com microscópios de varredura de alta resolução, inicialmente em preto e branco. "Depois elas são coloridas em um programa de computador", contou.

Projeto Nanoarte: www.cmdmc.com.br/nanoarte 


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