A programação oficial da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – a Rio+20, começa nesta quarta-feira (20), no Riocentro, Rio de Janeiro. O encontro conta com a participação de cerca de 100 chefes de Estado e Governo de todo o mundo.
Durante três dias, os dirigentes dos diversos países vão negociar um documento que vai nortear o desenvolvimento sustentável no mundo nos próximos 20 anos. O texto final, com as recomendações, será divulgado oficialmente no encerramento da cúpula na sexta-feira (23).
Os debates prosseguem em diferentes locais da cidade. Os líderes mundiais e os políticos estarão concentrados no Riocentro, na Barra da Tijuca. Os especialista e a sociedade civil se dividem entre o Forte de Copacabana, o Parque do Flamengo, Parque dos Atletas, o Museu de Arte Moderna e outros pontos do Rio.
A abertura oficial está programada para às 10h, com a participação da presidenta Dilma Rousseff, e a realização da primeira reunião plenária. A presidenta terá ainda reuniões com o presidente da França, François Hollande, e com os dirigentes do Senegal e da Nigéria. À noite, haverá recepção aos chefes de Estado, na Arena da Barra.
"Nós queremos que da Rio+20 saiam objetivos de desenvolvimento sustentável, que seriam metas globais de comportamento dos países para buscarmos finalmente a plena sustentabilidade do ponto de vista econômico, ambiental e social. Esse legado já será importantíssimo", afirmou, na semana passada, ao programa Bom Dia Brasil, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil na Rio+20.
Segundo ele, o objetivo é discutir a agenda sustentável para as próximas duas décadas. “O desenvolvimento sustentável é necessário porque os atuais modelos de produção não estão conseguindo resolver as crises globais que estão surgindo”. A execução de programas sociais de transferência de renda no Brasil terá destaque nas discussões. As medidas podem trazer avanço no combate à fome e à pobreza..
Entre as propostas já apresentadas estão a reforma da Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS), que tem como objetivo a execução das metas fixadas na Rio92. Além disso, há recomendações para reformas nas instituições ambientais internacionais, porque diversos líderes políticos argumentam que é necessário fortalecer o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Organizações não governamentais, movimentos sociais e integrantes da sociedade civil participam de debates em dez painéis denominados Diálogos Sustentáveis. Cada um dos painéis definirá três recomendações. Ao final, 30 sugestões serão encaminhadas aos líderes políticos para que examinem a possibilidade de incluí-las no texto da conferência. Se as recomendações forem aprovadas, elas serão inseridas na declaração final dos chefes de Estado e Governo, a ser anunciada sexta-feira.
Fonte: Portal do Planalto e Agência Brasil