quinta-feira, 26 de setembro de 2013

TV USP Piracicaba produziu série sobre energias renováveis

Durante quatro meses, a equipe da Acom/TV USP Piracicaba percorreu aproximadamente 10 mil quilômetros, cruzando cinco estados do Brasil, para conhecer e trazer ao público relatos de iniciativas na produção de energia elétrica com fontes renováveis.

Entre julho e setembro de 2013, o jornalista Fabiano Pereira e o cinegrafista Moacir Gibin Junior visitaram uma usina hidrelétrica (Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu/PR), um parque eólico (Cerro Chato, em Santana do Livramento/RS), uma usina de co-geração pela queima de biomassa (Biosev, em Rio Brilhante/MS) e um projeto de prédio auto-suficiente com o uso de painéis solares fotovoltaicos (sede da Eletrosul em Florianópolis/SC).

“Além disso, conversamos com 4 especialistas da Universidade de São Paulo e diversos engenheiros e técnicos das usinas visitadas, para conhecer os principais pontos fortes e as fragilidades de cada uma dessas alternativas, seu potencial de exploração futura e também qual seria, na opinião de cada um, a matriz energética ideal para o país”, lembra o jornalista.

Para encerrar a série, um projeto inovador chamado Casa Eficiente mostra de que forma podemos todos colaborar com um uso racional da água e de energia elétrica.

A série está disponível no canal da Acom/TV USP Piracicaba no Youtube, no www.youtube.com/TVUSPPira, ou ainda no IPTV da Universidade de São Paulo, no iptv.usp.br .

Links Youtube:

Episódio 1 - O que são fontes renováveis? - http://migre.me/g9lsi

Episódio 2 - Hidrelétricas - http://migre.me/g9lsA

Episódio 3 - Fotovoltaicas - http://migre.me/g9lsS

Episódio 4 - Biomassa - http://migre.me/g9ltc

Episódio 5 - Eólicas - http://migre.me/g9ltD

Episódio 6 - Casa Eficiente - http://migre.me/g9ltX

Caio Albuquerque | Comunicação/USP ESALQ

Arqueologia da diáspora africana

No dia 27 setembro, às 9 horas, o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP promove a palestra A arqueologia da diáspora africana nos Estados Unidos e no Brasil: uma perspectiva comparativa, ministrada pelo professor Luís Cláudio Symanski, da UFMG. O evento é gratuito, aberto e não necessita de inscrições prévias.

O objetivo do evento é promover discussões sobre as problemáticas e os modelos empregados no estudo de contextos de ocupação africana e afro-descendente, sobretudo em áreas de plantations, nos Estados Unidos e no Brasil, observando as implicações das similaridades e das diferenças no conteúdo material presentes nesses contextos para a compreensão da vida cotidiana e da dinâmica cultural das populações africanas na diáspora.

O MAE está localizado na Av. Professor Almeida Prado, 1466, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (11) 3091-4905 ou site http://www.mae.usp.br

Do USP Online via Agência USP

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Brasil tem apenas 38,6% do espectro recomendado pela UIT para banda larga móvel

Meta estabelecida pela organização internacional deve ser atingida até 2015, para evitar congestionamentos e "apagões" das redes

A União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência das Nações Unidas especializada em questões de tecnologias da informação, já fez um alerta: o Brasil disponibiliza apenas 38,6% da meta de espectro que seria recomendada até 2015 para evitar congestionamentos e apagões nas redes móveis.

O desempenho brasileiro da meta, entretanto, é melhor do que os dos países vizinhos. Chile e Colômbia estão, respectivamente, em 30,3% e 31,7% da meta de espectro da UIT. A Argentina, por sua vez, conta com apenas 14,6% da recomendação. A média da América Latina está em 19,8%.

A maior quantidade de espectro em relação aos países vizinhos não significa necessariamente mais qualidade para o usuário final dos serviços de telefonia móvel. "A diferença é que o Brasil tem dez vezes mais assinantes de redes móveis do que o Chile, por exemplo. Ou seja, a quantidade de espectro para cada assinante é maior no Chile do que no Brasil. Existem ainda outros fatores que devem ser considerados, como a penetração de redes 3G e 4G, a distribuição de assinantes pelo país, a adoção da banda larga móvel pela população, a quantidade de estações radiobases (ERBs) e antenas, dentre outros", afirma Erasmo Rojas, diretor da 4G Americas para a América Latina e Caribe, associação que reúne fabricantes, operadoras e prestadores de serviços de todo o continente.

"A alocação de espectro é um fator crucial para o desenvolvimento das redes 3G e 4G, que estão se popularizando rapidamente. Governos, agências reguladoras e operadoras devem estar atentas a essa questão, para evitar um 'apagão' na banda larga móvel nos próximos anos", alerta o executivo. No Brasil, os serviços de telefonia móvel contam com as faixas de 850 MHz, 900 MHz, 1800 MHz, 1900 MHz, 2100 MHz e 2500 MHz. 

"Temos dados que comprovam que o acesso a banda larga móvel de qualidade é proporcional ao crescimento do PIB e ao desenvolvimento da população dos países latino americanos.  Investir na disponibilidade de espectro para a telefonia e banda larga móvel é uma estratégia que deve ser considerada por todos os países da região", completa Rojas.

Até o final deste ano, a América Latina deverá ter mais de 680 milhões de aparelhos móveis ativos, dos quais 113 milhões (17%) terão acesso a banda larga móvel 3G ou 4G. Até o fim de 2017, o número de celulares ativos superará os 858 milhões, com 581 milhões (68%) com acesso ao 3G e 4G.

Paula Vieira | MSL

FAPESP está entre as maiores em registro de patentes no Brasil, aponta estudo

De 2003 a 2012, a FAPESP registrou 140 patentes, número que a coloca na sexta posição entre as dez maiores organizações brasileiras por volume de invenções.

Relatório da Thomson Reuters traça panorama sobre cenário brasileiro em inovação tecnológica e produção científica | FAPESP

É o que indica o relatório Brasil – Atuais desafios e tendências da inovação, resultado de um estudo feito pela empresa provedora de informação Thomson Reuters e divulgado na terça-feira (17/09), durante o Workshop Propriedade Intelectual e Inovação: O Impacto no Crescimento do Brasil – evento promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), pela Thomson Reuters e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

A pesquisa também listou os maiores detentores de patentes para o ano específico de 2011, quando a FAPESP obteve 38 registros, o quarto maior volume do país.

“Ambas as colocações refletem o crescimento do apoio a pequenas empresas inovadoras do Estado de São Paulo, por meio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE)”, disse Sérgio Robles Reis de Queiroz, coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação na FAPESP.

De acordo com Queiroz, os números representam apenas uma parcela das patentes concedidas a partir de apoios da FAPESP. Isso porque a titularidade é da entidade financiadora somente quando há pagamento de bolsas aos pesquisadores – caso contrário, as próprias empresas são as titulares.

No ranking de 2011 da Thomson Reuters, as duas primeiras colocadas foram a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 51 e 42 patentes, respectivamente.

“Uma parte dos projetos que geraram essas patentes também deve ter recebido recursos da FAPESP”, disse Queiroz, fazendo referência ao Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE).

Já no ranking de 2003 a 2012, a Unicamp figura na segunda colocação (com 395 registros), atrás apenas da Petrobras (com 450 registros), e a USP aparece em terceiro lugar (com 284 registros).

“O fato de instituições públicas serem as principais patenteadoras no Brasil é revelador da fragilidade das empresas privadas em ocupar esses lugares, o que é usual em outros países do mundo”, disse Queiroz.

Sobre esse aspecto, o relatório da Thomson Reuters cita a dificuldade de criar oportunidades de mercado, ante períodos de tramitação das decisões sobre patentes de até oito anos – ou seja, uma tecnologia poderia se tornar obsoleta antes mesmo de a patente ser concedida.

O relatório aponta ainda uma tendência de crescimento na atividade inovadora brasileira. De 2003 a 2008, os pedidos de patentes nacionais aumentaram 26% (medição feita a partir dos pedidos considerados prioritários). Em 2009, houve queda para o patamar de 2003, atribuída à recessão econômica global. Desde então, os níveis voltaram a crescer, atingindo, em 2011, 12% acima do registrado em 2003.

Computadores digitais, produtos naturais, tecnologia automotiva e aparelhos eletrodomésticos estão entre as principais categorias de patentes concedidas na última década. Apesar da alta verificada, o Brasil segue bem distante, por exemplo, da China, cuja atividade de patenteamento cresceu 600% entre 2003 e 2011.

Todos os dados relativos a patentes foram obtidos a partir do banco de dados do Thomson Reuters Derwent World Patents Index (DWPISM).

Pesquisa científica

O cenário da produção científica no Brasil – outro aspecto do estudo da Thomson Reuters – foi investigado com o auxílio da base internacional Web of Knowledge.

Em 2012, os cientistas brasileiros publicaram 46.795 artigos científicos em periódicos catalogados pelo Thomson Reuters Science Citation Index, colocando o país na 14ª posição mundial (uma a menos em relação a cinco anos antes).

Entre as áreas tecnológicas com maior produção científica figuram medicina clínica, ciências de plantas e animais, ciências agrárias, química e física.

Citando o mais recente Relatório de Ciências da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), de 2010, o estudo da Thomson Reuters menciona ainda que 90% dos artigos do Brasil partiram de universidades públicas e que o número de pessoas com doutorado cresceu de 554 em 1981 para 10.711 em 2008.

Por Noêmia Lopes | Agência FAPESP

Pesquisa da UFSCar analisa a relevância de quedas no equilíbrio de idosos

Estudo examinará o quanto fraturas do fêmur interferem na capacidade de realização de atividades cotidianas. Voluntários estão sendo recrutados para participar do projeto

Uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) analisa a relevância das quedas e da fratura de fêmur no equilíbrio de idosos. O estudo "Influência da dupla tarefa no controle postural de idosos após fratura de fêmur", orientado pela professora Karina Say, irá examinar idosos de diversas faixas etárias e avaliar o quanto fraturas do osso mais longo do corpo humano podem interferir na capacidade de realização de atividades cotidianas.

A pesquisa irá comparar o desempenho de idosos com fraturas no fêmur com idosos sem fratura. Os testes serão realizados no laboratório de Análise de Movimento da UFSCar, por meio de questionários, que avaliam os dados pessoais, a cognição, a mobilidade e a funcionalidade do idoso, e também através de uma plataforma de força, que verifica a diferença do controle postural destes idosos, medindo a oscilação do corpo para manter a pessoa equilibrada.

Para o teste, a plataforma é fixada no chão e um computador avalia as forças relacionadas ao controle da postura. No teste, os voluntários terão de permanecer em pé na plataforma e realizar tarefas como evocar os dias da semana em ordem inversa, segurar uma bandeja com um copo quase cheio de água e ler palavras em um quadro. Cada teste é realizado três vezes por 30 segundos. A avaliação leva em torno de uma hora.
Para essa avaliação, os alunos responsáveis pela pesquisa estão recrutando voluntários para participar do estudo. Os candidatos ao voluntariado devem ter mais de 60 anos, não podem apresentar labirintite nem ter sofrido AVC, e também não podem ter realizado cirurgia nos últimos seis meses.

Com os resultados, será possível entender melhor a necessidade de acompanhamento continuado aos idosos pós-fratura e a importância de políticas públicas para a prevenção de quedas e assistência integral à pessoa idosa, a fim de melhorar a qualidade de vida dessa população.

Os interessados em participar da pesquisa devem agendar a avaliação com Isadora Carriço, aluna responsável pelo projeto, pelo email isadora.carrico@hotmail.com ou pelo telefone (16) 8131-4020, de segunda a sexta-feira das 12 às 14 horas ou após as 18 horas.

Eduardo Sotto Mayor | Comunicação Social da Universidade Federal de São Carlos

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Identificação biométrica auxilia missão em Papua Nova Guiné

Identificação biométrica auxilia missão em Papua Nova Guiné na gestão de registros e serviços

Uma parceria entre a Fulcrum Biometrics, integrador e provedor internacional de sistemas biométricos, e a Lumidigm, líder global em soluções de autenticação, permitiu o desenvolvimento e a implantação de uma solução de identificação biométrica para os pacientes da New Tribes Mission Medical Clinic, projeto que atende a população de Papua Nova Guiné (Oceania) com médicos ocidentais, enfermeiros, laboratório, farmácia, e exames de raio-X. Com os sensores de imagem multiespectral, a missão pode identificar corretamente todo paciente em tratamento, mesmo que seus dedos estejam desgastados ou machucados – como é comum naquela região. 

A New Tribes Mission Medical Clinic desempenha um importante papel, tratando e medicando milhares de cidadãos locais e expatriados que vivem em Papua Nova Guiné. Mas, desde o começo, há um grande esforço para manter registros de todos os pacientes atualizados. Numa cultura com centenas de tribos indígenas com diferentes idiomas – e onde as pessoas não costumam ter qualquer documento de identidade, já que muitos não sabem ler – a biometria é o recurso mais apropriado para garantir uma identificação rápida, simples e confiável. 

A partir do Fulcrum Biometric Framework, a Fulcrum pôde rapidamente customizar um programa de identificação biométrica em que os pacientes são devidamente registrados na clínica e têm seu histórico de saúde atualizado a cada consulta. Tudo pode ser acessado a partir de um desktop comum. O leitor de impressão digital com imagem multiespectral Série-M da Lumidigm é utilizado para capturar e identificar as impressões digitais dos pacientes. Uma vez que a pessoa já está cadastrada e passa a constar do sistema, a cada nova consulta basta aproximar o dedo do sensor biométrico para o sistema trazer sua fotografia, todos os seus dados e história clínica. Essa tecnologia agiliza todo atendimento, além de evitar que uma pessoa seja atendida por engano no lugar de outra. 

Vantagens dos sensores de impressão digital Série-M Lumidigm

Como muitos habitantes vivem e trabalham em condições de risco social, suas impressões digitais podem ficar eventualmente desgastadas ou machucadas. Nesses casos, o sensor de imagem multiespectral é especialmente útil, porque toda pessoa poderá ser identificada – já que, além da impressão digital da superfície, o sensor também identifica uma camada mais interna da pele. Outra vantagem é que nem as intempéries prejudicam o bom funcionamento dos sensores. Até sob sol intenso ou chuva eles mantêm a captura de imagem em perfeito estado. Com esse desempenho, a New Tribes Mission Medical Clinic pode fazer uma gestão eficiente dos atendimentos, reduzindo custos ao evitar duplicidade de registros e serviços, além da garantia de continuidade. “O sensor biométrico tem dado uma tremenda ajuda na identificação dos pacientes. A biometria é o melhor meio para esse tipo de atividade”, diz Kevin Ludwig, médico chefe da unidade. Além disso, do ponto de vista dos pacientes, trata-se de um meio muito menos estressante de estabelecer contato e conseguir um bom atendimento médico. 

Lumidigm
A Lumidigm Inc. é líder global em soluções de autenticação e se dedica a prover uma identificação conveniente, segura e fácil para pessoas, produtos e credenciais. www.lumidigm.com

via Heloisa Paiva | Press Página

Projeto de educação integral em comunidade quilombola

Brincadeiras e mais brincadeiras no Centro Cultural Negro Cazuza. As atividades do Projeto Hora do Jogo estão transformando o cotidiano de crianças e adolescentes da comunidade quilombola de Alto Alegre, no município de Horizonte (CE). O Hora do Jogo é um dos quatro projetos apoiados no Ceará pelo Fundo Juntos pela Educação, como parte do Programa pela Educação Integral.

 O Centro Cultural Negro Cazuza é a nova sede da Associação dos Remanescentes de Quilombos de Alto Alegre e Adjacências (ARQUA), um dos parceiros do Projeto Hora do Jogo. No início do projeto, em 2011,       as oficinas eram promovidas apenas na Escola Municipal de Ensino Fundamental “Olímpio Nogueira Lopes”, outra parceira e que continua sediando muitas ações. 

O Projeto Hora do Jogo tem como proponente o Instituto da Infância (IFAN). A essência é a mescla de educação e entretenimento, saber com sabor, e para isso educadores foram capacitados para que as crianças, durante as oficinas, pudessem extrair o máximo de jogos e brincadeiras, contribuindo com seu desenvolvimento integral, cognitivo, emocional, sensorial.

As oficinas também são momentos estratégicos para o protagonismo, a tolerância, o respeito, a discussão de regras. As crianças vivenciam e consolidam, através dos jogos e de vários recursos lúdicos, valores e aprendizados que serão fundamentais ao longo de sua vida, na prática de sua cidadania cotidiana.

“É o resgate do direito ao brinquedo, à infância”, salienta Vânia Girão, do IFAN, coordenadora do projeto. Em termos numéricos, o projeto também cresceu - o número de crianças atendidas aumentou de 200 para 267. Alunos de outras escolas, moradores no Alto Alegre e bairros próximos, também passaram a participar.

Uma rádio comunitária, operada há anos por Nego do Neco no território quilombola, tem sido fundamental para divulgar as ações realizadas pelo projeto Hora do Jogo.    Os integrantes da comunidade escolar da EMEF “Olímpio Nogueira Lopes”, que é considerada uma escola modelo em Horizonte, comemoram os resultados do projeto. Seu desempenho a credenciou a contribuir com outra escola pública, na qualificação dos processos e recursos de ensino e aprendizado.

A escola foi uma das pioneiras na implementação da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes públicas e particulares da educação. O Projeto Hora do Jogo está contribuindo para a afirmação da identidade cultural quilombola.

O Fundo Juntos pela Educação é constituído pelo Instituto Arcor Brasil e Instituto C&A. O Programa pela Educação Integral apoia sete projetos em Pernambuco e no Ceará. Cada projeto está baseado em uma rede composta por escolas públicas, organizações sociais e outros serviços públicos. São redes formadas para promover o desenvolvimento integral, através de oportunidades educativas que abordem todas as dimensões, de crianças, adolescentes e jovens destas comunidades.

No Ceará, são apoiados os projetos Ecomuseu de Maranguape, em Maranguape; Nossas Histórias, em Fortaleza; Hora do Jogo e Caldeirão das Artes, ambos em Horizonte. Em Pernambuco, são apoiados os projetos Solidariedarte, em Igarassu; Brincando com os Sons, em Olinda; e Construindo saberes e direitos através da Educação Integral, em Recife.

Fundo Juntos pela Educação – www.juntospelaeducacao.com.br

via José Pedro Soares Martins

Anhanguera oferece curso gratuito de Libras

Capacitação será feita durante a Semana do Ensino Responsável

Depois do sucesso da primeira edição, a Faculdade Anhanguera de Campinas, FAC 3, volta a oferecer o curso de Capacitação em Libras. Durante os cursos de inverno da instituição, em julho, foi grande a procura pela atividade, oferecida de forma inédita e gratuita na região. Reconhecida como língua oficial de surdos, ainda é muito pequeno o número de pessoas que sabem se comunicar por meio dela. Segundo informações da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis), atualmente, cerca de 3% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência auditiva.

Durante dois dias, quinta-feira (19) e sexta-feira (20), os alunos poderão conhecer um pouco mais dessa forma de linguagem, se comunicar de forma rápida e básica pelos sinais e agregar um conhecimento extremamente necessário e pertinente nos dias de hoje. “Aprender Libras é quase que um dever cívico, principalmente para as pessoas que enxergam na inclusão social uma colaboração nossa com a deficiência do próximo, de forma, a permitir, que vivamos em uma sociedade mais participativa e humana”, destacou a professora e organizadora da Oficina de Libras, Aglay Sanches Martins. 

A disciplina de Libras é obrigatória no curso de Pedagogia e oferecida, de forma optativa, em todos os cursos de licenciatura da Anhanguera.

O curso gratuito de Libras começa na próxima quinta-feira, dia 19, das 9h às 12h. Mais informações pode ser  obtidas pelo telefone; (19) 3512-3131 

Local: Faculdade Anhanguera de Campinas, campus 3
Endereço: Rua Luis Otávio, nº 1313, Parque Taquaral
Inscrições e Informações: 19-3512 3131 

via Enderson Carvalho | Alfapress

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

EMTU/SP lança concurso “VLT na Sua Onda”

REPRODUÇÃO
O primeiro VLT da Baixada Santista será adesivado com arte inédita

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo – EMTU/SP quer que o Brasil inteiro conheça o projeto do VLT da Baixada Santista e lança o concurso “VLT na Sua Onda” nesta segunda-feira, dia 16/09. 

O objetivo é escolher a melhor arte para adesivar o primeiro veículo que circulará no trecho já em construção entre as cidades de Santos e São Vicente. 

O prêmio para o primeiro colocado será uma viagem a Valência, na Espanha, com direito a um acompanhante, e uma visita na fábrica para conhecer, em primeira mão, o trem com a arte escolhida.

O concurso envolve todo o território nacional e será realizado no período de 16/09/2013 a 31/10/2013. Os interessados deverão se inscrever pelo site www.vltnasuaonda.com.br, preenchendo gratuitamente o formulário de participação. Os menores de 18 anos poderão participar, desde que representados por seus pais ou responsáveis legais.

O mar é o tema para decorar ou pintar o modelo do VLT disponível no site, já que o novo sistema de transporte será operado em região litorânea. O trabalho deverá ser enviado por meio do site até o dia 31/10/2013.

Votação dos internautas
Todos os trabalhos ficarão disponíveis no site de 08/11 a 17/11/2013 para votação dos internautas que serão os responsáveis pela seleção dos 20 melhores. Posteriormente, as artes selecionadas serão avaliadas pela Comissão Julgadora formada por representantes da EMTU/SP, das Prefeituras de Santos e São Vicente, de artistas plásticos das duas cidades, do consórcio fabricante dos trens, do CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, entre outras instituições. Para escolher o vencedor, a comissão levará em conta a criatividade, aderência ao tema, harmonia e originalidade. A divulgação do trabalho escolhido será feita no site www.vltnasuaonda.com.br no dia 26/11/2013.

Prêmio
Além da viagem a Valência, na Espanha, o vencedor receberá um troféu no formato estilizado do VLT, estampado com a sua arte, e terá o seu trabalho fixado nas laterais do VLT da Baixada Santista que circulará entre as cidades de Santos e São Vicente, no período de seis meses. Também está incluída uma visita à fábrica do VLT situada em Albuixech, na província de Valência. Os 20 trabalhos selecionados por julgamento popular receberão um Certificado de Finalista na participação do concurso.

VLT da Baixada Santista
Em operação em cidades médias europeias, o VLT é um transporte totalmente limpo (emissão zero) e de fácil inserção urbana. Circula ao nível das ruas, preserva o patrimônio histórico e colabora para a revitalização do entorno. Na Baixada Santista, o VLT atenderá 70 mil usuários/dia quando o primeiro trecho, em construção, for entregue em 2014. Com a reestruturação do todo o sistema, cerca de 220 mil usuários por dia serão beneficiados. 

via Imprensa | EMTU/SP

Hospital de Câncer de Barretos divulga Programa de Residência Médica

Estão abertas vagas em várias áreas para o Programa de Residência Médica do Hospital de Câncer de Barretos. Médicos de todo o País podem participar. Na tabela abaixo estão as especialidades, pré-requisitos e número de vagas.

Especialidade | Pré - Requisito | Vagas Oferecidas por Ano
Cancerologia Clínica | 2 Anos de Clínica Médica | 5
Cancerologia Cirúrgica | 2 Anos de Cirurgia Geral | 8
Cirurgia de Cabeça e Pescoço | 2 Anos de Cirurgia Geral | 2
Mastologia | 2 Anos de Ginecologia e Obstetrícia ou Cirurgia Geral | 2
Medicina Nuclear | Acesso Direto | 2
Patologia | Acesso Direto | 1
Cancerologia Pediátrica | 2 Anos em Pediatria | 1
Radiologia e Diagnóstico por Imagem | Acesso Direto | 5
Radioterapia | Acesso Direto | 2
Medicina Intensiva | 2 anos de Clínica Médica ou Cirurgia Geral ou Anestesiologia | 2

O processo seletivo é pela prova do SUS. Mais informações no site do hospital www.hcancerbarretos.com.br/home-iep/residencia-medica.

via Orlando Aguiar de Oliveira | Porta-Voz

Proteína do veneno da serpente urutu pode ser benéfica para o coração

Testes in vitro feitos na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) indicam que a alternagina-C (ALT-C) – uma proteína extraída do veneno da serpente urutu (Bothrops alternatus) – é capaz de aumentar a força de contração cardíaca e tem potencial farmacológico a ser explorado.

Os testes in vitro feitos na UFSCar mostram que a alternagina-C é capaz de aumentar a força de contração cardíaca e tem potencial farmacológico | Wikipedia

A proteína está sendo testada no miocárdio de camundongos e de peixes durante o pós-doutorado de Diana Amaral Monteiro – com Bolsa da FAPESP – sob a supervisão do professor Francisco Tadeu Rantin e colaboração de Heloisa Sobreiro Selistre de Araújo e Ana Lúcia Kalinin.

Resultados preliminares foram apresentados por Monteiro durante a 28ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), realizada em agosto em Caxambu (MG).

“Se os resultados positivos se confirmarem em futuras etapas, essa proteína poderá ser útil no tratamento de doenças como insuficiência cardíaca, infarto e isquemia crônica do coração”, afirmou Monteiro.

A ALT-C foi isolada inicialmente durante uma pesquisa coordenada por Araújo e apoiada pela FAPESP. O método de obtenção da molécula foi patenteado por causa de sua propriedade de induzir a angiogênese, ou seja, a formação de novos vasos sanguíneos.

“Como os estudos anteriores mostraram que a proteína promoveu revascularização e regeneração em pele lesada de ratos, surgiu a ideia de que também tivesse efeito benéfico no sistema cardiovascular”, contou Monteiro.

Nos testes já realizados, a pesquisadora administrou, por via intra-arterial, uma dose única de ALT-C no peixe traíra (Hoplias malabaricus). Após 7 dias, a contratilidade, in vitro, de tiras ventriculares isoladas do coração dos animais foi analisada. A ALT-C causou um aumento significativo na força de contração do miocárdio de traíra e nas taxas de contração e relaxamento, modulando positivamente a contratilidade cardíaca.

“Ainda vamos estudar os mecanismos responsáveis por essa melhora na função cardíaca. Mas já sabemos que essa proteína se liga a um receptor tipo integrina (proteína existente na superfície das células) e isso desencadeia uma série de sinalizações intracelulares, capazes de promover a ativação de genes e o aumento na produção do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), relacionado à angiogênese”, contou Monteiro.

O próximo passo da investigação, segundo a pesquisadora, será avaliar os efeitos dessa proteína nos mecanismos envolvidos na contração do coração de camundongos.

Ainda durante a reunião da FeSBE, Monteiro apresentou os resultados de seu projeto de doutorado orientado por Kalinin.

A pesquisadora investigou o efeito de diferentes vias de contaminação por mercúrio nos peixes brasileiros traíra e matrinxã (Brycon amazonicus) e observou que o metal prejudicou tanto a contratilidade e a capacidade de bombeamento do coração como as respostas cardiorrespiratórias dos animais em concentrações normais de oxigênio e em situações de hipóxia (baixa concentração de oxigênio dissolvido na água).

Os dados foram publicados nas revistas Aquatic Toxicology e Ecotoxicology. 

Por Karina Toledo | Agência FAPESP

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Pai da Teoria das Cordas visita Unesp

John Schwarz, físico da Caltech (EUA), participou da escola sobre Gravidade Quântica. Físico norte-americano fala sobre a trajetória de sua teoria | Divulgação

Há cerca de quarenta anos, o professor John Henry Schwarz se dedica ao estudo da Teoria das Cordas. 

Tido como um dos pais do modelo que melhor explica a gravitação quântica, o físico norte-americano esteve no ICTP-SAIFR (Instituto Sul-Americano do Centro Internacional de Física Teórica), localizado no Instituto de Física Teórica (IFT), da Unesp.

As aulas de Schwarz sobre Teoria das Cordas fizeram parte da programação da School on Approaches to Quantum Gravity, que apresentou diversas abordagens teóricas para a gravitação quântica, campo da física que mistura mecânica quântica e teoria da relatividade. A atividade foi realizada durante a primeira semana de setembro e envolveu seminários e discussões sobre o tema, reunindo cerca de cem alunos de dezoito países diferentes.

O professor norte-americano foi uma das principais personalidades do evento ao apresentar a relação entre a Teoria das Cordas e a gravidade quântica. O curioso da história é que quando o professor da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) começou a pensar em cordas, sua intenção não era exatamente esta.

"A teoria era bastante popular no seu início, por volta dos anos 50 e 60, quando foi desenvolvida para tentar entender Forças Nucleares Fortes. Este era o nosso foco. Porém, nos anos 70, uma teoria completamente diferente foi criada e explicou perfeitamente este tema?, explica Schwarz, explicando como seu modelo acabou caindo no "ostracismo" durante algum tempo. "Se no início a Teoria das Cordas era bastante popular, durante os dez anos seguintes, apenas alguns de nós continuamos estudando o tema".

Segundo o norte-americano, os físicos naquele momento eram divididos em basicamente dois grupos: aqueles que estudavam a física de partículas, a física nuclear, e o grupo da teoria da relatividade, que estudava gravidade. "Eram duas comunidades completamente diferentes, e nós crescemos no primeiro grupo, não no segundo", conta.

Longe da atenção da comunidade científica, os poucos físicos que continuavam debruçados sobre a Teoria das Cordas notaram que, se por um lado o modelo não explicava as forças nucleares, ela servia muito bem para entender a gravidade quântica. "Nós falávamos com outros físicos, outros grupos, mas eles simplesmente não estavam interessados neste assunto. Este era o momento em que o Modelo Padrão das partículas estava sendo desenvolvido e esta era a prioridade da ciência no momento", lembra.

Em 1984, as cordas voltariam ao centro das atenções dos cientistas quando uma série de descobertas feitas por Schwarz e seu colega Michael Green projetaram a Teoria das Cordas como um possível modelo para unificar diversas teorias da física. "Nós vislumbrávamos isso já há algum tempo e estávamos muito animados. Posso dizer que esta fase foi determinante para que eu decidisse estudar este assunto para o resto da minha carreira, e foi isso que eu fiz" , conta.

via Marcos Jorge | Imprensa/Unesp

Aproveite a restituição do Imposto de Renda 2013 para quitar dívidas

Consumidor deve aproveitar a restituição do Imposto de Renda 2013 para quitar dívidas, orienta Serasa Experian. Quarto lote será pago na próxima segunda-feira, dia 16.

A Receita Federal deposita na próxima segunda-feira, 16, o dinheiro da restituição do quarto lote do Imposto de Renda e muitos contribuintes podem estar na dúvida sobre o que fazer com o dinheiro extra. 

Segundo os economistas da Serasa Experian, o que deve definir esta questão é a atual situação financeira do consumidor.

Quem está superendividado deve priorizar o pagamento das dívidas, em especial as que possuem juros mais altos, como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito. A restituição também pode ser usada para pagar financiamentos em atraso ou contas que tenham acumulado multas pela falta de pagamento. Segundo os economistas, se ainda sobrar uma parte do dinheiro, ele pode ser utilizado para antecipar o pagamento de parcelas, pedindo ao credor que faça o desconto dos juros.

É importante que o consumidor evite utilizar a restituição como entrada para um novo financiamento, para não fazer uma nova dívida que será acumulada mensalmente com as demais, orientam os economistas. Também não é recomendável manter o dinheiro parado na conta bancária, pois os gastos diários e o cheque especial podem acabar absorvendo o valor sem que o consumidor perceba. 

Calendário
O pagamento da restituição do Imposto de Renda foi programado em sete lotes mensais, de junho a dezembro. O valor será corrigido pela taxa Selic e as próximas datas são: 16 de setembro, 15 de outubro, 18 de novembro e 16 de dezembro. 

Para conferir mais dicas sobre educação financeira, acesse o site :

via Viviane Evangelista| Imprensa da Serasa Experian

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Projeto em 3D do MAE traz Roma antiga de volta à vida

O Laboratório de Arqueologia Romana Provincial (LARP) do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP colocou no ar o projeto Roma 360, um aplicativo que traz o mapa da cidade de Roma, aproximadamente no ano 360 d. C., utilizando a tecnologia 3D. A proposta é ampliar o conhecimento do público em geral sobre essa que é uma das cidades mais importantes da história.

É possível visualizar a localização de templos, monumentos e outras estruturas urbanas | Divulgação

O mapa foi desenhado a partir de modelos do atlas histórico de Willian Shepherd, de 1923. A partir da projeção, é possível visualizar a localização de templos, monumentos e outras estruturas urbanas. É possível ver, por exemplo, áreas de lazer como o Coliseu e o Circo Máximo, ambientes políticos, entre eles o Fórum e a Basílica de Constantino, construções religiosas, e os templos de Vênus e Júpiter. Segundo o idealizador do Roma 360, Alex Martire, a data que dá nome ao projeto foi escolhida “porque quanto mais próximo do fim do Império, mais fácil encontrar vestígios arqueológicos para se basear. Todos os objetos foram baseados naquilo que temos hoje de vestígios”.

O banho, ambiente detalhado à parte, por exemplo, foi construído a partir de vestígios históricos encontrados em livros e na internet, além de diálogos com Alex Almeida, doutorando do grupo e especialista em banhos romanos. Na projeção, é possível navegar pelas diversas termas que constituíam o ambiente. Nas diferentes salas, há pequenos textos explicativos que podem ser visualizados através de cliques em pontos estratégicos. O ambiente pode ser explorado por meio deste link. Para vivenciar a experiência completa, é necessário o uso de óculos anáglifos (com duas lentes de cores diferentes).

A reconstrução da cidade de Roma foi feita a partir de dois softwares, o Autodesk Maya, usado para modelar todos os objetos em 3D, e o Unity, que deu mobilidade ao projeto, rotação, aproximação, através de programação na linguagem Javascript. O próprio programa é capaz de exportá-lo para a linguagem html, resultado que é transferido para o site.

O projeto idealizado por Alex Martire tem ligação com seu doutorado em cyberarqueologia, área que busca usar não só os meios digitais, mas a realidade virtual com a arqueologia. A tese produzirá resultados teóricos, mas também a reconstrução 3D de uma área de mineração no sul de Portugal.

O Roma 360 é um projeto didático, assim como os outros do grupo. A divulgação foi feita por meio do site do LARP, para que todos, inclusive as escolas, possam ter acesso livremente. Não há intenção de transformá-lo em uma maquete. A partir de dezembro, o LARP pretende ampliá-lo para áreas provinciais estudadas pelo grupo de pesquisadores, como Portugal, França e Israel. O objetivo é construir um grande mapa em 3D da área.

Internauta pode visualizar o Coliseu, o Circo Máximo, o Fórum, a Basílica de Constantino, e os templos de Vênus e Júpiter | Divulgação

Outros projetos do Laboratório
O LARP é um laboratório do MAE que pesquisa arqueologia romana, área cujo estudo é inédito no Brasil. O objetivo do grupo, ao final do projeto, é a publicação de um livro sobre a romanização das províncias, abordando principalmente os temas urbanização, religião, práticas funerárias, economia e tecnologia.

Em novembro, em seu primeiro simpósio, o grupo pretende lançar o projeto Domus, a reconstrução 3D de uma casa de família abastada de Roma. Nesse ambiente, será possível interagir, andar, ler textos interativos e manipular objetos. Textos didáticos também serão apresentados para auxiliar no entendimento dos diversos temas presentes, como religião, lamparinas, cerâmica e arquitetura, e contribuindo com professores e pesquisadores.

Alex Martire também desenvolve junto ao grupo um projeto de realidade aumentada que resultará em um aplicativo para o sistema operacional Android. A partir de um símbolo identificado pela câmera de um dispositivo, o programa projeta na tela textos e imagens em 3D previamente relacionadas. A ideia é usar essa ferramenta nas escolas como forma de auxiliar os alunos e professores no estudo da Roma antiga.

O LARP também trabalha com um Sistema de Informações Geográficas (SIG), que permite a análise, dentre outros tópicos, da distribuição de vestígios arqueológicos na paisagem terrestre. Será disponibilizado também na internet, como resultado dessa metodologia, um mapa com informações recolhidas por GPS por vários pesquisadores a fim de compor projeções temáticas de acordo com as pesquisas desenvolvidas pelos membros. www.larp.mae.usp.br

Fernanda Drumond, do USP Online via Agência USP

Cientistas mostram dados divergentes em mudanças climáticas

O laboratório de Biogeoquímica Ambiental, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, conta, atualmente, com dois estudos que divergem acentuadamente dos dados padrão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão mundial que estuda as mudanças climáticas globais. 

Os agrônomos Arlete Simões Barneze e Gregori Ferrão, que desenvolvem seus respectivos estudos de mestrado e doutorado orientados pelos professores Carlos Cerri e Brigitte Feigl, trabalham no aprimoramento desses dados analisando as emissões do óxido nitroso (N2O), considerado um dos principais causadores do aquecimento global, pois apresenta capacidade de aquecimento global cerca de 300 vezes superior ao dióxido de carbono (CO2).

Duas pesquisas realizadas no Cena divergem dos dados do IPCC | Marcos Santos / USP Imagens

“Muitas das informações utilizadas pelo IPCC são coletadas e produzidas em regiões de clima temperado. Esse fato produz certa imprecisão em relação à realidade do Brasil, que é um país de clima tropical, em quase sua totalidade”, afirma Carlos Cerri, professor do Cena. No Brasil, a emissão de N2O tem um grande impacto devido principalmente às características da pecuária de corte brasileira.

Assim, o estudo de Arlete foi o de avaliar a emissão do óxido nitroso após o boi urinar no solo, pois a aspersão desse gás para a atmosfera se dá devido à dinâmica do nitrogênio (N) no sistema planta-animal-solo-atmosfera. “Ao pastar, o animal aproveita o nitrogênio contido nas plantas como proteína vegetal e converte em proteína animal para o seu desenvolvimento. Porém, essa conversão não é muito eficiente e quase que 80% dos compostos nitrogenados ingerido são eliminados pela urina”, explica.

Ocorre que, no contexto atual, como o Brasil possui um rebanho superior a 200 milhões de cabeças, 40% das emissões de N2O dos animais em pastagens provem da urina, contra apenas 7% provenientes dos fertilizantes a base de nitrogênio.

E é aqui que a disparidade com os dados do IPCC aparecem, pois, para o IPCC a emissão do óxido nitroso provenientes da urina bovina é 2% do nitrogênio aplicado no solo. “Esses valores não refletem a realidade do nosso país, já que esses números ocorrem em regiões de clima temperado e de diferentes sistemas de produção animal como, por exemplo, o confinado. No Brasil, onde 85% dos animais são criados a pasto, determinamos um valor 10 vezes menor do que o indicado pelo IPCC”, explica Arlete.

Para chegar a esta conclusão, a pesquisadora mediu a quantidade de nitrogênio que entrou no sistema planta-animal-solo-atmosfera e comparou com o que saiu na forma gasosa de óxido nitroso, estimando assim que a emissão que foi de 0,2%, equivalente a 12,5 kg/ano por animal.

Dados subestimados
A pesquisa do doutorando Gregori Ferrão segue na mesma direção ao apontar incoerências nos números do IPCC, que subestima as emissões do óxido nitroso no que dizem respeito aos solos agrícolas, onde a aplicação de fertilizantes nitrogenados, necessários às culturas, é a principal responsável pela formação deste gás.

Internacionalmente, a metodologia mais utilizada e aceita pelos técnicos do Painel sobre Mudanças Climáticas para quantificar os fluxos totais de N2O, em uma determinada área não alagada, baseia-se na alteração dos gases no interior de câmaras instaladas sobre o solo. “Já existem diversos trabalhos que sugerem que as plantas também são agentes desta dinâmica de fluxos entre o solo e a atmosfera. Porém, esse fator não é contabilizado na quase totalidade das pesquisas existentes”, afirma Gregori.

Os resultados da tese do doutorando apontam que, ao negligenciar esta via emissora, pode-se estar subestimando em até 20% do fluxo total de N2O emitido por área de cultivo. “Pelo método que criamos encontramos uma defasagem significativa, salientando o que mostra a importância de aferir e calibrar esses dados”, avalia.

Os resultados encontrados nesta pesquisa se valeram de um estudo comparativo entre as emissões de óxido nitroso provenientes unicamente da transpiração de plantas de milho simultaneamente com os fluxos emitidos pela superfície do solo ao longo de um ciclo de cultivo. “O experimento foi conduzido em nove câmaras de crescimento e coleta que criamos, sendo que seis delas comportaram as plantas de milho e as outras permaneceram sem plantas”, explicou o doutorando.

“O solo contido em vasos foi isolado, estratificando raízes e parte aérea das plantas nos casos em que havia plantas. Já nas três testemunhas, sem plantas, apenas o solo foi isolado como forma de evitar vazamento para o interior das câmaras”, completou.

Em todas as câmaras, o solo foi confinado em vasos e isolado da atmosfera, sendo adubado com fertilizante nitrogenado em doses idênticas às utilizadas em cultivos comerciais. “Os resultados indicaram a influência da adubação nitrogenada não apenas nas emissões de N2O provenientes do solo, mas também a influência da área foliar das plantas em suas emissões”, conclui.

Para a professora Brigitte, perante essas evidências, fica clara a necessidade de promover novos estudos sobre as emissões de N2O no país com o intuito de compreender melhor as condições brasileiras e os processos relacionados as emissões do país. “Esta é uma forma produzir um inventário nacional de GEE, mais consistente e que se traduza exatamente em nossas condições, além de auxiliar na busca das melhores formas de mitigação do óxido nitroso no Brasil”.

O laboratório, que mantém várias pesquisas que avaliam as mais diversas commodities do agronegócio nacional, colaborou com a confecção do primeiro Inventário Brasileiro de Emissões de Efeito Estufa, listando e descrevendo, por exemplo, as emissões de metano pela pecuária, a queima de resíduos agrícolas, entre outros como a cadeia produtiva completa da cana-de-açúcar.

Da Assessoria de Imprensa do Cena via Agência USP

domingo, 8 de setembro de 2013

Audiência Pública no Senado debaterá Alienação Parental

Audiência Pública no Senado debaterá Alienação Parental nesta segunda-feira, dia 9 de setembro, às 9 horas

Mais de 13 milhões de crianças e adolescentes são atingidos pela síndrome no Brasil.

Organizada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, a audiência debaterá  com especialistas a exclusão do pai (ou da mãe) das decisões e convívio com seus próprios filhos. 

O evento será realizado nesta segunda-feira, dia 9, às 9 horas. Haverá transmissão online e opções para participação interativa.

Prevista na Lei 12.318/10, a Síndrome de Alienação Parental é definida como a intervenção negativa sobre os filhos promovida por um dos pais contra o outro. 

A lei é examinada como um avanço por especialistas. Porém, ressalvam, o avanço na letra da lei ainda tem pouco alcance prático na maioria das decisões sobre os filhos quando da separação de seus pais. 

Segundo o STF, esta decisão pode ser estabelecida mesmo sem consenso entre pais (http://goo.gl/iBhnD). Entretanto, hoje, pouco mais de 5% das decisões judiciais sobre filhos no Brasil endossam a guarda compartilhada (http://goo.gl/tnf6MB). 

O resultado é que hoje, segundo estimativas, três em cada quatro filhos de pais separados já passaram por episódios graves de alienação parental. Isso significa mais de 13 milhões de crianças ou adolescentes no Brasil 

Mais de 60 mil pais mobilizados nas mídias sociais

Apesar de existiram no Brasil centenas de ONGs voltadas para a defesa dos direitos das crianças e adolescentes, muitas delas têm andando em descompasso com essa questão. Porém, mais de 60 mil pais, reunidos em cerca de 30 grupos nas mídias sociais (http://goo.gl/BfXJ76), não se conformam e querem manter o debate presente e sensibilizar juízes e operadores de Direito. 

Excluir ou minimizar a presença paterna propicia, segundo pesquisas, maiores índices de comportamentos de risco e de deliquência juvenil entre adolescentes. Estudo recente da Universidade de Melbourne, Austrália, (http://goo.gl/svUb8n) confirma essa consequência. Assim, além de afetar laços familiares, a questão tem implicação direta no debate atual sobre a redução ou não da maioridade penal.

Quando: segunda-feira, dia 9 de setembro de 2013
Horário: 9 horas
Onde: Senado Federal, Brasília, Anexo II, Ala Senador Nilo Coelho, Plenário nº 2.

Mesa convidada: 
Delma Silveira Ibias, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família do Rio Grande do Sul; Sérgio de Moura Rodrigues, presidente da Associação Brasileira Criança Feliz; 
Esmeralda Roberta de Souza Lima, pesquisadora e Cesar Galves Mangini, advogado;

Participação interativa online

via Sérgio Corrêa | 3S

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Lua ocultará o planeta Vênus no domingo, dia 8

Por volta das 19 horas do domingo, 8 de setembro, quem estiver na região ao sul de Florianópolis, em Santa Catarina, poderá acompanhar, a olho nu, a Lua encobrindo o planeta Vênus.

Fenômeno astronômico poderá ser visto em cidades do sul do país por volta das 19 horas | Wikimedia

O fenômeno astronômico ocorrerá no lado poente, após o pôr-do-sol. A Lua terá um tom acinzentado na ocasião e um pouco abaixo dela estará a estrela Espiga (ou Spica), um astro de primeira magnitude, pertencente à constelação da Virgem.

“Essa estrela tem importância histórica, pois é mostrada na bandeira brasileira acima da faixa Ordem e Progresso representando o Estado do Pará”, disse Jair Barroso, do Observatório Nacional.

O planeta Vênus, o mais brilhante do nosso céu, aparece no céu nos fins de tarde, desde meados de julho. Ele ficará completamente escondido atrás do satélite natural da Terra.

Barroso sugere olhar na direção da Lua muitos minutos antes das 19 horas, para perceber a evolução do fenômeno. Depois, Vênus poderá ser visto novamente, reaparecendo no lado iluminado da Lua.

Barroso explica que, mesmo não estando nas regiões onde será possível acompanhar o fenômeno, valerá a pena olhar para o céu para ver a Lua muito próxima a Vênus.

O astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia Astronáutica (OBA), ressaltou que Vênus não é o único astro possível de ser observado no céu noturno atualmente.

“Desde o mês passado, temos visto Saturno transitar pelo nosso céu. E no dia da ocultação, ele estará a cerca de 10 graus acima de Vênus e da Lua, quase em linha com Spica”, disse Canalle.

No dia seguinte, na segunda-feira, na mesma região do céu ao escurecer, será possível observar, de baixo para cima, a estrela Espiga, Vênus, a Lua e o planeta Saturno, afirmou o astrônomo. 

via Agência FAPESP