segunda-feira, 27 de julho de 2009

MG tem estrutura para enfrentar a gripe A (H1N1)

Estado tem uma unidade de referência, 5,2 mil estabelecimentos de atenção básica e 3,8 mil equipes de saúde da família

 

Em Minas Gerais, os serviços de saúde contam com uma estrutura significativa para enfrentar a pandemia de influenza A (H1N1). Além de uma unidade de referência preparada para dar assistência a pacientes graves e com fatores de risco, o estado tem 35.219 leitos de internação do SUS divididos em várias especialidades e 5.297 estabelecimentos de atenção básica. No hospital de referência de MG, há 46 leitos de UTI para prestar assistência aos pacientes.

Entre as unidades de atenção básica destacam-se os postos de saúde, os centros de saúde, as unidades mistas e as unidades móveis fluviais (veja abaixo). Do total dos 5.297 estabelecimentos de atenção básica de Minas Gerais, 3.183, isto é, 60% têm equipes de saúde da família (ESF), atuantes na promoção de saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e na manutenção da saúde da comunidade. São 3,8 mil ESF no estado, responsáveis por uma cobertura populacional que ultrapassa 12,5 milhões de pessoas.

Em todo o Brasil, o SUS tem 68 unidades de referência, 42.412 estabelecimentos de atenção básica e 368 mil leitos de internação nos 5,9 mil hospitais credenciados. Nos hospitais de referência de todo o país, há 1.978 leitos de UTI (veja quadro abaixo). Também há 30 mil equipes de saúde da família em todo o país. Formadas por profissionais de especialidades básicas, essas equipes fazem uma cobertura populacional de 90 milhões de pessoas, isto é, 50% dos brasileiros.

 

DIFERENCIAL - O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (MS), Alberto Beltrame, destaca que, com a confirmação de transmissão sustentada realizada no dia 16 de julho no Brasil (o que significa que há circulação do vírus entre pessoas sem vínculo com quem esteve no exterior), a população passou a contar com a estrutura de toda a rede de saúde existente para ter acesso à assistência. Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a preocupação é evitar o agravamento da enfermidade e a ocorrência de óbitos.

Para Beltrame, a existência do SUS é o diferencial do Brasil no enfrentamento do novo vírus A (H1N1). "A primeira fase foi a de contenção. Agora, com a transmissão sustentada, passamos a contar com toda a atenção básica e todos os hospitais de país, que têm uma estrutura enorme. O MS está absolutamente seguro de que a rede disponível tem capacidade para atender a população", afirma o secretário.

 

ESTOQUE DE MEDICAMENTOS – O Ministério da Saúde tem medicamento suficiente para enfrentar a pandemia de influenza A (H1N1). Há matéria-prima para produção de 9 milhões de tratamentos de fosfato de Oseltamivir (cada um com 10 cápsulas), conhecido como Tamiflu. Além disso, no dia 21 de julho, o governo federal recebeu um lote de 50 mil tratamentos. Outros 150 mil tratamentos produzidos por Farmanguinhos (laboratório da Fiocruz) começam a ser distribuídos em agosto. Até o fim de setembro, outra leva de 800 mil tratamentos adquiridos pelo MS chegará aos depósitos federais. Sendo assim, nos próximos dois meses, o governo federal terá um milhão a mais de medicamentos disponíveis.

 

AUTOMEDICAÇÃO - O MS reitera a importância de a população não se automedicar. O uso indiscriminado do antiviral para todos os casos de gripe pode tornar o novo vírus A (H1N1) resistente ao medicamento, isto é, diminuir sua eficácia no tratamento da doença. Países como Hong Kong, Japão, Dinamarca e Canadá já registraram casos de resistência ao fármaco.

De acordo com o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza do Ministério da Saúde, apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o fosfato de oseltamivir. O grupo de risco é composto por idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento para AIDS), pessoas com obesidade mórbida e também com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.

 

ESTRUTURA DE ATENÇÃO BÁSICA BRASILEIRA

Estado

Número de Estabelecimentos da Atenção Básica *

Número de Estabelecimentos da Atenção Básica com Equipes de Saúde da Família

Número de Equipes Saúde da Família

SP

4.517

1.971

3.224

PB

1.609

1.226

1.250

RS

2.574

1.029

1.183

SE

649

382

555

AC

233

129

138

TO

348

280

381

PR

2.501

1.213

1.704

RR

225

89

99

PE

2.424

1.662

1.809

MA

2.068

1.431

1.769

AM

671

386

517

SC

1.751

1.050

1.317

PI

1.325

846

1.088

RN

1.132

725

861

RJ

2.087

1.158

1.531

DF

177

60

80

ES

879

420

536

MG

5.297

3.183

3.955

PA

1.694

703

859

MT

923

533

565

AL

875

631

743

MS

529

337

409

CE

2.009

1.460

1.738

GO

1.322

885

1.063

BA

4.003

2.341

2.500

RO

367

184

233

AP

223

64

146

Brasil

42.412

24.378

30.253

·         São estabelecimentos de atenção básica:

Posto de Saúde: Unidade destinada à prestação de assistência a uma determinada população, de forma programada ou não, por profissional de nível médio, com a presença intermitente ou não do profissional médico.

Centro de Saúde: Unidade para realização de atendimentos de atenção básica e integral a uma população, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais de nível superior. A assistência deve ser permanente e prestada por médico generalista ou especilistas nestas áreas. Podendo ou não oferecer: SADT e Pronto atendimento 24 Horas.

Unidade Mista: Unidade de saúde básica destinada à prestação de atendimento em atenção básica e integral à saúde, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação, sob administração única. A assistência médica deve ser permanente e prestada por médico especialista ou generalista. Pode dispor de urgência/emergência e SADT básico ou de rotina. Geralmente nível hierárquico 5.

Unidade Móvel Fluvial: Barco/navio equipado como unidade de saúde, contendo no mínimo um consultório médico e uma sala de curativos, podendo ter consultório odontológico.

 

LEITOS DE INTERNAÇÃO DO SUS POR UF

Região Norte

 

26.023

.. Rondônia

 

2.733

.. Acre

 

1.422

.. Amazonas

 

5.472

.. Roraima

 

819

.. Pará

 

12.299

.. Amapá

 

954

.. Tocantins

 

2.324

Região Nordeste

 

109.226

.. Maranhão

 

14.079

.. Piauí

 

7.719

.. Ceará

 

15.639

.. Rio Grande do Norte

 

6.937

.. Paraíba

 

9.474

.. Pernambuco

 

19.347

.. Alagoas

 

5.853

.. Sergipe

 

3.422

.. Bahia

 

26.756

Região Sudeste

 

145.790

.. Minas Gerais

 

35.219

.. Espírito Santo

 

5.983

.. Rio de Janeiro

 

35.911

.. São Paulo

 

68.677

Região Sul

 

58.633

.. Paraná

 

22.784

.. Santa Catarina

 

12.164

.. Rio Grande do Sul

 

23.685

Região Centro-Oeste

 

28.486

.. Mato Grosso do Sul

 

4.266

.. Mato Grosso

 

5.414

.. Goiás

 

13.669

.. Distrito Federal

 

5.137

Total

 

368.158

 

 

CAPACIDADE INSTALADA _LEITOS DE UTI EM HOSPITAIS DE REFEREÊNCIA

UF

NÚMERO DE HOSPITAIS DE REFERÊNCIA

Total De Leitos_UF_ UTI

AC

1

10

AL

2

31

AM

1

15

AP

1

4

BA

1

13

CE

2

21

DF

1

10

ES

1

0

GO

2

44

MA

2

77

MG

1

46

MS

1

27

MT

2

36

PA

1

6

PB

1

24

 

PE

1

37

PI

1

7

PR

4

128

RJ

4

71

RN

1

4

RO

1

0

RR

1

7

RS

8

270

SC

7

126

SE

1

19

SP

18

919

TO

1

26

Total

68

1.978

 

 

Agência Saúde

 




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