terça-feira, 21 de abril de 2009

Dia das Mães: o nascimento da mãe


Por Aléssio Calil Mathias

Em algum momento depois do nascimento do filho vem aquela sensação de estranheza e de que nada será como antes. Isso pode acontecer ainda na maternidade, em casa, depois da primeira noite insone, no primeiro passeio na rua... Não existe um momento preciso para a mãe nascer.

A sensação, a princípio, não é boa nem ruim, só é diferente. Aos poucos, a mulher vai se dando conta de que nada será como antes, porque ela mesma é uma pessoa completamente nova. É claro que vai continuar cultivando seus defeitos e suas qualidades, características que já tinha antes de a barriga crescer... Mas às qualidades, vão se somar outras. Por isso, não precisa se assustar com a nova fase. É natural levar um tempo até se adaptar a esse novo papel.

A mudança na vida ocorre principalmente porque a maternidade é a primeira experiência irreversível da vida adulta. Você, com certeza, já ouviu dizer que "filho é para sempre". Se por um lado dá um certo medo, por outro, vem o prazer de saber que essa felicidade de ter um filho por perto não vai acabar, vai permanecer por muito tempo.

Durante a gravidez, a mãe já começa a criar uma ligação com o bebê. Mas é sem dúvida depois que ele vem ao mundo que ela também nasce como mãe. É o contato físico e a convivência que fazem surgir o amor materno. Esse amor, que apesar de incondicional, tem suas contradições. Lidar com sentimentos opostos é um dos grandes desafios dessa nova fase.

Uma das primeiras sensações que aparecem com a maternidade é a de onipotência. A mãe, e "só ela, sabe o que é bom para o bebezinho". Mas, ao mesmo tempo, vem a insegurança, a dúvida de estar fazendo a coisa de modo certo... Não é de se estranhar esta confusão... Não existe curso que ensine a ser mãe. As mulheres são todas autodidatas neste assunto. Não podia ser diferente. Apesar da falta de manual, o organismo da mulher, desde a adolescência, se prepara todo mês para a maternidade.

Quando isso realmente acontece, vem a sensação de plenitude. Para muitas, ser mãe é também uma forma de lutar contra a solidão e a angústia da morte. Com um bebê nos braços é impossível sentir-se só.

É importante que essa mãe que nasce junto com o filho, amadureça com ele. A maternidade é uma oportunidade maravilhosa de se transformar, de livrar-se de preconceitos, de olhar o mundo com outros olhos, ternos como os do filho.

O autor é ginecologista e obstetra, dirige a Clínica Genesis, em São Paulo.

SERVIÇO:

www.clinicagenesis.com.br

Para saber mais sobre os cuidados com a saúde da gestante, acesse a coluna do Dr. Aléssio Calil Mathias no site Minha Vida:

http://www.minhavida.com.br/EspecialistasPerfil.vxlpub?CodEspecialista=161&CodSecao=67

Excelência em Comunicação na Saúde
Márcia Wirth

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